30 de dezembro de 2017

Retrospectiva São Paulo 2017

Foi o pior ano do São Paulo!!! Pode perguntar para qualquer torcedor ou não torcedor que isso vai ser dito. 2017 foi o ano em que o time teve chances reais de ser rebaixado pela primeira vez em sua história, e como todos sabem, isso causava calafrio no torcedor. O time passou rodadas pós rodadas na zona de rebaixamento, batendo um recorde negativo do clube com 14 rodadas. Decisões técnicas erradas, diretivas, entre outras coisas causaram tudo isso, mas graças a torcida e a chegada de um jogador específico, não caímos, porém, não podemos nos orgulhar de nada, pois completamos mais um ano muito longe da grandeza do time.

Da esperança ao mico

Um semblante derrotado.
Não podemos começar sem que o assunto seja Rogério Ceni. Ele chegou com muitas expectativas. Sendo ou não são paulino, a chegada de Rogério Ceni para comandar a equipe a beira do campo causou certa euforia devido a imagem dele como jogador/ídolo. Teve quem acreditava que daria certo, e tinha também quem desconfiou desde o início. No meu caso, eu nunca quis vê-lo em outro cargo (pós jogador) que não fosse “embaixador”. Então, sempre apoiei.

A "derrota" mais sofrida de Ceni.
Mas seu trabalho não eram “as mil maravilhas”...Talvez pela sua inexperiência. Talvez pela sua arrogância. Talvez pela falta de honestidade da diretoria, que desmanchou o time ao longo do ano. O certo é que tudo escrito acima tem um pouco de razão. O trabalho do treinador passou a ser bastante questionado, pois o time sofria muitos gols. E tudo ficava pior quando nas coletivas, o treinador não assumia os erros, sempre tentando atribuir números. Isso foi minando sua confiança. E depois do time ser eliminado de três competições num espaço de 22 dias (perdendo inclusive para um time argentino que jamais havia saído da Argentina), juntando com a primeira aparição no Z4 do campeonato brasileiro, tudo foi por água abaixo. A diretoria que semana antes havia bancado o treinador, tinha mudado de ideia, e o demitiu. Era tudo o que os críticos e inimigos de Ceni mais queria ver, ele fracassando.

Dias depois surgiu uma multa de 5 milhões de reais que o clube deveria pagar ao técnico, e isso começou a colocar ainda mais em xeque a diretoria.


A solução que veio da China

Um trabalho para desconfiar.
Para a vaga de novo treinador chegou Dorival Junior. Mais um treinador que gerou grande desconfiança, pois seus bons trabalhos haviam acontecido apenas num clube. Nos demais, sempre brigou para não cair e não caíra por sorte (apesar de possuir uma queda com o Vasco). E estava certo quem estava desconfiado, pois o treinador passou jogos pós jogos sem apresentar bom futebol. E olha que aquela altura o treinador já havia conseguido bons reforços, coisas que o treinador anterior não teve. O time seguiu por muitas rodadas no Z4, e isso foi minando sua confiança.

Esperança profética.
A chegada de um jogador em especial fez a diferença. Hernanes, que ao final do torneio foi eleito o melhor do campeonato, foi o cara do tricolor. O jogador era responsável por muitos pontos do time e de jogos importantíssimos. Numa pesquisa feita pela internet, o jogador foi eleito mais importante na campanha do campeonato do que o próprio treinador.


Dorival contribuiu quando conseguiu repetir a escalação do time. Mas não podemos esquecer que, as derrotas do tricolor eram sempre vergonhosas.
Derrotas desastrosas x vitórias sacrificantes
Outro fator primordial foi a utilização de bons nomes da base. Jogadores como Militão, Shaylon, Lucas Fernandes e Jr. Tavares tiveram bastante chances nesse ano. Melhor aproveitados e com paciência, podem ter grande influência na equipe do ano que vem.


A torcida de verdade não fez reuniãozinha

Reunião, hahahahahaha.
"Irmandade"
Um dos momentos mais conturbados do ano foi a “reunião” dos torcedores com jogadores e diretoria. Uma coisa completamente descabida, pois lugar de torcedor é na arquibancada. Alguns atribuem a melhora do time com a conversa, mas eu não penso nenhum pouco assim. Sem contar que, a principal organizada do clube prometeu um forte protesto quando o time atingisse a pontuação salvadora, mas o que se viu, foi um conchavo evidente com o forte e caloroso abraço do presidente do clube com o presidente da torcida. Uma vergonha, do tamanho do ano que tivemos.

