Cruzeiro 1 x 0 São Paulo (22ª rodada brasileiro 2025)

 

Como era de esperar, São Paulo volta de Belo Horizonte derrotado, mas adversidade não muda planos para o campeonato.

Algumas coisas a gente já espera e fica menos surpreso quando elas acontecem. Outras, o fato de não saber como ela será te surpreende. E na partida de hoje foi um misto disso.

Como escrevi na prévia mais cedo, eu não esperava por vitória, pois o momento cruzeirense é melhor, mesmo o tricolor com ótima sequência no brasileiro. E sendo assim, sair derrotado do Mineirão hoje não me surpreendeu. O que me deixou surpreso foi ver o o São Paulo por um bom período sendo melhor na partida.

Contudo, assim como também previa, não consegui acompanhar o jogo com tanta atenção. E para "ajudar" estava na casa de um amigo que pela terceira vez vejo o São Paulo sair derrotado. Outra coisa que não surpreendeu.

Em meio aos olhares para o celular e a conversa com um amigo, vi o tricolor se arriscando e tentando marcar seu gol, mas as escolhas dos jogadores na hora de concluir a jogada estava me deixando bem inquieto. E mais uma vez surpreendido, pois acreditava mesmo que conseguiria assistir ao jogo com tranquilidade.

A união (e o futebol) do grupo
 precisa seguir firme.
(foto: Rubens Chiri)

No segundo tempo, o time tricolor voltou bem, mas seguia sem conseguir abrir o placar, mas bastou um lance de azar para as coisas mudarem de lado. Numa cobrança de falta com desvio na barreira, o único gol da partida. Foi uma pena, pois a partida apresentada pelo São Paulo era digna de um empate. O time da casa passou a jogar melhor por cerca de 10 minutos pós gol, e foi nesse momento que o nome do goleiro Rafael passou a ser gritado pelo narrador. O camisa 23 evitou o pior. E isso está dentro do que já era esperado.

O tricolor lutou até o fim, mas parou numa defesa gigante do goleiro adversário já nos acréscimos. Eu devo confessar que cheguei acreditar que mística da freguesia cruzeirense seria o bastante para não perdermos o jogo, mas não adiantou.

Mas isso não surpreendeu.

A derrota encerra uma boa sequência do time no brasileiro, mas que não interfere tanto no planejamento da equipe.

Mesmo o jogo sendo no estado de MG, eu estava me programando para ir com a família nessa partida. Não deu certo, mas no fim do campeonato estou me programando para ir para o RJ, e se os preços não me surpreenderem, estarei na torcida de lá. Com vitória ou não.

No fim das contas, não devemos encarar essa derrota como algo tão ruim, e agora a comissão técnica terá um bom tempo para preparar a equipe em meio a pausa, e quando voltar da data Fifa, poderá "escolher" se quer deixar a equipe pronta para encarar o Botafogo ou adiantar a viagem para o Equador para a disputa das quartas de final da libertadores.

Eu não me surpreenderia se reservas fossem usados no brasileiro, enquanto os titulares viajam para Quito, para se adaptar a altitude. A resposta, só daqui duas semanas.

FORA CASARES, BELMONTE e a corja de dirigentes anti São Paulo.

Destaque positivo

RAFAEL. Garantiu que o time não sofresse ainda mais gols.

Destaque negativo

PATRYCK. Como todo jogo que está presente, é péssimo.

Rafa Malagodi

São Paulo 2 x 0 Atlético/MG (21ª rodada brasileiro 2025, IN LOCO)

Tricolor segue com boa sequência no brasileiro, vence adversário indigesto e se coloca em boa posição na tabela de campeonato.

Antes de começar a falar qualquer coisa, eu preciso manifestar (como sempre) a minha insatisfação com o uso da terceira camisa em jogos em casa! Ela pode ser linda, feia, preta, azul, amarela, do jeito que quiserem (já que acabaram com o estatuto para fazer essas camisas), mas em casa, no Morumbi, a tradição não pode ser colocada de lado como tem acontecido há anos.

Dito isso, posso dizer que estar no frio Morumbi nesse fim de domingo foi uma tarefa árdua, e ainda "arrastei" minha esposa e filha para se juntar aos poucos mais de 26 mil torcedores. Mas cá pra nós, depois de iniciar o meu final de semana de uma forma tão incerta, e triste, estar findando ele ao lado da minha família foi muito gratificante.

