São Paulo 0 x 1 Atlético/MG (jogo de ida quartas copa do Brasil 2024, IN LOCO)

E infelizmente minha intuição de hoje a tarde se confirmou e o tricolor perde, sofre gol aos 45 minutos e vai em desvantagem para a partida de volta.

O jogo tinha um clima estranho. Há seis dias, no mesmo morumbi, um episódio incomum e raro aconteceu. E uma tragédia também. Lembro que comentei que a ambulância havia entrado em campo, mais que não era possível ver a gravidade do incidente, e ontem, cinco dias depois, o jogador atendido pela ambulância veio a óbito. Triste. Uma parada cardíaca causou a ida ao hospital e a morte do jovem atleta de 27 anos que tinha um filho de 8 dias.... Que Deus o receba.

Por conta dessa situação, o jogo dessa noite chegou a ficar em "cheque" se aconteceria mesmo. Os próprios jogadores ficaram bastante tristes. Se imaginava até que isso poderia afetar o desempenho de todos.

O adversário era carne de pescoço e só por esse motivo já seria o bastante para atrapalhar o time (fora o aspecto Juan Izquierdo). Tanto é que estava bem difícil furar a defesa atleticana, e a cada minuto que passava, mais impaciente os jogadores pareciam. Lucas tentava custurar pelo meio mas estava difícil de chegar perto do gol. Chance mesmo foi com W. Rato de direita, que não é a perna boa, mas deu trabalho ao goleiro adversário, que estava fazendo uma cera absurda a cada tiro de meta.

Na defesa Sabino fez um primeiro tempo muito bom, anulando o principal jogador mineiro Hulk.

O apito foi trilado e o 1T terminou com a percepção que eu já tinha desde o início, que o adversário estava disposto a enroscar o jogo são-paulino.

Conforme esperado, o clima era diferente. A arquibancada não estava fria, mas desconexa em vários momentos. Para se ter uma ideiaz o hino cantado sempre que a partida é iniciada, sequer foi entoado. Eram 51 mil vozes no estádio tentando empurrar um time que fazia uma partida fria. Poucas chances de gol e uma dificuldade enorme furar a retranca atleticana. Faltava um jogador diferente. Era preciso alguém que auxiliasse Lucas nas arrancadas, mas ao contrário disso o time foi perdendo as forças.

Noite fria, futebol gelado
(Foto: arquivo pessoal)

Uma coisa que me chamava atenção era os jogadores aquecendo atrás do gol. O tempo foi passando e nem sinal de Max Cuberas (Zubeldía estava suspenso NOVAMENTE) nem dava sinal de mexer na equipe. Era apenas reuniões com os outros auxiliares e nada. Os próprios jogadores no aquecimento ficavam olhando e comentando entre si.

No campo poucas oportunidades, e no final Lucas teve uma bola para cabecear pra rede e errou. Depois foi a vez de Luciano errar na entrada da área, gerar um contra ataque parado com falta. Na cobrança, gol mineiro.

Uma ducha fria num Morumbi frio.

A tarde comentei com amigos que estava com mal pressentimento da partida. Hulk nunca perdeu pro São Paulo. O Atlético tem sido um adversário que ultimamente não perde para o São Paulo, e eu tenho mais derrotas do que vitórias contra o Atlético. Coloquei tudo isso na minha "intuição" e agora o São Paulo se quiser ir mais longe, vai ter que fazer uma placar improvável em Minas. E pra ajudar, esqueci da ligação de vídeo do intervalo que faço com minha filha quando ela não vem comigo ao jogo... Hoje não era o dia.

Possível reverter o placar, levar pros pênaltis? Talvez. Mas vamos ver o quanto esse time irá se empenhar para realmente tentar um caneco esse ano.

FORA CASARES, BELMONTE e seus aliados

Destaque positivo

SABINO. Fez uma partida enorme. Anulou o principal jogador adversário. Estava ganhando espaço pouco a pouco, e agora certamente vai brigar pela titularidade; W. RATO. Foi quem mais levou perigo ao goleiro adversário. Mas caiu muito no segundo tempo.

Destaque negativo

LUCIANO. Desde o começo do jogo se mostrou alheio aos outros em campo. Não dividia bola, errava passes e pouco correu; WELINGTON. Uma partida bem ruim; MAX CUBERAS. Fazer a única substituição do jogo aos 45 minutos, mostra o quão perdido esteve na função de treinador hoje.

