18 de dezembro de 2012

São Paulo 2012


Um ano muito parecido com o 2011, mas com algumas ressalvas. Talvez o único título da temporada e algumas contratações mais atraentes fizeram o cenário ficar um pouco diferente. Um pouco.

O leão não rugiu desta vez.
O ano começou com o tricolor com o mesmo técnico que terminará o ano anterior, Émerson Leão. Com expectativa de um choque nos jogadores, a diretoria preferiu manter o então técnico. O início do paulista, com vitórias, servia um pouco para macular a equipe, pois sabemos o quão fraco é o campeonato. Após alguns revés, e ingerências dos diretores são-paulinos, o técnico caiu no início do brasileiro. Após P. Miranda falhar no clássico contra o Santos, que eliminou o tricolor, Juvenal Juvêncio exigiu a suspensão do zagueiro, o que não agradou o treinador e parte dos jogadores.

A volta do Mito ajudou no 2º semestre.
Outro aspecto de extrema relevância foi à volta de Rogério Ceni. Depois de ficar parado por 7 meses, após cirurgia no ombro, o capitão voltou para a meta tricolor e ajudou a equipe com ótimas partidas (Juninho Pernambucano que o diga), com liderança em campo e dividindo responsabilidades com LF9 e Lucas, o Mito conseguiu erguer mais uma taça ao final do ano. Renovou por mais um ano seu contrato e fica até fim de 2013.

Perdeu a chance do título inédito de novo.


Na copa do Brasil, o tricolor voltou a falhar, e foi eliminado desta vez na semi-final, para o Coritiba. O vacilo, custou caro para o tricolor, principalmente para a comissão técnica.

Com tempo de trabalho mostrou qualidade.




Depois de Milton Cruz ser novamente técnico-tampão, o tricolor acertou a contratação de Ney Franco, que fazia bons trabalhos na base da seleção brasileira. Com o tempo, o técnico conseguiu implantar sua filosofia, e aos poucos foi montando seu time ideal. Jogando sempre no 4-2-3-1, o tricolor sofreu no inicio, mas após poder contar com alguns jogadores, e arrumar a defesa, o são Paulo passou a jogar com mais qualidade, e com ele, conquistou mais um título Sul-americano e garantiu a vaga na libertadores pelo brasileiro.

Suspensões, gols e lesões.
Luis Fabiano foi capítulo a parte no ano. Quando esteve em campo, resolveu, marcava gols em clássicos, não fugia dos jogos. O problema foi que não era sempre que podíamos contar com ele. As seguidas lesões atrapalharam bastante sua sequência de jogos, e as constantes suspensões, foi outro fator de suma relevância. O craque ficou fora de semi-final diante do Santos, devido a cartões amarelos por reclamações. Na final da Sul-Americana, foi expulso no primeiro jogo e não disputou o segundo. Foi alvo de criticas da torcida independente.

Torcida foi forte aliada.
Outro fator que deve ser lembrado foi o estádio lotado do Morumbi. É bem verdade que isso só aconteceu com baixo preço dos ingressos, e com as apresentações de jogadores, a volta de Rogério Ceni e as fases finais do campeonato sul-americano.

Esperança pra 2013.


Deu o que falar a contratação do “ídolo” santista Paulo Henrique Lima, o Ganso. Depois de uma interminável novela, com a ajuda de investidores o tricolor acertou com o jogador por anos. Machucado, o jogador demorou a estrear. A aposta tricolor é para 2013.

Até logo, Lucas.

Lucas. Mais um capítulo a parte do ano, o camisa 7 tricolor oscilou bons e maus momentos em 2012. No inicio, com Leão no comando, Lucas era criticado constantemente devido ao seu futebol improdutivo. Num jogo contra a Lusa, chegou a irritar a torcida jogando apenas com toques de lado, pois havia sido criticado (corretamente) por prender demais a bola. Após a chegada do Ney Franco, as coisas passaram a mudar. Vendido ao PSG por cerca de 108 milhões de reais, surpreendeu muitas pessoas ao ser peça chave no segundo semestre, e de quebra, conseguiu realizar o sonho de conquistar um título pelo São Paulo, e botar seu nome na história. Sofreu na fase final da Copa Sul-Americana, mas não tirou o pé, e saiu como o melhor do torneio.