Tão gratificante como ver o gol de Pablo Maia, após boa jogada com Bobadilla. No cantinho o camisa 29 matou o goleiro adversário. O gol saiu no momento perfeito (apesar que gol, é bom em qualquer momento), pois o time tricolor começou a partida lento demais. Mas bastou o gol sair para ser criada ao menos mais duas oportunidades. Ferreirinha teve a chance cara a cara, mais desperdiçou.

Morumbi não estava cheio, 
mas o futebol representou.
(foto: arquivo pessoal)

No segundo tempo o jogo passou a ficar ainda mais controlado pelo lado tricolor. O clima era tão agradável, que era perceptível no olhar do torcedor que estava em volta, muitas vezes conversando, rindo e aproveitando. Eu ao lado da "pé quente" Mariana, que em mais de 15 jogos presentes, viu o time perder apenas uma vez, também ficamos papeando.

Porém, uma coisa era muito clara, a cada ataque desperdiçado pelo time de Crespo, mais dava a sensação que a qualquer momento o Atlético poderia empatar o jogo. Não que os mineiros estivessem produzindo para isso, mas o futebol apronta as vezes. Mas desta vez não.

Foi depois de algumas chances perdidas que aos 36' que o chileno Tapia, que havia entrado dois minutos antes ampliou o marcador e deixou enfim o torcedor bastante confortável. Pelo futebol tranquilo apresentado, daria para ter feito mais.

Dali para o fim do jogo restou apenas ficar observando o jogo atentamente, olhando tudo que acontecia em minha volta e imaginar como as coisas acontecem em nossa vida. De uma hora para outra, as nuvens carregadas se vão e novamente você enxerga o céu azul. Como eu disse, o fim de semana que começou incerto, terminou cheio de certezas, e uma delas, é que o time tricolor melhorou muito também. O que antes era praticamente inimaginável ver com o treinador anterior, agora com Crespo temos novas perspectivas. Até mesmo o tabu indigesto de ficar desde 2020 sem vencer o Atlético caiu nessa noite.

Com mais essa vitória, o tricolor chega a 9 jogos de invencibilidade no brasileiro, e enfim o time volta a figurar na parte de cima da tabela. Até quando não sabemos, mas o caminho agora está muito mais claro para novos ares.

FORA CASARES, BELMONTE e a corja de dirigentes anti São Paulo

Destaque positivo

FERRARESI. Tem sido impressionante o que esse jogador tem feito de partidas seguras. Segue sendo limitado, mas jogando muito. Hoje foram incríveis 7 desarmes; PABLO MAIA. Merecedor do gol. Fez boa partida; BOBADILLA. Outra boa partida, com desarmes e assistência.

Destaque negativo

FERREIRINHA. Teve a chance de marcar, mas errou. Assim como fez por toda partida.

Rafa Malagodi

São Paulo 1 (4) x (3) 1 Atlético Nacional - COL (2° jogo oitavas libertadores 2025, IN LOCO)

Dia de jogo decisivo costuma ser mais "longo" que o normal, pois a ansiedade toma conta da hora que acorda até a hora da partida, e dependendo do jogo, durante e depois dele também. Exatamente como o de hoje. E de fato o dia de hoje foi mais longo, cheio de atribuições, e com classificação.

Começou com consulta médica logo de manhã, passando por aula de personal, correndo para ir almoçar, depois voltar a trabalhar para enfim chegar ao palco do decisivo jogo (E foi bem difícil estar ali na arquibancada). A vantagem é que isso tudo fez eu dar uma boa abstraída no jogo. Mas devo confessar que no momento em que teve um problema no sistema da clínica pela manhã, eu cheguei a pensar no enrosco que poderia acontecer hoje. Mas enrosco mesmo foi entrar no estádio. Que dificuldade. A quantidade de gente do lado de fora sem ingresso me assustou. Imagina na próxima fase.... Durante essa dificuldade para entrar, lembrei imediatamente de duas oportunidades que passei por situação parecida e em ambas, o São Paulo saiu vitorioso. Comecei a me apegar nisso. Não sei se era um bom sinal ou não, mas fez eu ficar calmo, diferente das outras vezes. Consegui passar pela revista no exato momento que o jogo começou, e assim que passei a catraca e entrei no corredor, gol do São Paulo!! André Silva foi quem marcou, vi seu nome pelo telão, mas não cheguei a tempo de ver o lance. Mas não me importei, pois queria o tricolor vencendo, eu vendo o gol ou não!

Entre tensão, nervosismo e gritos de uuuh, no segundo tempo os colombianos empataram de pênalti. Não bastava os dois no jogo da ida, teve um novo nessa noite. Rafael foi pra bola mais não pegou. E sendo assim, a decisão foi para as penalidades, mesmo o São Paulo ainda tendo um bom tempo para buscar mais um gol.