Rafa Malagodi

São Paulo 2 x 1 Vitória (24ª rodada brasileiro 2024, IN LOCO)

Foi sem dúvida o jogo com a menor temperatura e sensação térmica que já fui nesses quase 30 anos de estádio. E tenho certeza que para muitos dos mais de 32 mil presentes, foi igual, e poderia ter sido pior se eu estivesse na arquibancada. Ainda bem que os golaços garantiram a vitória sobre o Vitória.

Numa noite fria (de deixar os dedos duros pra digitar esse texto), Zubeldía surprEendeu a todos novamente e mandou a campo um time com mais titulares do que se esperava. Todos imaginaram um time apenas de reservas, como foi na partida contra o Atlético/GO. Isso indica que o treinador não queria deixar pontos em casa.

Claro que as atenções são todas voltadas para a partida de quarta feira, pela copa do Brasil diante do galo, mas vencer hoje manteria o time bem posicionado no campeonato. Repito, esse time não será campeão brasileiro, mas é importante seguir na parte de cima para brigar por libertadores.

(A que ponto chegamos...brigar por libertadores. Pelo título nacional não brigamos há 15 anos).

Diferente de todas as outras vezes, hoje vim ao morumbi num setor pela primeira vez. Vi a previsão do tempo, nesse domingo a noite, e troquei meu ingresso para numerada atrás do gol na antiga amarela. Com isso, só me resta um setor do estádio para ter assistido ao tricolor em todos os locais possíveis. Mas quarta feira volto a arquibancada.

Como era de esperar, e eu comprei sabendo, o local é oposto para quem gosta de assistir ao jogo vibrando da arquibancada, como eu gosto, mas mesmo assim assisti tranquilo e pude ver o primeiro gol logo aos 5 minutos. Um golaço pra ser mais sincero (e teria outro ainda) do titular pela primeira vez, o jovem Willian Gomes. Seu nome já é especulado para ter mais minutos em campo há tempos, e hoje chegou a vez de ser titular pela primeira vez e fazer essa pintura num chutaço.

Sem dificuldades o time seguia com muita velocidade. Ter Lucas no meio fez o jogo ficar bastante dinâmico e aumentou as possibilidades dos jogadores de frente. Aos 30 minutos foi a vez de Erick que voltou a ter uma oportunidade mandar no ângulo, sem chances para o goleiro. Era o segundo golaço da partida. Justamente dos pontas que o treinador lançou na equipe de hoje. Calleri que era o centroavante também Teve sua chance, mas não aproveitou.

O legal do segundo gol tricolor foi ver toda a construção da jogada, que começou ainda no campo de defesa, passou por Jandrei e depois do calcanhar de Lucas Erick correu sozinho para marcar.

O jogo era quente, o frio mesmo ficava por conta do tempo que no início do jogo batia 10°.

Gols quentes em vitória gelada
(foto: arquivo pessoal)

O segundo tempo começou já com 9° e uma garoa que caia desde o primeiro minuto de jogo. Frio o bastante para eu permanecer ali sentado, e encapuzado. Não que é a forma como costumo ver, muito longe disso, mas o tempo pediu, e mesmo com o reinício da partida ser a todo vapor, permaneci sentado ao ver o VAR anular o gol de Calleri por sei lá, 5 cm se muito.

Seria o terceiro gol tricolor e que manteria a mesma tranquilidade que fora os 45 minutos iniciais, mas ao contrário disso, o jogo foi tomando rumos distinto. O Vitória mais bem organizado foi pra cima, e o tricolor passou a perder seus titulares de campo. Primeiro a dupla Calleri e Lucas saíram. Eu cheguei acreditar que poderia ter sido feita tal substituição no intervalo. Mas ainda bem que não, pois Rato e André Silva entraram frio (e nem tem a ver com a temperatura) e não conseguiram manter a dinâmica que acontecia no ataque tricolor. Depois Luis Gustavo saiu também.

Mas antes mesmo dessas mudanças, o São Paulo sofreu um gol de pênalti. Poderia ter sido a fagulha que os baianos precisavam para vir pra cima e empatar a partida. A sorte do São Paulo foi que até mesmo as bolas rebatidas erradas tinham rumos a favor do tricolor. Ferraresi e Sabino quase colocaram a perder com esses lances.

Vencer a partida manteria o time na parte de cima, então o time que já não consegui mais finalizar em gol (foram apenas 2 no 2T) passou ao menos a se organizar melhor na defesa, e dar menos espaços, e por fim conseguiu segurar bem o resultado de 2 a 1.

Podemos dizer que Zubeldía se deu bem com o resultado e suas experiências. Conseguiu vencer o jogo sem desgastar seus principais jogadores para o duelo pelas quartas, na quarta, e ainda viu que William pode ser uma boa opção para ganhar mais minutos no time.