Quem mereceu aplausos de verdade.
A torcida que merece aplausos foi aquela que lotou todos os jogos do time. Mesmo quando o time precisou mandar 5 jogos no Pacaembu, lá estávamos, lotando, incentivando e vibrando com o clube. Independente da posição da tabela. Até “escolta” foi feita para o time. Treinamentos, jogos fora de casa. Tudo o que foi possível, a torcida fez para salvar o time.

Diós, um torcedor entre os jogadores.
Dos 6 maiores públicos do campeonato, o tricolor era dono de 5, sendo os 4 primeiros. Com o último jogo em casa, com ingresso de arquibancada por R$1,00, um novo recorde. O jogo contou com a despedida de Lugano. O uruguaio, mesmo sem jogar, era um representante da torcida dentro dos vestiários. Isso faz a diferença.




Continuaremos em mãos erradas?!

Os poucos acertos do ano.
Quando paramos para fazer uma análise do tricolor de forma minuciosa, você começa a entender que o time realmente não daria certo. Foram erros e mais erros. Poucos acertos...bem poucos. E um dos piores foi o desmanche do time ao longo do ano. Ao todo, 14 jogadores foram vendidos. E chegaram 17. Evidente que um time nessas condições não poderia ir muito longe mesmo.
A base foi esfarelada.
Por isso, permanecer na elite foi o bastante para o São Paulo, pois pensando friamente, esse time deveria ter caído. Não posso dizer coisas como “se não caiu agora, não cairá mais”, até porque, o que se espera dessa diretoria é um ano cheio de coisas ruins novamente. Até Muricy foi chamado para dar “palestras” motivacionais para equipe, num claro e evidente momento de desespero da direção, que já não sabia o que fazer. 

    Com Leco no comando,
         dá pra acreditar?
Antes do término de 2017, Raí foi chamado para ser o novo diretor de futebol, e ele colocou no barco Ricardo Rocha. E ainda existe uma possibilidade de Lugano fazer parte da cúpula também. Estaria novamente a diretoria deixando suas costas largas com ex-jogadores/ídolos, igualzinho foi feito com Rogério? É de se imaginar, mas melhor aguardar...
Os donos da incompetência.









O que 2018 nos reservará?!

Até o dia dessa retrospectiva, o que havia acontecido de novidade na equipe, foi a chegada de Jean, jovem goleiro do Bahia, e a permanência de Jucilei por mais 4 anos. No mais, o que se lê, é a iminente saída de Pratto, e o possível retorno de Hernanes.
Isso está indicando um 2018 cheio de emoções. Nesse novo ano que entra, temos que nos preparar para voltar a ser o São Paulo Futebol Clube. Temos que voltar a brigar por títulos, e para isso, antes de pensar em disputar certas competições, temos que focar nas pequenas competições que estamos. Por mais que não seja parâmetro, vencer um paulista não seria tão ruim, pois o time precisa voltar a ter o gostinho de levantar um título.


Rafa Malagodi


26 de dezembro de 2017

Retrospectiva dos rivais 2017

PALMEIRAS – nota 5 

Um ano para esquecer
Encarado por muitos como o time do ano (entre os paulistas), o Palmeiras contava com um elenco forte, e que havia perdido poucos jogadores do elenco campeão BR-16. Mas sua maior perda era o treinador Cuca. Pro seu lugar Eduardo Baptista foi o escolhido para comandar o vestiário de bons jogadores e também de medalhões. Incluindo Felipe Mello.
A medida em que o campeonato acontecia, pairava uma desconfiança se o então treinador seria bom para aquele tipo de elenco. Uma eliminação pra Ponte Preta, com direito a derrota por 3 a 0 pesou bastante para o treinador.
Com a libertadores acontecendo ao longo do ano, o que podia ser observado, era um time com erros constantes, e jogadores com um futebol bem abaixo do que se esperava. Vitória nos minutos finais, entrevistas exaltadas foram o bastante para E. Baptista ser demitido. Cuca voltava...
Seria a solução? Também não foi. O treinador do penta brasileiro não conseguia fazer o time jogar, e ainda batia de frente com alguns jogadores. Borja, que foi recebido nos braços da torcida, e Felipe Mello, que chegou a ser afastado, foram alguns dos jogadores que Cuca pouco aproveitava. Quando F. Mello foi reintegrado ao elenco, o treinador já não tinha mais clima.
Apesar das eliminações na copa do Brasil e libertadores, por coisas do futebol, o Palmeiras chegou a depender apenas dele para ser bicampeão brasileiro, e tirar o título do SCCP que era líder desde a 5ª rodada. Mas o time sucumbiu, viu a pressão aumentar, a torcida atirar pamonhas no elenco, e a crise ser instalada. O então 2º lugar foi comemorado, mas no frigir dos ovos, com aquele elenco do início do ano, e o investimento ao longo dele, um título pelo menos deveria ter desembarcado na Pompéia.