Lucas abriu, Cédric fechou
e o tricolor está nas 4ªs
(foto: arquivo pessoal)

Quis ser muito breve ao falar do jogo pois troco toda a tensão dos 90 minutos pelas penalidades. Só quem já esteve presente in loco sabe a loucura que é estar diante disso.

A partida mal jogada do time já não importava mais. O mal jogo do Lucas, que entrou aos 14' do 2T não tinha mais efeito. Jogar por mais de 25 minutos com um jogador a mais e não conseguir marcar não servia mais nada. Agora só restava cobrar (bem) as penalidades.

E quanto se decidia o lado das cobranças (pra minha sorte foi pro lado do gol que eu estava) e quem começaria, comecei a fazer um exercício de memória e novamente me apegava ao "misticismo e superstição". Meu histórico em jogos de libertadores é altíssimo. Não me lembro exatamente, mas tenho apenas 1 derrota (estando presente) nessa competição. Era uma forma de emanar energias positivas sei lá pra onde. Ou melhor, eram para me acalmar mesmo.

Apesar disso também lembrei que estava presente nas últimas eliminações por pênaltis do tricolor nos últimos anos. Inclusive ano passado na mesma competição. Agora era hora de tentar expulsar as energias negativas.

Nas penalidades, logo na primeira cobrança Rafael defendeu. Lucas na sequência marcou. Rafael foi na bola, mas não pegou a segunda cobrança, e Marcos Antônio desperdiçou no travessão para o São Paulo. Na terceira os colombianos acertaram novamente. Rafael tocou na bola mas não segurou. E foi nesse momento que senti meu corpo tremer... Eu não sei se era de frio, por ter esquecido a blusa e boné no carro, ou se era a tensão do jogo. Um pouco dos dois, mas só aliviou mesmo quando a quinta cobrança colombiana foi desperdiçada também no travessão.

O escolhido para fechar a conta do tricolor era nada mais nada menos que o português Cédric. Limitado e questionado jogador. Mas com responsabilidade foi pra bola, deslocou o goleiro e classificou o tricolor para as quartas da libertadores, e fez os mais de 57 mil torcedores explodirem de alegria!

Imediatamente um alívio colossal se fez presente, meu corpo foi tomado por um misto de emoção, alegria e cansaço, pois o dia foi longo demais. Cheguei em casa somente as 1h43 da manhã, com os olhos ardendo, corpo dolorido, mais muito feliz e esperando chegar o jogo das quartas de final. E de verdade, pela classificação, passaria tudo outra vez.

FORA CASARES, BELMONTE e a corja de dirigentes anti São Paulo

Destaque positivo

RAFAEL. Figurinha constante aqui nos destaques, dos 6 pênaltis que teve no jogo, em 5 acertou o canto; ANDRÉ SILVA. Além do gol, foi muito voluntarioso em campo; CÉDRIC. Como dizem os portugueses, teve "culhão" para fechar que cobranças.

Destaque negativo

ALAN FRANCO. Muito mal na partida, perdendo muitas divididas; LUCAS. Entrou muito mal. Contudo, abriu as penalidades.

Rafa Malagodi

Sport 2 x 2 São Paulo (20ª rodada brasileiro 2025)

As vésperas do duelo mais importante do ano, tricolor saiu atrás com time misto, melhorou no 2T com alguns titulares e arrancou empate "premonitório". 

Mais cedo escrevi que a cabeça dos jogadores estariam no jogo de libertadores e que hoje a partida seria com um time misto, e que meu palpite seria um empate em dois gols. Em partes aconteceu exatamente o que escrevi. O que foi diferente é que os jogadores estavam sim dispostos a se entregar na partida. O que é compreensivo, pois a maioria dos titulares estavam tendo a sua oportunidade de mostrar serviço hoje. Gostei, foi do esquema de jogo que o time foi a campo, com uma linha com 4 na defesa e 3 na linha ofensiva. Pena são os nomes disponíveis para esse sistema. Com jogadores melhores, contra o pior time do campeonato, o placar seria bem diferente. A limitação de alguns era tanta, que com 1 minuto de jogo o péssimo Dinenno errou um chute simples que poderia ter feito o tricolor sair na frente. E o pior viria 4 minutos depois, quando o estreante goleiro Young deu a bola no pé do adversário e sofreu o gol. Nunca um nome coube tão bem a um jogador como nesse lance. O goleiro Young foi "jovem" demais na jogada. O gol fez o time da casa vir pra cima, e o São Paulo que tinha uma péssima saída de bola, sofreu com a correria pernambucana, mas de alguma forma conseguiu se segurar e descer para o intervalo sem tantos problemas. 