A expectativa agora é que contra os mineiros pela copa do Brasil, o São Paulo mantenha o campo quente, já que a previsão é de mais um noite fria no morumbi. Mas desta vez, estarei de volta a arquibancada, e se possível pulando para comemorar gols.

FORA CASARES, BELMONTE e seus aliados

Destaque positivo

WILLIAM GOMES. Primeira vez de titular, primeiro gol e primeiro aplausos da torcida. Jogou bem; ERICK. Além do gol bonito, deu opção e parece ter acordado para dar opções também para o treinador; MICHEL ARAÚJO. Improvisado na esquerda foi bem defensivamente. Quase marcou um gol também.

Destaque negativo

W. RATO. Entrou por 20 e poucos minutos...e ficou perdido em campo. Tocou na bola apenas 5 vezes.

Rafa Malagodi

São Paulo 2 x 0 Nacional-URU (jogo de volta 8ªs libertadores 2024, IN LOCO)

Numa noite diferente, como deveria ser em libertadores, São Paulo vence, se classifica e chega com força em mais uma copa.

Se nos três jogos anteriores em casa eu não consegui sentir o espírito de libertadores encarnado no estádio, hoje foi diferente de muita coisa que já vivi dentro do estádio. A festa feita pela torcida e à atmosfera que pulsava das arquibancadas foi digna de uma noite de libertadores.

O telão do estádio contribuiu quando antes do início do jogo, através da inteligência artificial reproduziu um vídeo com a imagem do Telê Santana e a "voz" do mestre. Era o combustível para a busca pela 11ª classificação para as quartas de final do torneio.

Dentro de campo o São Paulo sofreu um bocado com a retranca uruguaia e penou para conseguir chegar em condições de finalização. Elas eram escassas, mas depois de muita insistência Bobadilla chutou da entrada da área de esquerda para abrir o placar. Era o que o tricolor mais precisava naquele momento do jogo. Marcar o primeiro ainda nos 45 minutos iniciais. O resultado a favor faria os uruguaios sairem da defesa e se jogar ao ataque. Receita excelente para o ataque tricolor entrar em ação. Quase saiu o segundo, com Calleri e depois com Lucas. O goleiro adversário interveio em ambos os lances. Mais as investidas pararam por ai.

O primeiro tempo foi um pouco da dificuldade que o time vai enfrentar daqui pra frente. Sem Ferreirinha machucado. Lucas caia pela esquerda, mas como não está acostumado ali, teve bastante dificuldade. Assim como Rato na direita.

Grande festa, e classificação.
Próximo jogo será pedreira.
(foto: arquivo pessoal)

O 2T nem bem começou e Calleri marcou de cabeça o segundo do tricolor, o seu 13° em libertadores. O camisa 9 agora está a um gol de igualar os maiores artilheiros do clube no torneio. Luis Fabiano e Rogério Ceni possuem 14.

Parecia até que o gol iria inflamar o time e arquibancada, mas aconteceu uma grande confusão na torcida adversária com os policiais e o jogo foi interrompido por cerca de 5 minutos. O bastante para arrefecer o tricolor. Quando a partida foi recomeçada, o São Paulo parecia desconexo no jogo. E isso fez o jogo mudar de figura.

Se no 1T o Nacional não chegou nem perto do gol, no 2T foi radicalmente oposto. Os uruguaios chegaram várias vezes e com certa facilidade. Foram 9 finalizações. E o mais grave, com facilidade. O que deixou os 60.042 torcedores presentes inquietos. Até bola na trave rolou por parte do adversário.

São esses erros que Zubeldía cai precisar corrigir para a próxima fase. Até porque o adversário da vez será muito melhor que o de hoje, o Botafogo.

Perto do apito final o jogo voltou a esfriar quando um jogador uruguaio caiu no gramado e precisou ser retirado de ambulância. Os 15 minutos de acréscimos não gerou dificuldade para o tricolor, que nesse duelo gigante de campeões internacionais (ambas equipes possuem 3 libertadores e 3 mundiais) saiu com os brasileiros mais uma vez sem sofrer um gol sequer em 6 partidas com os "Bolso" em libertadores.

No finzinho da partida, a homenagem que acontece há 19 anos tomou conta do estádio, e acredito que todos os presentes cantavam a plenos pulmões o canto exclusivo da libertadores "olê olê olê olê, Telê, Telê". E foi emocionante.

São Paulo agora volta a campo domingo pelo brasileiro, e sem sombras de dúvidas vai estar com o time todo reserva diante do Vitória, no morumbi. Em menos de uma semana o time volta ao mata mata mas agora pela copa do Brasil, contra o Atlético/MG, e da início a mais uma partida de quartas de final.