SANTOS – nota 6

A vaga na libertadores foi seu triunfo.
O vice brasileiro 16 deu ao time da baixada uma certa esperança para o ano de 2017. Acostumado a chegar nos finais do paulista nos últimos anos, certamente o torcedor chegou a pensar que esse ano não seria diferente, mas ser derrotado para a Ponte Preta, antes mesmo da semi-final fez o torcedor ligar o alerta. O time já não era aquele mesmo que chegou a encantar em alguns jogos do ano anterior. Os destaques da equipe eram Vanderlei, que cansou de salvar o time ao longo do ano, e Bruno Henrique, recém chegado da Europa.
Um início muito bom na libertadores, sendo o único invicto na fase de grupos, agradou parte dos jornalistas e torcida, que chegou a colocar o time praiano como o melhor da competição até então. Mas internamente as coisas não estavam caminhando com tanta tranquilidade. Dorival Jr. foi demitido, alguns chagaram aa acusar que seu filho tinha muitos desentendimentos com alguns jogadores. Para seu lugar, o já folclórico Levir Culpi. Após a eliminação na libertadores, com o time jogando menos do que se esperava, somado aos fracos resultados no BR-17, culminou na demissão do treinador. Elano assumia o time e tentava apagar o incêndio. A torcida iniciou a sua caça as bruxas e Zeca foi o principal alvo. Tanto que reincidiu com o Peixe de forma judicial. Lucas Lima, acusado de corpo mole desde o “interesse” do Barcelona, foi outro bastante xingado, e antes mesmo do fim do ano, foi afastado da equipe (e contratado pelo Palmeiras).
O ano ainda contou com a contratação de Nilmar, que não conseguia jogar, pediu o desligamento do time, alegando depressão. E terminou com uma eleição para presidente que quase virou caso de polícia, devido as supostas manipulações de votos.
Ainda com tudo isso, o time beliscou uma vaguinha na libertadores.


SCCP – nota 9

Eu tenho a força!
Certamente o caso mais curioso dos quatro. Tipo por muitos, inclusive pelo técnico, como a 4ª força do estado, o SCCP tinha de fato um time limitado, e já no início do ano tinha que aguentar com a gozação do suposto interesse do time em Drogba. Juntando isso ao elenco limitado, e um treinador “inexperiente”, fazia total sentido a desconfiança. Mas o campeonato paulista iniciou, e com uma forte defesa, o time foi ganhando corpo, e a sua maneira, vencendo os jogos. Conquistou o paulista de maneira improvável, porém merecida. Como muitos sabem, o estadual não é parâmetro pro nacional, com isso a desconfiança pro restante da temporada voltou.
O time seguiu sua luta calado, e mesmo sob desconfianças foi jogando rodada por rodada, e sem derrotas. Terminava o primeiro turno invicto e com uma pontuação/aproveitamento impressionantes! Certamente sua campanha passou a ser alvo de discussões em qualquer roda de amigos/torcedores/jornalistas/especialistas, pois em sua maioria, os questionamentos eram como uma equipe limitada (com alguns bons nomes) fazia um campeonato daquele?! Era a prova que o futebol era jogado dentro de campo. Mesmo que polêmico, o SCCP teve jogos em que foi extremamente ajudado, como no gol de mão de Jô, em contra partida, foi bastante prejudicado também, como no impedimento mal marcado de quase 3 metros contra o Flamengo. Mas com tudo isso, seus adversários com elencos e/ou futebol melhores sucumbiam, e o time seguia na frente.
Nem mesmo as eliminações da copa do Brasil e sulamericana atrapalharam o time. O pior momento foi no início do 2º turno, quando o time passou a perder jogos em casa, e viu sua vantagem que havia chegado a 16 pontos cair para 5 (e para o rival Palmeiras). Foi o momento de maior turbulência da equipe, pois o time não mostrava tanta confiança como antes. Se o 1º turno foi muito acima da média, o 2º foi bem ruim, mas como a gordura acumulada, somada a incompetência de seus adversários, o time voltou a entrar nos eixos e todo o ambiente construído fizeram a diferença, e o time conquistou seu sétimo título brasileiro.
O que vou dizer aqui é muito pessoal, e não tem nada a ver com gostar ou não do SCCP. O certo é, o time parece ter vencido o BR-17 mais por incompetência das outras equipes principais, do que pelo seu próprio futebol. Mas como o time não tem nada a ver com isso, venceu sozinho.


