30 de dezembro de 2018

2018 dos rivais


PALMEIRAS

O melhor elenco do Brasil, sem dúvidas! O time contava com pelo menos dois bons nomes por posição, o que fazia todos acreditarem que em boas mãos, o Palmeiras tinha tudo para vencer todos os títulos possíveis.
Começou com Roger Machado, mas o treinador que tinha a confiança de muitos foi aos poucos sucumbindo. O numeroso grupo de jogadores não era tão utilizado, e os times de Roger não tinham mudanças táticas, o que fez muitos que até então confiavam em seu trabalho, passar a vê-lo com desconfiança. Ainda assim o time chegou a final do estadual, tendo a chance de ser campeão contra seu arquirrival em sua própria casa. Perdeu nos pênaltis, num jogo bastante polêmico. Essa derrota, juntamente com o inicio ruim do time no brasileiro, colocou uma pressão enorme no treinador, que foi demitido após cinco rodadas. Nem mesmo o treinador fazendo a melhor campanha da fase de grupos da libertadores segurou-o no cargo.
E foi justamente pensando na competição que o Palmeiras trouxe um velho conhecido, Felipão. Muito se dizia que o vestiário não era o mesmo, e com Roger, muitos jogadores não trabalhavam como deveria, daí a ideia de trazer o treinador penta campeão para sacudir o vestiário. Pensando nisso, a ideia do time era vencer a libertadores, o título tão sonhado pelos verdes, e o time chegou longe. Parou na semi final, diante do Boca Juniors, justamente o time que o próprio Palmeiras teve a chance de eliminar ainda na fase de grupos. Junto a competição sulamericana, o time chegava bem a copa do Brasil, mas também saiu na semi. O treinador que tinha chegado para as “copas”, tinha saído de ambas competições, porém, lembra que eu disse que Roger não soube usar todo o elenco? Pois bem, Felipão soube, e bem. No campeonato nacional, o treinador colocava um time “reserva” enquanto jogava as copas, mas como o elenco era tido como o melhor do Brasil, esse time foi forte o bastante para jogar e não perder. Isso mesmo, o time não perdeu nenhuma partida do brasileiro com o Felipão. Resultado, Palmeiras campeão.
Obviamente que ser campeão nacional é muito, mais muito importante, e o torcedor comemorou e muito, mas deve ser dito também que muitos torcedores sentiram demais o peso da eliminação do campeonato que eles mais queriam, declaradamente, a libertadores da América.

SCCP

Depois de um 2017 com títulos, mas com muita contestação sobre o time limitado, o SCCP recomeçou 2018 parecido, mas pouco mais enfraquecido. Carille ainda era o treinador do time e assim como no ano anterior, o time que estava desacreditado e já não contava com nomes como Jô, Pablo e Guilherme Arana, jogadores que foram destaque nos títulos anteriores.
O time ainda assim, foi chegando no estadual e após vencer o São Paulo nos pênaltis, depois de um gol aos 47’, chegou a final contra seu arquirrival e conseguiu o título na casa do adversário. Título esse que levou a moral do time pra cima.
Mas a medida que o ano foi passando, o time começou a ser desfeito, e até mesmo Carille não fazia mais parte do time que chegou até as oitavas da libertadores da América. Muitos nomes chegaram, mas tudo como apostas, e essas apostas não surtiam efeito. Pelo contrário, atrapalhou e muito o time dentro de campo, pois alguns desses nomes não tinham bola para jogar num time grande como o SCCP, e ainda mais sendo o atual campeão. Ao longo do ano, e depois da saída do treinador, o time foi fazendo apostas, e dois treinadores passou pelo clube, Osmar Loss e Jair Ventura (esse segundo indo até o fim do ano), mas ambos não tinham encontrado a maneira ideal do time jogar. No campeonato brasileiro o time amargava derrotas e mais derrotas, e chegou a ser cogitado ao rebaixamento. O ano em que caiu para série B, 2007, tiveram números parecidos e até melhores do que os números apresentados com esse ano. Em contra partida, na copa do Brasil o time passou pelo Flamengo e chegou a final diante do Cruzeiro, jogando a partida decisiva em casa. Mas como já era esperado, o time mineiro era muito superior e chegou ao bicampeonato.
Restava os jogos finais do brasileiro, e o time conseguiu se livrar em definitivo do risco de queda sob os pés de veteranos, como Danilo.
Não dá pra dizer que o ano do SCCP foi tão ruim, pois contou com um título estadual na casa do seu maior adversário, e um vice da copa do Brasil, porém, correr risco no nacional, tendo muitas derrotas e pontuação de rebaixado, junto com a eliminação da libertadores precocemente nas 8ªs, faz o torcedor perceber que se as coisas não melhorarem de fato para o próximo ano, o time deverá sofrer mais uma vez.