O time tem se mostrado copeiro, e estando bem nas copas, o torcedor tem todo o direito de acreditar em momentos mais especiais, como foi essa festa de uma verdadeira noite de libertadores.

FORA CASARES, BELMONTE e seus aliados

Destaque positivo

BOBADILLA. Boa participação no meio de campo, correndo, marcando e disputando a bola. Foi coroado com o gol que abriu o marcador e tranquilizou o torcedor; ARBOLEDA. Uma partida muito boa. Deu espaços no segundo tempo, mas esteve firme na maior parte do jogo; CALLERI. Deu o passe para o primeiro e fez o segundo. Tem tudo para se tornar o maior artilheiro do SP no torneio.

Destaque negativo

LUCAS. Pelo menos minha percepção do campo, ele não estava conseguindo fazer suas jogadas. Errou alguns passes. Mas jogou num setor que não tem nada a ver com ele.

Rafa Malagodi

Palmeiras 2 x 1 São Paulo (23ª rodada brasileiro 2024)

A estratégia estava dando certo, até que no último minuto do jogo, quem havia garantido o placar na primeira etapa fez tudo errado na segunda.

A escalação deu uma boa surpreendida em praticamente toda a torcida. Incluindo a mim. Muito se acreditou que o tricolor viria com a maioria de titulares, mas ao anunciar os 11 que começavam a partida, poucos eram os titulares. O mesmo aconteceu pelo lado palmeirense. Quem imaginou um time reserva, errou. Maioria titular também. Isso tudo é reflexo da importância de um choque-rei.

O primeiro tempo tricolor foi pior que o adversário, e de protagonismo maior do nosso goleiro Rafael. Ainda bem que o goleiro foi bem e bastante seguro. A maioria dos chutes no gol foram fácil de defender, mas em pelo menos 3 oportunidades precisou da habilidade do camisa 23 para garantir o placar zerado. Mal sabíamos que isso teria um desfecho completamente diferente quase 1h depois.

A sensação que dava era que o São Paulo não tinha como sair da defesa, e quando Ferreirinha saiu machucado logo no início, aumentou essa percepção, contudo, bastou o time armar bem o contragolpe e foi o goleiro adversário quem trabalhou. E se Patrick que entrou na ala esquerda no lugar de Ferreira, tivesse melhor pontaria, o São Paulo teria aberto o marcador. Patrick inclusive não terminaria a partida, depois que caiu completamente de mal jeito e ficou vários minutos no chão, precisando ser levado imediatamente para um hospital de ambulância. Os vários minutos de paralisação seriam determinantes para o resultado final da partida.

Dava para o resultado ter
sido diferente...dava.
(foto: Rubens Chiri)

Na segunda etapa tivemos a melhora significativa com a entrada de Lucas e Luciano. Mas quando ambos entraram, o placar já marcava 1 a 0 pro time da casa. Numa bobeira generalizada a bola sobrou sozinha para o atacante marcar. Se Moreira estivesse ligado, não teria permitido o gol acontecer, mas perdido na partida, estava sozinho dando condição.

Como ja adiantado, Patrick saiu e o treinador Max Cubera (Zubeldía estava suspenso novamente...) teve que improvisar também na esquerda, e o São Paulo estava com uma linha defensiva 100% de zagueiros.

Numa boa escapada pela direita, Ferraresi achou André, que rolou para Luciano marcar o gol de empate. O gol deixava claro que com os melhores em campo o São Paulo conseguia competir, e a estratégia estava dando certo. Na comemoração Luciano levou amarelo (como sempre) e que minutos depois o tiraria do jogo com novo cartão.

Foi ai que a figura do goleiro tricolor começou a aparecer negativamente. Na sequência ao empate, um chute totalmente defensável morreu no fundo da rede. Para a sorte do goleiro, um jogador estava impedido e cobrindo em partes sua visão. Gol anulado. De certa forma, achei que a falha ali tinha sido por essa razão, mas o que aconteceu no último minuto do jogo provou que o goleiro foi responsável pela derrota.

O atendimento ao Patrick, mais as consultas ao VAR, geraram um acréscimo de 12 minutos. Teria sido 11, mas uma pequena consulta após a bola ter batido no braço junto ao corpo de Lucas dentro da área, fez aumentar mais um minuto. E foi nesse momento que a vitória verde veio. Rafael saiu para cortar o cruzamento do escanteio, e quando tentou cortar o novo cruzamento errou, e colocou tudo a perder.

Não teve jeito, o jogo que estava.se encaminhando para ficar do jeito que o tricolor queria, terminou com a vitória dos donos da casa.

