22 de abril de 2018

Ceará 0 x 0 São Paulo (2ª rodada brasileiro 2018)


Um jogo com cara de segunda feira de manhã. Sem emoção, sem atrativo, sem empolgação. Apenas sendo torcedor mesmo assistir esse “jogo” de futebol até o fim.

Mesmo com o jogo sendo fora de casa, o São Paulo tinha a obrigação de ao menos jogar melhor do que jogou, e dar uma resposta positiva ao torcedor, mas o que menos se viu na partida foi um futebol bem jogado. A partida foi fraca por ambos os times, porém o São Paulo tinha que ter incomodado mais. Jogou muito pouco o São Paulo...
Assim como na partida contra o Paraná, o tricolor perdeu muita bola boba. Os jogadores escolhidos pelo treinador contribuíram muito também. Afinal, Edimar, Hudson e Tréllez juntos, é evidente que não sairia nada de bom.

Arboleda faz sua parte lá atrás, mas  
SP esbarra no mal futebol e só empata.
(foto:LC Moreira / LANCE!)
Aguirre tem por costume rodas suas equipes, ok. Porém, isso deve ser feito quando o time já tem um padrão e/ou estilo de jogo definido. Hoje por exemplo, o time pouco se comportou como na partida em que foi eliminado pelo C.A.P. E com todo o respeito ao Ceará, esse é mais um time que lá na frente vaia estar brigando para não cair, e exatamente por isso o tricolor precisava de mais bola.
Apesar de conquistar um ponto, podemos dizer que deixamos de somar mais dois. Agora o time terá que buscar esses pontos nu, jogo mais complicado, em que ele poderia sair com empate.

Por tanto Aguirre, rodízio nesse São Paulo é furada.
Alguém precisa avisá-lo com urgência, que nesse atual elenco tricolor, ao menos 7, 8 jogadores não poderiam mais vestir o manto tricolor, e Edimar e Hudson estão nessa barca.
E que a semana seja ao menos produtiva.

FORA LECO

Destaque positivo
ARBOLEDA. Mais uma grande partida do nosso melhor zagueiro; MILITÃO. Atuou bem pela direita. Só espero que Aguirre não o invente mais pela esquerda.

Destaque negativo
EDIMAR. O fato de vestir a camisa e jogar já o deixa negativado; TRÉLLEZ. Parecia uma parede. A bola batia e voltava; HUDSON. Não finaliza com direção, não passa certo e só faz falta. Tá louco.

Rafa Malagodi



19 de abril de 2018

São Paulo 2 x 2 Atlético/PR (2º jogo, quarta fase copa do Brasil 2018)


Time mostrou não ter casca e não saber segurar resultados a seu favor. Foi assim no paulista e, hoje, sofreu empate após estar vencendo por dois gols de diferença. Na análise do primeiro jogo, eu alertei justamente para o que aconteceu hoje, jogadores descomprometidos.

Aguirre começou armando um time ao seu gosto, literalmente. Pois assim como ele já disse anteriormente, jogaria com três zagueiros, e por ai foi. Mas devo dizer que a formação dos três estava “errada”. Militão não pode jogar pela direita e Arboleda pela esquerda. Muito menos R. Caio ser líbero. Tanto é que as saídas de bola foram comprometidas. Já do outro lado, o Atlético tinha a saída sempre de pé em pé. Quando o São Paulo pressionou a bola saiu mascada e quase sempre a nosso favor, mas Nenê estava dormindo até então. Mas bastou ele acordar pra dar o passe de calcanhar para Valdívia marcar, e pouco depois ele mesmo ampliar. Era um bom primeiro tempo, bem jogado. O placar de 2 a 0 era tudo o que precisávamos. O São Paulo estava indo para o intervalo vencendo bem, porém veio o pênalti infantil de Lizieiro e o Atlético diminuiu.
Foi o único vacilo do time até então. O tricolor fez um bom primeiro tempo, mas para segunda etapa tinha que criar mais.

Sempre assim. São Paulo volta a ser
eliminado, e nem Nenê salvou desta vez.
(Foto: Luis Moura / WPP / LANCE!)
Não sei o que Aguirre disse dentro do vestiário, independente do que foi, certamente ele não contava com um gol logo no inicio da segunda etapa. Se o gol de pênalti no fim da primeira etapa já tinha dado uma balançada, o gol de empate acabou com as esperanças do time. Obviamente que tinha um tempo inteiro praticamente, mas naquela altura, sofrer o segundo gol foi um duro golpe. O tricolor estava vencendo por dois gols. Justamente o placar que precisava para se classificar. Aí começou o desespero, e entraram no time Diego Souza e depois Cueva. Obviamente não deu em nada. Nenê ainda quase conseguiu fazer o terceiro, mas era pouco. Todo torcedor já tinha ficado impaciente que as coisas não aconteciam, e o Atlético sabendo disso passou a usar a bola para esfriar o tricolor.
Nem mesmo as tentativas desordenadas do fim fez o time chegar ao menos perto da classificação. E a eliminação foi mais uma vez frustrante. Mais uma vez em casa.