Quem jogou futebol, venceu.
A final da competição vencida pelo tricolor, teve uma situação no mínimo inusitada. A final teve apenas 45 minutos. O “time” argentino do Tigre, que estava disposto apenas a bater em campo, literalmente bater, já havia causado confusão na primeira partida. Na volta, no Morumbi não foi diferente. Depois de bater em campo, ao final da primeira etapa, os jogadores partiram pra briga. Depois de mais de 30 minutos de espera, os jogadores argentinos alegam ter sido agredidos por seguranças do estádio e se recusam a voltar para campo.

Ps. na última rodada do brasileiro, o tricolor venceu o sccp por 3 a 1. Até ai normal, se não fosse o time completamente reserva do São Paulo, rsrs.

Rafael B. Malagodi

17 de dezembro de 2012

Balanço dos 4 grandes de SP



Santos – nota 6,5
Inicio de ano aconteceu como os dois anos anteriores, com a equipe da baixada levando o campeonato paulista pela terceira vez consecutiva, e com Neymar sendo novamente a estrela. Os santistas tinham a esperança também de chegar na libertadores, e era tido por muitos como um dos principais favoritos. Chegou a semi final, mas parou no SCCP e foi eliminado. As notáveis e publicas divergências da diretoria e comissão técnica esquentavam os bastidores (Ganso foi por vezes a pauta da vez), e o título da recopa, diante da La U veio apenas para dar aos santistas, mais um triênio com dois títulos na mala. Fim de brasileiro instável, e novamente com Neymar-dependência.

Palmeiras – nota 5
Que ano foi esse palmeirense?! Nem São Marcos salvou o time no ano da sua despedida. Não conseguiu chegar novamente no estadual, sendo eliminado nas quartas para o Guarani. Diante disso, a equipe focou-se na copa do Brasil, e com seu elenco limitadíssimo, mas com Scolari no banco e M. Assunção no campo, conseguiu levar o título. Esse foi a única alegria palmeirense, que comemorou o título por muito tempo e deixou de lado o brasileiro, quando acordou era tarde de mais. Com o time na zona da degola, Felipão saiu (p/ muitos abandonou) e nem mesmo a troca de treinador salvou o time do vexame do rebaixamento, e depois de 10 anos a série B estava no caminho. O ano acabou muito ruim, com direito a dispensa coletiva no elenco.

São Paulo – nota 7
Um ano que gerou mais incertezas do que certeza. O tricolor paulista teve um 2012 irregular. As inconstâncias tomaram conta do time nesse período. O início com um técnico (Leão) gerava algumas incertezas no clube, e após as eliminações do paulista (terceira vez consecutiva para o Santos) e a desclassificação da copa do Brasil nas semi-finais custou a  cabeça do então técnico, que não agradava parte do elenco. A chegada de Ney Franco ao comando, gerou novamente incertezas, mas com o passar do tempo, e aliado a volta de Rogério Ceni (após cirurgia), líder da equipe, Ney conseguiu fazer algumas mudanças na equipe e dar mais consistência ao time. Mesmo sem muitos acreditarem, o tricolor garantiu a vaga para libertadores com a 4ª colocação no Brasileiro, e de quebra, após 4 anos sem títulos, de forma invicta, o São Paulo sagrou-se campeão do fraco torneio da Sul-Americana, que também dava vaga para a libertadores. Com o título, o tricolor também garantiu um troféu no ano.

SCCP – nota 9
O melhor dos quatro grandes. Depois de se sagrar campeão nacional no ano anterior, a equipe foi montada e organizada para a competição mais importante dos sul-americanos. No início do ano, o paulista foi usado com preparação, mas ao ser eliminado, pela Ponte Preta, em pleno Pacaembu, ligou um sinal de alerta. Julio César, o oleiro foi o bode expiatório. Na medida em avançavam na libertadores, mais confiantes estavam pelo título inédito. Ao passar do Santos na semi final, a história de chegar a uma final já estava garantida. Ao ganhar do Boca, o inédito título foi o êxtase. Restava então o mundial no Japão. Usando o brasileirão como “treinamentos”, Tite foi montando uma equipe mais forte, e sem muito esforço, a equipe fez boa preparação e chegou no Japão confiante. O inesperado novamente aconteceu, ao bater o Chelsea na final, por 1 a 0. Este feito, foi também inédito, e o SCCP levantou a 1ª taça de campeão mundial.