Agora a atenção precisa ser 100% voltada para a libertadores. Uma vitória simples classifica o São Paulo, que inclusive pode repetir o choque rei também pela competição internacional, caso ambos se classifiquem.

Porém, independente de quem seria o possível adversário nas quartas de final, é preciso primeiro passar pelo Nacional-URU e de preferência, sem cometer os erros cometidos na partida de hoje. Ouviu, Rafael?!

FORA CASARES, BELMONTE e seus aliados

Destaque positivo

ANDRÉ SILVA. Teve um dura missão, e foi responsável pela assistência no gol de Luciano, e também pelas finalizações no gol do 1T; FERRARESI. Partida muito boa. Segura e de muitos desarmes, 5 ao todo.

Destaque negativo

RAFAEL. Pela primeira etapa estaria facilmente no destaque acima, mas foi responsável direto pela derrota ao falhar; MOREIRA. Outra oportunidade uma semana depois de ter sido titular depois de dois meses, e foi mal. Precisava ser emprestado, estou convicto disso.

Rafa Malagodi

Nacional-URU 0 x 0 São Paulo (jogo de ida 8ªs libertadores 2024)

O resultado foi melhor que o futebol apresentado. E agora, em casa o São Paulo vai precisar ser muito melhor que hoje para poder garantir a classificação.

Nesse primeiro jogo de oitavas da libertadores, acredito que todos os torcedores do tricolor brasileiro (Nacional também é tricolor, e tem minha simpatia no Uruguai) sentiu falta de futebol por parte dos jogadores. A primeira etapa do São Paulo era assustadora. O time sequer conseguia sair jogando do seu campo e o que se via era uma infinidade de erros de passes nas saídas do seu campo. Não sobrou para ninguém, quem tentou sair jogando errou. Pelas estatísticas do comentarista, foram 7 jogadores diferentes a cometer tal erro, e o erro de Luciano foi o que causou o maior susto. A nossa sorte era o adversário não conseguir aproveitar tantos vacilos

Senti a dupla de volante travada no campo, e sem mobilidade. Provavelmente a marcação uruguaia incomodou ambos. Nem de longe esse primeiro tempo teve bons momentos. Lucas era outro bastante apagado, e isso se deu por alguns fatores, mais o maior deles pra mim é o fato dele jogar muito na beirada do campo. 

No ataque, o tricolor paulista sequer conseguiu chutar no gol. Ou seja, já da pra entender como foi os 45 minutos iniciais. Era necessário o time se impor mais, sentir a libertadores. Essa é a 14ª vez que o São Paulo chega nas oitavas, e já passou por ela 10 vezes, mas era preciso mais incômodo ao adversário para iniciar esse duelo de 180 minutos com mais uma classificação.

Dificuldade de futebol, mas
o resultado foi importante.
(foto: Rubens Chiri)

No segundo tempo a melhora foi até gradual, com melhor saída de jogo principalmente, mais ainda sim era muito apagado o futebol. Ferreirinha que seria uma esperança pela ponta esquerda saiu no intervalo, e foi mais um que nada conseguiu criar no jogo. W. Rato entrou em seu lugar e por incrível que pareça deu mais dinâmica, mais nada de encher os olhos. Era a partida ruim de todos que fez o camisa 27 parecer que estava muito bem.

Ainda que tivesse melhorado, e terminado a partida com posse de bola superior (64% a 36%), isso era muito insignificante quando olhávamos para o restante, a começar pelos números de passes errados 67, e o mais importante de todos, finalizações no gol. Foram zero. Isso mesmo, nenhum chute do São Paulo teve a direção do gol. Ou seja, o goleiro adversário foi um mero espectador. Na única defesa que fez, Calleri estava impedido então não deve ser considerado.

Isso talvez tenha sido o que mais assusta quando se olha para o jogo. O campo era ruim, havia uma pressão do adversário, estádio acanhado, mais o futebol não foi nem de longe bom. O resultado sim deve ser bem visto.

O placar final em 0 a 0 deixa o São Paulo um tanto confortável para decidir em sua casa, que certamente estará lotada na próxima semana. E a expectativa é que o clima de libertadores que tanto fez o São Paulo se identificar com a competição apareça enfim. Chega a ser engraçado, mais eu fui nos trÊs jogos da fase de grupo e achei um clima sem a cara de libertadores, e hoje, depois dessa partida, tive a mesma sensação. 

Será que o tricolor está encarando com gana essa competição ou a competição está se mostrando um desafio muito maior? Ou o mais plausível, pode ser que eu esteja sentindo isso apenas... Vamos ver como será os 90 minutos decisivos daqui uma semana.