Rafa Malagodi


3 de dezembro de 2017

São Paulo 1 x 1 Bahia (38ª rodada brasileiro 2017, IN LOCO)

Dá pra se dizer que o último jogo do São Paulo no ano foi muito parecido com o que foi o ano como um todo. Sofrido, e de altos e baixos.
Último jogo! "Diós" é exaltado
 pelos seus companheiros.
(foto:sãopaulofc.com)

O jogo mesmo não estava lá muito atrativo. Tirando a despedida do Lugano, que era festejado a cada toque na bola, a partida teve poucas coisas para se tirar de proveito. Assim como nosso ano, poucas coisas a serem exaltadas. A partida de Petros e Shaylon foram os pontos fortes. O primeiro foi o cara do meio de campo. Roubava e passava a bola muito bem. O garoto da base demorou pra engrenar, mas quando atento, fez sempre as melhores escolhas.
Pelo lado ruim, podemos apontar a fraca atuação de Cueva. Uma boa representatividade da quantidade de jogos fracos que tivemos ao longo do ano e campeonato.
As alterações de Dorival, que optou por dar oportunidades para dois jogadores da base, também podem ser encaradas como as incertezas que teremos para o ano que vem. Seria ele competente para mesclar a juventude com os jogadores rodados que temos no elenco? Pra mim não!!!

Primeiro de muitos! Brenner é uma
das esperanças do time para 2018.
(Foto: Newton Menezes / Futura Press)
O empate em 1 a 1 teve um sabor amargo para os mais de 60 mil torcedores. O gol de Brenner foi sem dúvida o momento de maior euforia, porém, alguns momentos que chamaram atenção, foi a exaltação de parte dos torcedores com o goleiro Jean, do Bahia, que está acertado com o tricolor paulista para 2018. Até falta no Morumbi ele cobrou...
Uma pena o gol baiano, aos 43’, pois o torcedor, que carregou o time esse ano merecia ao menos ter visto uma vitória. Mas o resultado provou que se manter na série A era tudo que poderíamos ter conseguido.

O São Paulo terminou o campeonato em 13º, sua pior colocação nos pontos corridos, mas além disso, deixou incertezas de qual São Paulo teremos no ano que vem.
Se quiser que a torcida continue batendo recordes, como fizemos esse ano, é de extrema importância que a diretoria mantenha alguns jogadores no elenco, e também contrate jogadores de qualidade. Se isso acontecer, certamente a torcida irá encher os estádios novamente, mas desta vez, será pra carregar o time ao título.
Que 2018 seja diferente, amém!


Destaque positivo
PETROS. Um monstro na partida. Um dos poucos que se salvaram nesse campeonato; BRENNER. Marcou seu primeiro gol, e mereceu. Foi bastante participativo; SHAYLON. Mas uma boa partida. 2018 precisará ser colocado mais a prova.

Destaque negativo
CUEVA. Andou em campo. Muito desligado. Joga quando quer, isso é um perigo.

Rafa Malagodi



1 de dezembro de 2017

Seleção do Brasileiro 2017

Como todos os anos, eis aqui minha seleção do brasileiro 2017.
Postarei antes de sair as seleções dos jornais e da própria CBF, para não ser influenciado, e expressar apenas meu ponto de vista.
Lembramos que esse campeonato foi um dos mais surpreendentes que já tivemos. Afinal, venceu um time que ninguém imaginava (mas fez um 1º turno "fora da curva"), e as demais apostas, os tais times favoritos, foram sucumbindo rodada a rodada. Por isso cheguei nesses nomes.


Pois bem, segue:

Seleção Brasileiro 2017     (4 - 3 - 3)

                                          Vanderlei (SAN)


                       Geromel (GRE)            Pablo (COR)


Fagner (COR)                                                       G. Arana (COR)

                                                                       
                  Arthur (GRE)                       Hernanes (SAO)


                                       Thiago Neves (CRU)


               Luan (GRE)                            Bruno Henrique (SAN)


                                                 Jô (COR)



TEC. Fábio Carille


Destaques positivos

  • ZÉ RAFAEL (BAH). Fez um campeonato muito bom; 
  • MAYCON (COR).  Um primeiro turno excelente;
  • CÁSSIO (COR). Só não está na seleção, pois Vanderlei fez muito mais defesas salvadoras.

Destaque negativos

  • ROBINHO (ATL/MG). Um ou outra partida boa, no restante, muito abaixo;
  • GUERREIRO (FLA). Foi pouco produtivo ao decepcionante time do Flamengo;
  • DIEGO SOUZA. O jogador constantemente chamado por Tite, pouco ajudou o Sport.

Rafa Malagodi