SANTOS

Certamente o ano santista é para esquecer. O time passou um ano inteiro sem ao menos brigar por algum título. Com Jair Ventura iniciando o ano, o time foi jogando sem assustar ninguém e com jogos muitas vezes burocráticos, e foi isso que foi fazendo o torcedor santista ficar até certo ponto anestesiado. Percebi que muitos perceberam que seria um ano difícil pro time. No estadual saiu para o Palmeiras e não chegou a final.
A esperança era que a pausa para copa do mundo fizesse o time da baixada melhorar, mas os resultados fracos na volta ao campeonato nacional fizeram o presidente demitir Ventura e trazer Cuca para o comando. O novo treinador mudou pouco a forma de jogar do time, mas resgatou um jogador que fez um primeiro semestre ruim. Se trata de Gabigol. Com o centroavante marcando mais gols e (terminou como artilheiro do brasileiro) alguns chegaram à acreditar que as coisas estariam num novo rumo. Nomes importantes chegaram pra ajudar, mas veio a fase de mata mata na libertadores, e o time foi eliminado por um erro administrativo. A escalação de Carlos Sanchez na primeira partida (jogo terminou 0 a 0 no campo) de maneira irregular, fez o time chegar ao segundo jogo precisando de 4 gols, pois a sentença que saiu no dia do jogo colocou o Independiente com um placar a favor de 3 a 0.
Num Pacaembu lotado, mas muito tenso, a partida não foi revertida e torcedores invadiram pra protestar. No protesto, tinha muito da revolta com a direção santista, pois muitos acreditavam que o time da vila tinha sido muito inocente no caso. Cuca chegou a questionar o presidente Peres. Presidente esse, que foi alvo de duras críticas ao longo do ano e teve seu cargo em risco após uma votação de impeachment. O presidente venceu nas urnas, mas o Santos continuou refém do ano.
No brasileiro o time não conseguia uma sequência de boas vitórias e o time chegou a depender apenas de si para chegar a libertadores de 2019, mas como dito lá no inicio, o Santos não botava medo em ninguém e terminou o ano de 2018 muito abaixo dos seus rivais paulistas.
Em termos de futebol, o Santos perdeu seu principal artilheiro, mas começou a se mexer para o ano que vem. Jorge Sampaoli foi contratado e o time da baixada aposta no novo treinador pra resgatar o time de um ano tão inofensivo.

Rafa Malagodi




27 de dezembro de 2018

Retrospectiva São Paulo 2018


Como tem acontecido já alguns anos, o ano tricolor foi mais uma vez sem nenhum título, e com muitas dúvidas e problemas internos. Poucos foram os momentos de alegria nesse ano.

Começar com ele foi o 1º erro do ano.
Pra mim, tudo já começou perdido quando a diretoria, já encabeçada por Raí, bancou Dorival Jr. no cargo de treinador. Sabendo como o time terminou o ano de 2017, quase caindo pela primeira vez para a segunda divisão, os responsáveis deveriam ter iniciado o ano com outro treinador, pois estava mais do que escrito que ele não duraria muito tempo ali no comando. Bastava olhar para o campo e ver que seu time não tinha um padrão sequer de futebol.
Após um inicio de paulistinha ruim e ainda sem um bom futebol, Dorival foi demitido antes da segunda fase do estadual. Todos sabiam, e eu mesmo escrevi algumas vezes, não fosse Hernanes, somente o treinador não teria dado conta do recado em 2017.


Teria o profeta mudado o rumo desse ano?
Falando no profeta, o jogador ao contribuir (e muito) com a permanência do São Paulo na série A, fez o torcedor ficar esperançoso para o ano que viria pela frente, pois muitos já imaginavam o time bem mais ajeitado com o meia e mais alguns outros nomes, porém, o que muitos não esperavam foi que a diretoria, principalmente o presidente Leco, escondera da torcida uma cláusula no contrato do profeta, que dizia que ele deveria retornar à China no inicio do ano. A notícia caiu como uma bomba nos torcedores, e fez a reputação do presidente ficar pior. O mínimo que ele deveria ter feito era ter deixado isso claro, para que todos ficassem cientes que isso poderia ter acontecido. 