O que fica como lição (apesar do São Paulo não estar fazendo as suas há tempos) é que o time precisa ser mais ligado. Alguns jogadores precisam sentir mais a camisa que usam. E isso não é de hoje, mas o grande problema é que essa recorrência, está minando cada vez mais o tricolor de vencer ou ao menos chegar próximo de alguma conquista.

Como eu disse no fim do ano passado, o São Paulo em 2018 precisava voltar a ter a grandeza que já teve, para pensar em algo a mais no ano que vem, mas o que tenho visto até aqui, é um time que falta a casca de vencedor, e isso faz com que o adversário, por menor que ele seja, não respeite mais o vermelho, branco e preto da camisa.

FORA LECO

Destaque positivo
NENÊ. Demorou para entrar na partida, mas quando entrou foi o nome do time. Quase conseguiu  colocar o time ao menos nos pênaltis.

Destaque negativo
CUEVA. Jogou por cerca de 25 minutos. O suficiente para mostrar a todos que está dando de ombros para o clube; AGUIRRE. Escalar um time que precisa de dois gols com três zagueiros é complicado. Principalmente por bagunçar a ordem dos zagueiros; PETROS. Jogo após jogo vem se escondendo. Continua jogando com a garganta.

Rafa Malagodi





16 de abril de 2018

São Paulo 1 x 0 Paraná (1ª rodada brasileiro 2018)


Por alguns instantes eu imaginei que esse jogo do São Paulo se tratava da 39ª rodada do brasileiro 2017, tamanho foi a dificuldade do time em vencer por 1 a 0.

Devemos evidentemente ponderar que o tricolor paulista foi a campo com um time bastante modificado. Isso é verdade. Mas deve ser ressaltado também, que mesmo com um time misturado, sem os principais jogadores, o São Paulo deveria jogar mais do que jogou. Alguns erros no último passe foi o que mais me deixou irritado. Tanto é que nosso centroavante hoje, Brenner, quase não teve oportunidades de finalizar. O jovem jogador ainda foi flagrado chorando após ser substituído. Certamente percebeu que havia deixado escapar uma boa oportunidade de mostrar mais. Mas a culpa não era só sua, pois o passe não chegava redondo.
E olha que o São Paulo teve espaço diante do Paraná. Tanto pelo chão como pelo alto. E foi por cima que saiu o único gol. O aniversariante Bruno Alves marcou de cabeça. O gol serve para coroar as boas atuações do zagueiro esse ano. Pena que o gol foi solitário na partida.

A boa da noite. Aniversariante Bruno,
marca o gol que deu os 3 pontos preciosos.
(Foto: LANCE!)
No segundo tempo Aguirre não demorou para colocar o seu time no sistema que parece ser o preferido dele. O time passou a jogar com 3 zagueiros. Mas será que era necessário o time jogar assim contra o Paraná, no Morumbi? Com todo respeito, eles devem figurar entre os rebaixados do campeonato. O São Paulo precisava jogar mais. Ao menos fazer o goleiro adversário trabalhar.
Além disso, o filme de 2017 voltou quando os paranaenses passaram a rondar a intermediária tricolor. Não que tivessem feito um jogo para empatar, mas diria que um empate ali não seria nenhum absurdo. Chegaram inclusive a igualar a quantidade em posse de bola.

Ao torcedor cabe se contentar com os três pontos conquistados. Sei que é muito pouco para um time como o São Paulo Futebol Clube, mas infelizmente não dá pra pensar diferente, pois um clube que dos últimos 5 campeonatos rondou o rebaixamento em 4 oportunidades, precisa entrar disposto a fazer em casa a sua lição.

FORA LECO

Destaque positivo
BRUNO ALVES. Não teve muito trabalho hoje, mas o gol coroou suas atuações no ano; RÉGIS. Fez uma boa partida na esquerda, improvisado. Melhor quando foi pra direita.

Destaque negativo
BRENNER. Entendo que a bola não chegou, mas os 55’ que ficou em campo, tocou na bola apenas 10 vezes, e errou três passes.

Rafa Malagodi




13 de abril de 2018

Rosário Central-ARG 0 x 0 São Paulo (primeiro jogo, 1ª fase Sulamericana 2018)


Dureza. São Paulo consegue resistir a pressão argentina e trás na mala um empate sem gols. Diante das circunstâncias, foi um baita resultado.

É bom o torcedor tricolor começar a se acostumar, pois a tendência é que o time de Aguirre jogue dessa maneira fora de casa. Se defendendo.
O treinador armou o tão famoso (mas muito contestado) esquema com três zagueiros e tentou se segurar enquanto pôde. Devo admitir que não sou adepto desse sistema, pois o time tende a jogar recuado demais. Sofrendo.
Mas quase tudo foi pro espaço quando Reinaldo saiu lesionado e Rodrigo Caio foi expulso. O treinador precisou mexer nas peças em campo e também no sistema. Mas pra nossa sorte surtiu efeito. Apesar do sofrimento!