Gol de Lucas deu folego
ao time para buscar empate
(foto: facebook.com/saopaulofc)

Veio a segunda etapa e o jogo mudou completamente de figura. Porém, antes das rédeas virem para as mãos do tricolor, novamente no começo do tempo outro gol sofrido. Um outro vacilo defensivo e o São Paulo teria que remar bastante para voltar para sua casa com um placar melhor. Crespo foi mudando o time, colocando jogadores titulares em campo e o resultado foi aparecendo minuto a minuto. Lucas, Ferraresi, Bobadilla entraram, mais quem fez a mudança mesmo foi outro "young", mas dessa vez não se tratava do goleiro tricolor. Henrique, de apenas 17 anos bagunçou a defesa do Sport e o tricolor foi chegando cada vez mais perto do seu tento. E ele chegou quando Henrique cobrou escanteio e Lucas marcou de cabeça. O gol só provava que o time havia melhorado drasticamente em relação ao 1T, e a quantidade de defesas que o goleiro pernambucano passou a fazer mostrava ainda mais que outro gol apareceria em breve. Lembra que comentei que meu placar palpite era um 2 a 2?! Pois bem, demorou mais ele chegou. Aos 46' Maik, outro "young" made in Cotia, aproveitou rebote e fuzilou para coroar o segundo tempo de melhor futebol do time. Quase ainda deu tempo para a virada, mas a bola foi tirada em cima da linha. 

O resultado final de certa forma precisa ser exaltado não apenas por ter saído atrás por dois gols e ter empatado, mas também pela sequência de jogos na competição. Depois de 5 vitórias seguidas, um empate fora de casa, e que teve um gosto especial, e que certamente dará mais ânimo para o jogo da temporada que acontece em 72h. 

Valendo vaga para as quartas de final da libertadores, o jogo diante do Atlético Nacional pode ser considerado o mais importante da temporada até o momento, e com uma partida bem encaixada, como foi esse 2T de hoje, mais a volta do time titular, o tricolor tem tudo para sair classificado. Mas essa resposta só teremos daqui uns dias. 

FORA CASARES, BELMONTE e a corja de dirigentes anti São Paulo

Destaque positivo 

HENRIQUE. O garoto mudou a partida e ainda deu assistência para a arrancada; MAIK. Outro garoto, novamente aproveitou sua chance e com direito a gol; FERRARESI. Gostei você ou não, mas em 34' em campo, perdeu apenas 1 duelo e ainda roubou 4 bolas, líder na equipe. 

Destaque negativo 

DINENNO. Péssimo dos péssimos; FERREIRINHA. Sumido em campo. 

Rafa Malagodi

Atlético Nacional - COL 0 x 0 São Paulo (1º jogo oitavas de final libertadores 2025)

 

As vezes o sabor surpreende. As vezes, o resultado. E hoje, posso garantir que o resultado foi muito mais saboroso que a culinária experimentada.

A brincadeira que inventei de fazer com os adversários do tricolor na copa libertadores, está ficando mais complicada. Ou melhor, dessa vez foi bem mais difícil de conseguir.

Para contextualizar, a ideia inicial era de fazer a "cerveja das Américas", que consiste em tomar uma cerveja típica do país em que o tricolor enfrenta fora de casa (sempre fora, pois os jogos em casa estou sempre presente). Deu certo contra o Talleres- ARG e Alianza Lima -PER. Mais conseguir uma cerveja colombiana foi muito complicado. Comecei minha busca logo que saiu o sorteio, e a procura foi árdua, até que aceitei que não mais encontraria. Foi aí que decidi por uma nova procura, que seria comer alguma comida típica, como fiz diante do Libertad-PAR.

Como a capital paulistana encontramos todo tipo de culinária, encontrei um restaurante colombiano perto do trabalho, conversei com o dono e estava tudo certo para receber meu pedido e correr para casa pra acompanhar o jogo. Foi quando há pouco mais de uma hora para eu ir embora, recebo a notícia do restaurante que não haveria mais a possibilidade do meu pedido ser entregue.

Ai começou a saga para encontrar um novo restaurante. Agradecimento exclusivo para minha amiga que ajudou a pesquisar no app de comida, e para minha esposa, que encontrou um restaurante na internet. E que curiosamente era próximo a casa da minha amiga. Guacamole & Ají

Depois de percorrer cerca de 20 km de ida e volta, consegui encontrar a famosa "arepa", uma massa feita a base de milho.