Pra segunda fase do paulistinha e restante do ano, Diego Aguirre foi contratado. O treinador tinha a fama de montar equipes mais fortes defensivamente, e era a partir desse setor que a diretoria acreditava que poderia ter melhor desempenho. O treinador foi bancado também por Lugano, diretor institucional.
O melhor momento do ano, o 1º turno.

Mas o time demorou a engrenar, principalmente pelo time sofrer gols em curto espaço de tempo, o que deixou muitos reticentes sobre a qualidade do treinador uruguaio. A sequencia de empates no inicio do brasileiro e os jogos ruins em casa, contribuíram pra isso. Eu mesmo cheguei a ficar desconfiado, porém, comecei a perceber que ele estava com o grupo na mão. 
Chegou para mudar a postura do time...

Quando veio a pausa pra copa, o tricolor fez um intensivo de treinamentos, pois haviam chegado jogadores que não fizeram a pré temporada, e isso serviria também para o treinador conhecer os jogadores. Dentre esses nomes estavam os experientes Diego Souza e Nenê. A chegada de Everton também fortaleceu bastante o elenco.
Na volta do brasileiro o tricolor engatou vitórias importantíssimas o que fez dele naquele momento o líder do campeonato. Com isso, o Morumbi passou a ser determinante e os jogos estava sempre lotados e as vitórias aconteciam.
Foi sem dúvida o melhor momento do time no ano!

Porém, veio a terceira eliminação do ano, e todas sob o comando de Aguirre. Depois de cair para SCCP no paulistinha, levando gol aos 47’ 2T e perdendo nos pênaltis, e caindo na copa do Brasil, em casa para Atlético/PR, foi a vez do time ser eliminado pelo pequeno Colón-ARG na Sulamericana. Restava apenas o brasileiro para o time dar uma resposta, mas foi acontecendo o que ninguém imaginava. 

Eliminações doloridas, esperadas e recorrentes.
O time passou a ter um jogo por semana, enquanto muitos de seus adversários se espremiam entre os demais torneios. Muitos, inclusive eu, acreditou que agora, com mais tempo de treinar seus times, o treinador faria esse time deslanchar. Mas foi justamente o contrário. O time chegou a ficar dois meses jogando apenas uma vez na semana e vencer apenas uma vez.
O que se dizia, era que o uruguaio não sabia treinar seus times, e só dava certo quando lidava apenas com o lado motivacional dos jogadores.
Se era verdade ou não eu não sei, mas que isso aconteceu de fato aconteceu! 

Desgaste e pouco futebol o derrubaram.
Os questionamentos do elenco começaram acontecer. O time que parecia tão unido, pareceu se perder ao longo do segundo turno. E se no primeiro turno o time foi o campeão, com um baita aproveitamento, no segundo o time fez um campeonato horroroso. Foi o suficiente para a crise ficar instalada e a torcida abandonar os jogos em casa. O time que virava o turno em primeiro, em poucas rodadas começou a cair de posição e teve que lutar muito para garantir uma vaga na pré libertadores. Terminou o campeonato com incríveis 15 empates.
Para muitos, Nenê foi um dos
responsáveis pela queda de produção.
Pra mim, uma vergonha para um time que mesmo a trancos e barrancos se mantinha entre os 4 do campeonato.

Pouco antes do término do campeonato, há 5 rodadas do fim, Raí mandou Aguirre embora, alegando que com isso, faria o elenco reagir e garantir a então vaga direta na libertadores. André Jardine, que era auxiliar assumiu (dias depois foi efetivado também para 2019), e claramente não conseguiu dar jeito num elenco recheado de cobras e lagartos.
Apesar de eu achar que Aguirre estava desgastado, eu não mandaria embora naquele momento, pois ele deveria ter finalizado o campeonato. Lugano também não gostou de não ser consultado sobre a demissão.