Porém antes de enfrentar os uruguaios que nunca fizeram um gol sequer no São Paulo em libertadores, teremos pela frente o Palmeiras na próxima rodada do BR-24. 

A partida na casa do time verde precisa ser encarada também como fundamental, pois um bom resultado nesse momento vai inflamar ainda mais os ânimos (e a torcida) para buscar a décima primeira classificação para as quartas de final, contudo, será preciso jogar mais bola que hoje, e depois mais bola pela competição internacional.

FORA CASARES, BELMONTE e seus aliados

Destaque positivo

ARBOLEDA. Foi quem teve mais trabalho na partida e que conseguiu dar conta, apesar de no começo do jogo quase entregar uma bola; WELINGTON. Teve bastante trabalho, e foi quem menos errou na saída de bola. Bem defensivamente também.

Destaque negativo

LUCAS, LUCIANO, BOBADILLA, FERREIRA. A maioria foi mal, mas esses todos entram no mesmo pacote de má apresentação.

Rafa Malagodi

São Paulo 1 x 0 Atlético/GO (22ª rodada brasileiro 2024, IN LOCO)

Com um time totalmente reserva, o São Paulo vence o lanterna do campeonato, se mantém na parte de cima e descansa seus titulares para a libertadores.

Jogo bem sem graça na tarde dessa domingo. Não sei se era o ambiente do setor que fiquei (arquibancada azul), se era o jogo que não foi muito bom, se era eu quem estava sem tanta euforia ou se era o time totalmente reserva escolhido por Zubeldía para enfrentar o Atlético/GO.

Acredito que um pouco de tudo.

O jogo em si não era bem jogado pois o time do São Paulo não é esse, e os jogadores escolhidos não possuem tanto entrosamento, e acredito que esse fator ficou claro nas decisões e complementos das jogadas. Sem falar que em campo tiveram jogadores que estavam estreando, caso do volante Marcos Antônio, e de jogadores que não faziam uma partida há muito tempo, como Sabino na zaga e Jandrei no gol.

Mesmo com o time todo desfigurado, o adversário era muito inferior, e justificava a escolha do treinador, que certamente pensava em desgastar o menos possível os titulares, que terão pela frente na libertadores o Nacional, do Uruguai, na casa deles.

Ainda com toda dificuldade, o tricolor terminou o primeiro tempo vencendo por 1 a 0 com gol de André Silva, num ótimo cruzamento de Moreira.

Os reservas deram conta, mas
tiveram dificuldades.
(foto: arquivo pessoal)

Aos poucos foram entrando jogadores titulares na partida, para manter o ritmo da partida e também melhor a parte técnica da equipe, que de longe foi o que mais deixou claro que o tem suas limitações, ainda mais quando joga com jogares que são pouco utilizados.

Uma boa supresa na equipe tricolor foi a partida do estreante Marcos Antônio. Longe de ter sido excepcional, mas os aplausos quando o camisa 20 foi substituído deram o tom da boa estreia.

Luciano era pedido por boa parte dos mais 46 mil torcedores, e Zubeldía atendeu aos pedidos e o colocou na partida. Não fosse o jogador tão marqueteiro, teria saído cpm seu golzinho no jogo. Minutos depois de entrar, teve a chance cara a cara de fuzilar o goleiro e ampliar o marcador, porém tentou cavar e errou o gol. O curioso da jogada é que ainda assim, seu nome voltou a ser gritado, e num lance parecido, Nestor chutou em cima do goleiro e foi xingado. Não tem jeito, Luciano já tem uma torcida que torce por ele.

Quem entrou bem e gerando oportunidades no time foi Ferreirinha. Seus dribles levantaram a torcida, contudo, as jogadas de conclusão não tinha um bom final, o que fez o time não sair do seu único gol Na partida. E por incrível que pareça, no fim do jogo ainda precisou contar com Jandrei para não ser vazado na partida.

Evidente que o jogo de hoje, com os jogadores que foram a campo desde o início, condicionou a forma como jogou, apesar disso, mesmo o placar tendo sido o mínimo, a vitória tem uma importância grande, pois faz o time se manter no pelotão de cima na tabela. Porém agora as atenções precisam ser voltadas para as oitavas da libertadores e um resultado bom pode fazer inclusive o jogo de semana que vem pelo brasileiro, diante do Palmeiras ter um time mais próximo dos titulares.

Dificilmente o treinador vai mandar ao Allianz Parque um time reserva, mas vai precisar analisar bem quem vai escolher, pois dias depois tem novamente a libertadores pela frente.