Pra comemorar. Rafael garante
o placar zerado e SP segue vivo
(foto: facebook.com/saopaulofc)

Cheguei em casa perto do horário do jogo, e corri para frente da TV, e aqui cabe um novo agradecimento, minha mãe.  Pois para assistir ao jogo exclusivo de um streaming, tive que recorrer ao e-mail dela para fazer uma nova conta (e que será desativada em menos de 7 dias para não gerar custos), já que por duas vezes precisei usar os meus.

Antes de degustar tal iguaria, dei uma espiada na escalação do time tricolor e no campo estava exatamente os jogadores que eu havia imaginado, e contando com os três volantes... Ou seja, o São Paulo jogaria praticamente sem a bola, se defendendo e se desse sorte, chegaria no ataque. Estava complicado a disputa dentro de campo nessa primeira partida de oitavas de final, e também estava complicado acostumar com o sabor da tal "arepa". Era no mínimo peculiar.

Um sabor que mistura um pouco o doce da massa com o salgado do recheio. Longe, mais lembra uma pamonha recheada.

Em meio uma dentada e outra, um pênalti marcado para os donos da casa. Naquele momento imaginei que tudo havia azedado e eu não falava da comida, mais para a nossa sorte, o penal foi jogado pra fora.

Nem mesmo depois de susto o time tricolor se encontrou no jogo, e a cada ataque colombiano, uma tensão pairava e eu quase não conseguia prestar atenção no que minha filha que estava sentada ao meu lado e vendo o jogo, me perguntava. Mais um coisa era certa, e ela também percebeu, ir para o intervalo sem levar gol foi um baita negócio.

Para segunda etapa decidi não consumir mais a "arepa", pois estava satisfeito com tal experiência. Só não estava satisfeito mesmo com à apresentação do time em campo. Claro que o adversário teria mais ações ofensivas, por jogar em casa, mais o time de Crespo poderia ser um pouco mais ousado. O mais engraçado, é que o time teve uma ligeira melhora, e por incrível que pareça, em meio essa melhora, o Atlético Nacional acertou a trave duas vezes, fora os perigos que rondaram o gol do Rafael. E por falar no goleiro tricolor, ele foi protagonista do bom resultado que o tricolor trouxe para o Brasil. Depois de pular no canto certo no pênalti do 1T, o camisa 23 teve novo duelo contra o mesmo colombiano. Isso mesmo, um segundo pênalti foi marcado. E novamente Ferraresi foi o infrator. Rafael novamente acertou o canto, e espalmou para escanteio. Uma defesa gigantesca.

O time da casa seguiu na busca de vazar o gol tricolor, e o São Paulo seguia se defendendo como conseguia. As entradas de Lucas e Rodriguinho ajudaram a desafogar, mais ainda não era o suficiente para fazer o time gerar desconforto ao adversário.

Os minutos iam passando e o placar zerado era muito bom pro time paulista, que depois de sofrer com bolas na trave, ver o adversário desperdiçar dois pênaltis, voltava para o Brasil com um empate com sabor de vitória. Mais para que esse sabor melhore, na semana que vem precisa fazer valer o fator casa.

Apera para a brincadeira
"sabores das Américas"

Eu cheguei a escrever mais cedo, que esperava um jogo com derrota por um gol, mais ainda bem que errei, e o São Paulo agora tem totais condições de garantir sua classificação para as quartas de final. O time segue invicto na competição e se assim continuar, eu espero que a brincadeira das Américas siga firme e forte, e com sabores e resultados cada vez mais surpreendentes.

Hoje a "arepa" não me surpreendeu (o resultado sim), mais valeu toda a saga e experiência para dar continuidade a brincadeira. E posso dizer que, as coisas parecem estar se encaminhando para isso seguir acontecendo.

FORA CASARES, BELMONTE e a corja de dirigentes anti São Paulo

Destaque positivo

RAFAEL. Foi fundamental nas duas penalidades, e defendendo uma de fato; BOBADILLA. Boa partida. Principalmente no 1T.

Destaque negativo

FERRARESI. Conseguiu a façanha de cometer dois pênaltis. Poderia ter colocado tudo a perder.

Rafa Malagodi

São Paulo 2 x 0 Vitória (19ª rodada brasileiro 2025, IN LOCO)

 

Mais uma vitória importante, mais três pontos pra conta, e mais memórias afetivas sendo criadas.

Como se fosse a primeira vez. Assim como o título de um grande filme que retrata a busca pela memória, ir a partida de hoje tinha basicamente a mesma intenção. E em partes, era a primeira vez que Mariana e eu íamos ao estádio sozinhos.