Algumas coisas culminaram com o time terminar o campeonato em 5º lugar. O elenco limitado é um desses, mas na verdade, os bastidores do clube está contaminado. Entra ano, sai ano, e o São Paulo não consegue montar um elenco decente. O time que já foi durante muitos anos referência passou a ser motivo de desistência de jogadores, que quando são consultados, desistem. E quando estão no elenco, sucumbem.
Falavam a mesma língua? R. Rocha vazou.
Enquanto coisas como essas continuarem, amargaremos mais anos sem títulos, ou então um time que faça o torcedor acreditar mais. Os nomes contratados esse ano provam o quanto estamos perdidos. Foram gastos milhões e milhões em jogadores limitados, ou que não fizeram por merecer estar ali, e isso, ao longo do ano pesa, e a conta chega. Muito investimento financeiro pra pouco investimento técnico.

Se olharmos para o ano de 2017, para fazer uma comparação, podemos dizer que a única diferença para esse 2018, é a posição que ficamos no campeonato nacional, pois o restante, foi tão ruim quanto.
O pior disso tudo, é saber que na medida em que os dias passam, e as coisas permanecem as mesmas, o tricolor terá dificuldade novamente em 2019.
 
Terão paciência com seu trabalho?!
Eu quero estar muito enganado, mas eu acredito que Jardine será mandado embora assim que terminar o paulistinha (provavelmente sem título), e não aguentará a pressão que é jogar uma libertadores. Isso é, se o time se classificar para a fase de grupos do torneio.
Tudo leva a crer que teremos as mesmas dificuldades que estamos enfrentando nos últimos anos.
Ou o São Paulo briga para ser respeitado novamente ou continuaremos sofrendo e vendo nossos rivais ganhando títulos e se aproximando cada vez mais de nossa história.

FORA LECO

Rafa Malagodi



2 de dezembro de 2018

(minha) Seleção do brasileiro 2018


Rafa Malagodi

Chapecoense 1 x 0 São Paulo (38ª rodada brasileiro 2018)


Olha, acho que é a primeira vez que escrevo forçado. E sabe de quem é a culpa? Do São Paulo Futebol Clube.

O jogo de hoje retratou não apenas o que foi o time ao longo do campeonato, mas sim, ao longo do ano. O São Paulo foi inofensivo durante todo o jogo. O único momento em que esteve ali, mais perto do gol, se é que podemos falar assim, foram por poucos minutos no primeiro tempo. Basicamente, é como o São Paulo no BR-18, teve um momento de empolgação, no mais, nada que pudesse ao menos levar perigo aos seus adversários.
Um empate, devido as combinações dos outros resultados teria rebaixado a Chapecoense, e na semana em que se completou 2 anos do trágico acidente, vamos dizer que o tricolor não quis prejudica-los. Vamos pensar assim, quem sabe a irritação diminui (sic).

Cadê o futebol? SP volta a jogar mal e deixa
 torcedor ainda mais desconfiado para 2019.
(Foto: Liamara Polli/Photo Premium / LANCE!)
Quando se pega a campanha do time no campeonato, e olha também alguns números, a falta de vontade em escrever esse jogo aumenta. Para não ir longe, vamos voltar algumas rodadas, quando Raí, demitiu Aguirre por queria dar uma injeção de ânimo na equipe. Bizarro, pois desde que Aguirre saiu, o São Paulo teve 15 pontos em disputa, e desses, conseguiu apenas 5 pontos. E detalhe, jogou contra três times brigando por rebaixamento e venceu apenas o Cruzeiro, que já não tinha aspirações alguma no campeonato. Isso aumenta o nervoso desse time insosso.

Ano passado, escrevi sobre o que esperar desse 2018 do clube, e lá, dizia de como era importante o São Paulo voltar a brigar pelas competições, disputar títulos. Pois tanto tempo sem vencer, faz o time ficar cada vez mais acostumado ao fracasso.
Num determinado momento desse campeonato, cheguei à acreditar que a tal estrutura do futebol estava sendo consolidada, e não esse ano, mas sim 2019 daria frutos, mas estou enganado, pois vendo os jogadores que temos, mais a direção que está dando várias bolas foras, temo novamente pelo ano que vem.

FORA LECO

ACORDA RAÍ

Destaque positivo
SEM DESTAQUES.

Destaque negativo
DIEGO SOUZA. Foi literalmente um poste em campo. Deu apenas um passe pra finalização e mais nada; HELINHO. Errou tudo que tentou hoje. Tarde para esquecer.

Rafa Malagodi