Espero que os jogadores que descansaram hoje, tenham totais condições (e futebol) para sair do Uruguai com uma vaga bem encaminhada.

FORA CASARES, BELMONTE e seus aliados

Destaque positivo

ANDRÉ SILVA. Está aqui pelo gol marcado; JANDREI. Fez uma partida bastante segura e que teve até aplausos no fim do jogo; SABINO. Boa partida. Se aproveitou do adversário fraco.

Destaque negativo

MOREIRA. Não tem jeito, a cada partida fica claro porque não será titular desse jeito....ta sempre se machucando ou não aguentando jogar 90 minutos; NESTOR. Uma partida insossa, e que se tivesse mais capricho teria marcado um gol.

Rafa Malagodi

Goiás 0 x 0 São Paulo (jogo de volta 8ªs copa do Brasil 2024)

São Paulo se garantiu na partida de ida, e hoje apenas jogou com o regulamento embaixo do braço e não desgastou o time para o restante da temporada.

Antes de qualquer coisa precisamos dizer que o sorteio dessas oitavas foi generosa para o tricolor, pois pegar um time de segunda divisão facilitou bastante as coisas pelos lados do Morumbi. Ter feito o placar de 2 a 0 na primeira partida, garantiu a vaga do time nas quartas e também condicionou a forma como a equipe se comportou na partida de hoje. Desde o primeiro minuto era nítido a tranquilidade do São Paulo de desacelerar o time goiano, que era quem precisava se lançar ao ataque para reverter o resultado. Mas como bem vimos, a qualidade técnica era muito maior que a vontade.

Um fato curioso que me chamou atenção desde o inicio foi a quantidade de vezes que o goleiro Rafael participou do jogo usando os pés. A todo instante o tricolor recuava até chegar no goleiro. Sabiamente o São Paulo não sofreu e nem levou perigo dos donos da casa. Não criava nada o tricolor também, o que pode ter feito algum torcedor ficar incomodado com o andamento do jogo. Mais o resultado final foi muito próximo do que eu imaginei. Eu havia chutado um empate em 1a 1.

São Paulo joga com regulamento, 
se classifica, mas tem prejuízo.
(foto: Rubens Chiri)

O segundo tempo foi basicamente o mesmo andamento do primeiro, sem sofrer e também sem assustar. O bem da verdade é que foi um jogo ruim, de ambos, contudo, o jogo foi assim por parte do São Paulo por conta do placar a favor. Até daria para o tricolor ter caprichado mais quando esteve com a bola nos pés perto da área, mas não conseguiu reverter em lances de perigo. Eu diria que o São Paulo não chegou nem perto de fazer um golzinho, assim como o Goiás. A classificação chegou para o tricolor, que é o atual campeão, mais deixou o time com problemas para a próxima fase, que ainda será definida em sorteio o adversário. 

No fim do jogo, já nos acréscimos, uma confusão estupida gerou a expulsão de Alan Franco e também do treinador Zubeldía (outra vez). Será um prejuízo grande para o São Paulo, pois a primeira partida das quartas não terão ambos, e assim como aconteceu nessa classificação, a primeira partida poderá ser determinante. Com o jogo ganho, controlado, Alan Franco foi dar um chute na bola para "comemorar" a recuperação de bola, chutou em direção da torcida adversária. Confusão e prejuízo para o time que estava assegurado e agora terá desfalques.

Podemos dizer que o jogo não foi agradável de assistir, mais era exatamente o que dava para esperar. Agora o tricolor volta as atenções para o brasileiro, diante do Atlético/GO, rival do adversário de hoje, porém a preocupação mesmo deve ser com a libertadores que acontece daqui uma semana.

Como eu bem já disse, o brasileiro estamos perdidos mesmo, e agora o jeito vai ser as copas. Quem sabe o sorteio nos agracia mais uma vez e jogamos a próxima fase com um time inferior?! Vai ser difícil, pois os adversários em sua maioria são boas equipes. Mas se passamos por três gigantes em 2023, esse ano não podemos temer ninguém.

FORA CASARES, BELMONTE e seus aliados

Destaque positivo

WELINGTON. Defensivamente uma partida muito boa; ARBOLEDA. Deu conta do recado no que foi proposto para a partida de hoje.

Destaque negativo

ALAN FRANCO. Fazia um excelente partida, mas sua burrice nos acréscimos custou sua presença na próxima partida; ZUBELDÍA. Está se tornando um personagem com seus cartões. Está prejudicando o time lentamente, mais não tem como a diretoria cobrá-lo, pois quem o conhecia sabia que ele era exatamente assim.