No ano passado chegamos a ir, porém se tratava de um camarote, um local frio, sem emoção. Nem considero pra falar a verdade. Dessa vez seria diferente, era na arquibancada, "o meu lugar" (salve Arlindo Cruz).

Lá estava eu com a Mariana e poucos saberão, mais poder vivenciar isso apenas nós dois, tem um valor imensurável pra mim. Em meio a tantas influências que ela vem demostrando, essa cultura de querer ir ao estádio, acompanhar o pai, é um sonho que vai se realizando. Como foi nessa fria noite de sábado. Se no filme mencionado, o personagem principal tenta fazer de tudo para a personagem recobrar a memória perdida, eu estava (e estou) tentando construir essas memórias.

Curiosamente, essa partida acontece no fim de semana que acontece o comercial dia dos pais. Quem me conhece sabe que por eu não comemorar tal data, posso garantir que foi um verdadeiro acaso eu escolher essa partida para vir compartilhar essa "primeira" experiência com minha filha.

Nem mesmo a escalação com 3 zagueiros em casa me fez ficar irritado. O momento era especial para mim, então sequer me preocupei com isso. Mas não posso negar que estava ansioso pelos três pontos que precisavam ser conquistados.

Dentro de campo o time parecia bem entrosado. Levou pouco perigo, e conseguiu rondar bastante o gol adversário. E enquanto Mariana se deliciava com sua pipoca, o time não pipocou e marcou o primeiro gol do jogo com Bobadilla. E diferente de outras oportunidades, dessa vez a Mari não se assustou com os gritos de gol, pois segundo ela, estava atenta vendo a jogada.

O time seguia bem, e fazendo boa partida, e deixando cada vez mais claro que o antigo treinador perdeu a mão dos treinos.

Com o frio que marcava 11°, Mariana pediu para assistir ao jogo no meu colo, sentada, e ela disse que estava ficando quentinha com a "cadeira de gente". Mal sabia ela que meu coração estava tão quente quanto...

Memórias sendo criadas!!!
(foto: arquivo pessoal)

No intervalo, ela pediu para ir ao banheiro e na volta, ela se deparou com algo que não tem acontecido há um bom tempo, que foi ver a torcida fazendo a famosa "ôla". Ela ficava encantada e se divertia muito a cada volta que a coreografia era executada. E claro, participou ativamente.

São coisas como essas que vão marcar a sua memória, e não as finalizações desperdiçadas que foram acontecendo no início da segunda etapa. Até porque, ela sequer entende isso, mas da "ôla", ela veio falando no caminho...

Depois de momentos de instabilidade da equipe, o São Paulo foi voltando a se acertar e chegar mais perto do segundo gol, e isso era importante, pois aquela altura do jogo, sofrer o empate poderia tirar toda alegria dos mais de 39 mil torcedores presentes, e em especial da minha filha.

E foi perto do fim que o alívio chegou, com Sabino marcando o segundo gol da partida. Novamente a Mari estava atenta, me abraçou e eu levantei nos braços como de costume.

Para uma criança de 9 anos, evidente que o jogo em si tem pouca importância, e não a toa o seu olhar se distraia com certa facilidade. Mais isso é o que menos importa, pois a cada vez que eu pergunto se ela quer ir ao jogo, a sua resposta é sempre afirmativa, e esse é meu presente DE PAI, e não de dia dos pais...

Os três pontos de hoje recoloca o time numa condição de disputar o segundo turno de maneira mais digna, e também faz com que o jogo de terça-feira pela libertadores tenha uma nova perspectiva. Mais pra isso, vai ter que jogar bem.

O retrospecto da Mariana nas partidas do tricolor tem alto índice de vitórias, e hoje diante do Vitória/BA, ela seria certa (hehehe).

Brincadeiras a parte, o dia de hoje já está na minha memória, e espero que não saia da memória dela também.

FORA CASARES, BELMONTE e a corja de dirigentes anti São Paulo

Destaque positivo

FERRARESI. É um jogador limitado, porém, mais uma vez sai de campo como o maior ladrão de bolas e uma assistência; MAIK. Firme na marcação. Merece mais chances; LUAN. Entrou querendo mostrar serviço e foi bem o tempo que ficou em campo.

Destaque negativo

MARCOS ANTÔNIO. Hoje errou muitas decisões de jogadas e passou muito a bola pro lado.

Rafa Malagodi

Athlético 1 (3) x (0) 0 São Paulo (2º jogo oitavas copa do Brasil 2025)

Algumas coisas não tem muito segredo, e uma delas, é que no futebol, time que não faz leva. E assim foi com o São Paulo nessa copa do Brasil.