Valeu pela vontade. SP empata e volta
confiante na classificação em casa.
(foto:Rubens Chiri / saopaulofc.net)
Sem sofrer gols na etapa inicial, a ideia era contra atacar quando podia. Poucas eram as chances. Tanto que Trellez pouco tocou na bola. Mas Sidão também. Esse cenário era bom para o tricolor.
Ficar com um a menos desde o 37' foi um problema, pois os dez que sobraram precisaram se desdobrar em campo. E devo dizer que nem parecia que jogávamos com 10. No fim de tudo pode se dizer que R. Caio não fez falta.
Já aquela bola que bateu no ângulo, e seria um golaço fez uma baita falta. Nenê quase marcou um golaço. O camisa 7 tem sido o principal jogador da equipe. Foram dos seus pés que saíram as três chances mais perigosas do São Paulo.
Devido a todos esses aspectos que podemos afirmar que o empate em Rosário não foi tão ruim. Talvez com os onze em campo e um pouco mais de sorte, teríamos outro cenário.

Embora o time saia "fortalecido", em casa será necessário se fazer valer. E a mesma disposição mostrada hoje deve estar presente na volta, pois um gol adversário pode fazer um estrago.
Atenção e futebol será necessário.

FORA LECO

Destaque positivo
ARBOLEDA. Partidaça!!! Foi sem dúvida o melhor da defesa; NENÊ. O principal homem em campo. Com Aguirre, seu futebol flui muito melhor; MILITÃO. Foi ótimo em sua posição original (zagueiro).

Destaque negativo
RODRIGO CAIO. Aprontou mais uma das suas. Pra nossa sorte não perdemos; LUCAS FERNANDES. Entrou um pouco desligado. Acertava apenas passes para trás.

Rafa Malagodi



5 de abril de 2018

Atlético/PR 2 x 1 São Paulo (4ª fase copa do Brasil 2018)


Continua o incomodo tabu de nunca ter ganho na Arena. Continua o time jogando bem apenas por alguns minutos. Continua erros e mais erros individuais.

Ao analisarmos a maneira como o time jogou as semi finais do estadual, dava para imaginar que o time jogaria boa parte desse confronto contra o CAP daquela maneira, mas não. Pouco se viu daquele futebol. Eu diria que o time perdeu pelo menos 45’ de futebol por abdicar da bola. E também da marcação, que havia sido o ponto forte. Juntamos essas questões aos erros individuais, como o primeiro gol atleticano, numa falha bisonha de Rodrigo Caio. O zagueiro que tem falhado há pelo menos um ano.
Jogar com o placar adverso num campo “society”, com uma torcida que faz uma pressão enorme, num lugar onde o time nunca venceu. Para tudo isso ser revertido, era preciso uma mudança radical no intervalo.

Caiu de novo. São Paulo sofre e
continua sem vencer na Arena.
(Foto: Geraldo Bubniak / Gazeta Press)
Quando iniciou os 45’ finais, até parecia que o tricolor tinha mudado sua postura, mas não era esperado nova falha e outro gol. Pra nossa sorte, Reinaldo rapidamente se redimiu e deu o passe para Tréllez diminuir. A ideia era continuar a pressão, mas o São Paulo não conseguiu mais do que 20’ pressionando. No fim inclusive, o time quase empatou por duas vezes, mas o baixo futebol em mais de 70% da partida não credenciava o time para empatar.
Uma coisa que chamou atenção, foi que Aguirre armou um 3-5-2 em boa parte do segundo tempo, esquema esse que o treinador havia treinado ao longo da semana, mas não utilizou desde o minuto inicial.

Agora na volta, o tricolor terá uma dura obrigação de vencer o Atlético por no mínimo 1 gol de diferença. E ai que mora o problema, pois sempre que o time joga pressionado, o jogo passa a ficar tenso e o time não desenvolve um bom futebol. A esperança é que Aguirre treine bem o time para o segundo jogo, pois devido ao horário bizarro da segunda partida (19:15), a tendência é que a torcida não encha o estádio para salvar o time, como tem sido.
Porque se dependermos de meia dúzia desses jogadores ai do elenco, tudo continuará como antes...

FORA LECO

Destaque positivo
NENÊ. Correu, desarmou, armou, chutou. Pena que fez muito disso sozinho; REINALDO. Apesar da falha no gol, e sua limitação técnica, está correspondendo com muito empenho e vontade. Boa jogada no gol tricolor.

Destaque negativo
RODRIGO CAIO. Sempre superestimado. Sempre errando. Além da falha do gol, teve outros diversos erros na partida. Terrível; MARCOS GUILHERME. Como sempre, quando tem a bola nos pés, se perde; PETROS. Seu futebol foi embora faz tempo.

Rafa Malagodi