Rafa Malagodi

São Paulo 1 x 0 Flamengo (21ª rodada brasileiro 2024, IN LOCO)

Mesmo enfrentado dificuldades, tricolor vence forte adversário e abre bem semana de jogos decisivos.

Morumbi lotado, e enfim depois de longos 4 jogos sem poder comparecer, pude enfim torcer e sofrer da arquibancada do estádio. Estava precisando sentir novamente o gostinho a emoção ao vivo, e nada melhor do que enfrentar nosso velho novo freguês carioca Flamengo. Ano passado também estive de perto comemorando vitória pelo brasileiro e título pela copa do Brasil, mais isso já foi contado no blog, e bora falar de hoje.

Faltou o São Paulo aproveitar mais suas oportunidades em suas saídas em velocidade, e quase sempre elas aconteciam com Lucas pelo meio e Ferreirinha pela ponta. Sem Luciano suspenso o camisa 7 ficou livre pelo meio, podendo ajudar o time ofensivamente. Uma pena que o último passe, ou finalização não saia como deveria. E não somente de seus pés, mas sim de todos.

As jogadas até tinham velocidade pelo lado esquerdo, e com Ferreira produzindo, porém sua limitação não permitia que finalizasse com competência. Num lance de cruzamento, a bola foi na sua cabeça, e certamente de olhos fechados cabeceou tudo torto. O jogo se desenhava para um duelo de poucas chances, então qualquer uma deveria ser muito bem aproveitada.

O tricolor precisava se aproveitar mais de dois fatores. Estádio lotado e adversário reserva. Claro que o time reserva carioca tem mais qualidade que muitos times titulares por ai, mas o ponto é que precisamos fazer valer o fator casa. E com 58 mil pessoas em campo, isso era de extrema importância.

Estádio lotado, adrenalina,
nervosismo e vitória.
(foto: arquivo pessoal)

Quando o jogo recomeçou, o São Paulo estava sem nenhuma alteração e Zubeldía parecia confiar nos mesmos jogadores que entraram em campo. O tricolor sofreu seus únicos sustos na partida em duas finalizações seguidas, o que me fez pensar que era hora de mudar, mais ao contrário disso, o time seguiu.

Com exceção de Bobadilla que esteve muito abaixo dos demais, os demais jogadores estavam dispostos a retribuir aos torcedores (recorde do time no ano)com  um presente, e esse teria que ser o gol. E se na bola rolando estava difícil de penetrar a defesa do Flamengo, o jeito era na bola parada, e foi assim que Calleri subiu mais alto que toda defesa e guardou o único gol do jogo. A mesma cabeça que balançou as redes da vitória na final do ano passado.

O gol premiou o time que mais estava propondo o jogo e buscando o tento, porém como o gol do argentino foi aos 16' da 2ª etapa, o tricolor ainda teria um longo caminho até o fim da partida. Ou faria o segundo gol, o que seria o ideal, ou então teria que se segurar. 

E não foi porque o time quis, e sim pela dificuldade do adversário, mais o que sobrou para o time foi segurar o resultado. E foi ai que apareceu a figura de dois jogadores que foram fundamentais. Alan Franco e Luiz Gustavo. Um tomou conta da defesa o outro do meio campo.

O apito final deu um certo alívio, pois sabemos bem como é um placar magro no futebol, mas no fim das contas o São Paulo venceu porque fez bem sua lição de casa, que era vencer um adversário que veio com time misto para enfrentar o tricolor num estádio cheio

O próximo duelo em casa é justamente na próxima rodada contra o Atlético/GO (ingresso está comprado já) as 16h, num domingo. Chance de casa cheia novamente. Porém antes o time tem a volta das oitavas da copa do Brasil, em Goiania, diante do Goiás. Com o placar do primeiro jogo a favor, tudo indica que o São Paulo deve se classificar para as quartas, jogar com um time misto no brasileiro, e daí enfim entrar com o que tem de melhor na libertadores.

Mas é melhor ir com calma e jogar jogo a jogo, pois só assim vamos conseguir chegar longe nas competições. Nas próximas postagens todos saberão como o time foi ou se comportou. Até lá.

FORA CASARES, BELMONTE e seus aliados

Destaque positivo

LUIZ GUSTAVO. Partida gigante. Está surpreendendo a cada partida, mesmo atuando sobrecarregado; ALAN FRANCO. O lance das duas divididas seguidas, ilustrou bem sua atuação, vontade de vencer; CALLERI. Partida digna de jogador que briga por cada bola. Foi coroado com o gol da vitória.

Destaque negativo

BOBADILLA. Partida abaixo dos demais. Cansou e já nem acompanhava o adversário.

Rafa Malagodi