Na partida de semana passada eu alertei que aquele gol sofrido pelo São Paulo, após perder algumas oportunidades de garantir a classificação no primeiro jogo, iria fazer a diferença. E infelizmente eu estava com a razão. Um placar de 2 a 0 e com possibilidades de ampliação, num mata mata de 180 minutos, jamais pode ser desperdiçado. E o tricolor fez isso no primeiro jogo. E como previsto, o gol sofrido tiraria uma possível classificação do time de Hernan Crespo.

Novamente devido ao péssimo horário da partida, eu não consegui acompanhar boa parte do jogo, e mal peguei o celular na mão, vi que Rafael havia sido expulso aos 3 minutos. Isso mesmo, três minutos. Era como se o São Paulo já iniciasse a partida com um jogador a menos. Com isso, acredito que o time paranaense empurrou o São Paulo ainda mais para trás. A ver pela escalação, o time não jogaria tão fechado, mais precisou ficar no minuto seguinte a expulsão. Nas estatísticas a posse de bola do time mandante chegou a 70%. Isso mostra que o tricolor não teve sequer chance de tentar algo diferente na partida, a não ser ficar se defendendo. 

Foi para o fim do primeiro tempo com essa vantagem de sair ileso, mas até quando duraria isso?

Precisa lamentar sim, mais focar
naquilo que tem pela frente.
(foto: Geraldo Bubniak/AGB)

O segundo tempo eu consegui assistir a partir dos 10' e pude constatar a mesma coisa que eu já imaginava, que seria necessário torcer para algo "divino". Pois sinceramente, estava na cara que o time do São Paulo que a cada substituição foi se amontoando de volantes, não aguentaria tanto tempo.

A cada jogada que acontecia nessa noite, mais eu lembrava de Tápia perdendo um excelente ataque no primeiro jogo. Depois Ferreirinha fazendo a mesma coisa. Esses gols fariam, e fizeram muita falta, até porque, o São Paulo só aguentou até os 23', quando sofreu o gol que levaria a partida para os pênaltis.

Naquela altura, eu sinceramente acreditava que a única chance que o time teria de classificação seria ir mesmo para as penalidades, porém, imediatamente a esse pensamento, fiquei tentando adivinhar quem seriam os batedores de pênalti do time. E foi difícil enxergar alguém que pudesse me deixar confortável. E mais uma vez, infelizmente, eu tinha razão. 

Para as cobranças de pênalti, o São Paulo foi com Sabino, que errou. Tápia, errou também. E Jandrei que pulou nas três cobranças para o mesmo lado esquerdo, foi para a batida e também parou no goleiro adversário. Três cobranças pararam no goleiro, e isso é sintomático. Será que o time de fato sentiu a pressão ou não treinou o suficiente, imaginando que tal disputa não seria necessária? Eu fico com a primeira opção, apesar de saber que com esses limitados jogadores, sem dúvida alguma treinam mal até mesmo esse fundamento.

É obvio que ser eliminado de nenhuma competição deve ser comemorada. Eu jamais faria algo do tipo, igual alguns "torcedores" que volta e meia acha legal por "merecimento". Contudo, estar fora dessa competição que tem como o maior trunfo a premiação em dinheiro (77 milhões de reais), pode fazer o objetivo do clube ser mais bem desempenhado, que é permanecer no brasileiro, e tentar chegar mais longe na outra copa, a libertadores. 

Eu vou continuar querendo que o clube dispute o máximo de campeonatos possíveis, mais agora com  dois torneios a disputar e, com o elenco limitado que temos disponível, pode ser que as coisas comecem a caminhar melhor. E caminhar melhor é o que mais estou buscando nesse momento!

FORA CASARES, BELMONTE e a corja de dirigentes anti São Paulo

Destaque positivo

-

Destaque negativo

ARBOLEDA. Total responsável por Rafael precisar sair e consequentemente ter sido expulso. Estava visivelmente desconectado com a partida. Saiu no intervalo inclusive; RESULTADO DO PRIMEIRO JOGO. Foi determinante para essa eliminação, e para um time de série B.

Rafa Malagodi

Internacional 1 x 2 São Paulo (18ª rodada brasileiro 2025)

Quarta vitória consecutiva no brasileiro e a quinta seguida. Definitivamente o time mudou com a chegada do novo treinador, mas assistir a partida de hoje foi dureza.

Depois das últimas 48h terem sido intensas com show, trabalho, curso, festa italiana, e pouco sono, achei que depois de ter aproveitado parte da tarde no parque seria o inicio do relaxamento para acompanhar a partida desse fim de noite. E diga-se, num horário terrível de 20h30 em pleno domingo. O jogo era tão ruim, que cheguei a acreditar que os jogadores das duas equipes estavam na mesma energia dos trabalhadores que acordam cedo, e começam a ficar cansados só de ver que o domingo já anoiteceu. 

A partida era muito  mal jogada e repleta de faltas. Era inacreditável como o jogo era picado pelo árbitro. Foram exatas 42 faltas, sendo 21 para cada tempo. É praticamente uma pausa a cada dois minutos.

O que era para relaxar no fim da semana (ou começo para quem considera o domingo o primeiro dia da semana) começou a gerar uma inquietação. O São Paulo não chutava no gol e nem sequer conseguia chegar perto disso. Em contra partida, anulava o time da casa que havia levado perigo apenas uma vez. E justamente esse é um dos fatores que da para perceber a mudança no time do novo treinador.

O tricolor cede poucos espaços aos adversários, e hoje seria ainda menos, pois o time foi a campo com 3 volantes, além dos 3 zagueiros de costume. E como o esquema era espelhado dos colorados, não foi surpresa alguma saber que a partida seria ruim como foi. Contudo, as coisas aos poucos parecem estar se encaixando (lembram quando comentei isso à dois posts atrás?). Pouco antes do fim da primeira etapa Arboleda subiu entre quatro defensores e de cabeça abriu o marcador. O passe foi dado por Enzo Díaz. Podemos dizer que o gol sim foi surpresa, pois pelo futebol de ambas equipes, ninguém merecia ir para o intervalo vencendo.

"Gringos da vitória"
Três pontos importantes
(foto: facebook.com/sãopaulofc)

No segundo tempo, algumas coisas tiveram mudanças. A primeira foi que o São Paulo a frente do marcador controlou mais o jogo, e se arriscou mais, mas ainda tinha dificuldades de levar perigo ao goleiro adversário. Porém foi caminhando e passando o tempo da partida.

Mesmo a frente do placar eu seguia incomodado com a maneira do time não se arriscar ao ataque. Sabemos que enfrentar o Internacional no Beira Rio não é tarefa das mais fáceis, tanto que das últimas 10 visitas, apenas 1 vitória, em 2021. E advinha quem era o treinador da época? Crespo.

O jogo foi passando, as faltas seguiam acontecendo, eu seguia cansado, mas firme no sofá me "martirizando". Quando de repente, os "gringos tricolores" surgiram novamente. E dessa vez foi o venezuelano Ferraresi quem deu passe para Bobadilla fazer 2 a 0. O treinador é argentino, assim como o autor do passe do primeiro gol. Os artilheiros do jogo foi um equatoriano e um paraguaio. E sendo o São Paulo um time brasileiro, podemos dizer que a América do Sul está pintada em três cores.

Brincadeiras a parte, esse segundo gol foi um alívio, e mesmo o time atuando com mais controle, ainda assim eu seguia inquieto. Tanto que minha esposa olhou para minha cara, viu o placar, e me perguntou por que eu estava nervoso sendo que o time estava ganhando. Entendo que o momento é de pontuar, e essa sequência está sendo muito boa e tira cada vez mais o time da zona de desconforto. Contudo, qualquer vacilo para um time que tem limitações como o São Paulo é complicado. Tanto que no fim do jogo de pênalti, o Internacional descontou. Para nossa sorte o time colorado é fraco, e o tempo era curto.

Com mais essa vitória, o São Paulo começa a figurar um pouco acima da metade na tabela, o que deixam as coisas mais "tranquilas".

Para a próxima partida, pela copa do Brasil, o time não pode dar bobeira e precisa se classificar, mesmo sabendo que a tarefa não será fácil de manter o resultado, mas ainda assim, o principal segue sendo o campeonato brasileiro, e jogo a jogo vai ser necessário fazer "planejamentos".

Já os meus planos, vai ser seguir com pensamentos positivos, descansar quando for pra descansar, e aproveitar quando for para aproveitar, assim como foram esses dias, mas de preferência, sem a melancolia de fim de domingo, e sim com a disposição dos sábados, que por coincidência, será o dia do próximo jogo que estarei presente.

FORA CARARES, BELMONTE e a corja de dirigentes anti São Paulo

Destaque positivo

ARBOLEDA. Gol e boas ações defensivas. Merece o destaque; FERRARESI. O maior ladrão de bolas do time disparado, 8 (!). E ainda deu assistência.

Destaque negativo

ALISSON. Partida muito ruim. Parecia perdido com a bola nos pés, e sem ela também.

Rafa Malagodi