Rafael B. Malagodi

13 de dezembro de 2012

São Paulo 2 x 0 Tigre-ARG (campeão sul americana 2012, in loco)



Diante de mais de 67 mil pessoas (eu era um deles), o jogo da despedida de Lucas tinha tudo para ser da melhor maneira possível. Até foi, mas diante de ARGENTINOS COVARDES, a estrela da noite apanhou barbaridade, e o jogo que só teve um tempo, corou o título tricolor, contra um time que pratica o anti-futebol.
Ergue a taça. Lucas: "Até logo".

A final da noite, para muitos era um jogo tranqüilo, contra um time fraquíssimo, que no primeiro jogo apenas se preocupou em bater, ao invés de jogar bola, e ontem não seria diferente. Desde o primeiro minuto de jogo, já podia ver que a proposta argentina era trancar o jogo e levar para uma decisão de pênaltis, e pra eles, isso seria feito com todos os ingredientes do anti-jogo: Catimba, violência e pouca bola.
Muito melhor no jogo, os são paulinos não se intimidavam e iam pra cima. O gol era uma questão de tempo. Mas enquanto isso não acontecia, o tricolor sofria com a violência e retardamento do jogo.
Depois de um rápido contra ataque, Willian José tentou servir Jadson, mas a bola sobrou pra estrela da noite Lucas, que cortou a zaga e bateu de esquerda, pro fundo da rede. O estádio explodia de alegria, os jogadores explodiam de emoção. Na sua despedida, o camisa 7 já marcava o seu aos 23 min.
Como esperado, o gol fazia com que o time do Tigre tivesse que sair da defesa e parasse com a cera. Já o São Paulo, as coisas começaram a ficar ainda mais fácil. Lá atrás, a defesa segura não dava chances ao adversário. Chegadas fortes era o lema tricolor.
Os argentinos seguiam dando porrada, e o péssimo árbitro não fazia nada para coibir a violência.
Para o tricolor cabia continuar jogando futebol para aplicar uma goleada e dar a resposta na bola. Aos 29 as coisas ficaram ainda mais fácil, depois de Lucas servir Osvaldo, o camisa 17 mandou por cobertura, sem ângulo, um lindo gol. 2 a 0 São Paulo.
A partir daí o jogo começou a tomar ares mais violentos. Com a torcida gritando olé, os jogadores do tricolor seguiam colocando o Tigre na roda, e eles batendo forte. O Lance mais revoltante da partida foi a cotovelada que Lucas tomou e ficou caído no chão, na frente do bandeira. O árbitro mandou seguir, enquanto são paulino, com o nariz sangrando seguia no chão. Nem mesmo os médicos foram autorizados a entrar em campo.

Trio de respeito. Jogadores comemoram o título.

No fim do primeiro, e único tempo, começou toda a bagunça que faria o jogo não ter volta. Lucas ao sair de campo mostrou o nariz sangrando ao zagueiro que o agrediu. Os argentinos foram pra cima, e um empurra-empurra generalizado começou. Até mesmo a polícia foi “ajudar”.
Na volta para o intervalo, somente a equipe tricolor entrou em campo. Os argentinos se recusaram a voltar, alegando insegurança, pois segundo ELES, um grupo de seguranças havia entrado no vestiário e agredido os jogadores.
Por cerca de 30 min. a torcida tinha um misto de euforia e apreensão, pois não sabia o que aconteceria de fato. As informações do rádio eram desencontradas, e não esclareciam muita coisa.
Após longa espera, o árbitro deu a partida como encerrada, o Tigre não voltou a campo, e isso fez o São Paulo ser coroado como o campeão!
Os jogadores comemoram eufóricos e até mesmo invasão de campo acontecia, e após 4 anos, o tricolor era campeão novamente, e de forma invicta. Lucas sai com o dever cumprido e o sonho realizado.
Na entrega do troféu, Rogério Ceni colocou a faixa de capitão em Lucas, e o jogador levantou a taça diante do grito de “o campeão voltou”.

Destaque positivo
A festa. Com o Morumbi lotado, a torcida apoiou durante os “45 min.”; Lucas. Em seu último jogo, não se intimidou e foi pra cima, apanhou, sangrou, e marcou o seu; Denílson. Na defesa, suas chegadas fortes,intimidou o adversário. Não perdeu uma dividida. O título. Ney franco e sua equipe mereceram. Para 2013, algumas peças de reposição podem fazer o tricolor mais vitorioso.

Destaque negativo
A covardia; A violência; O jogo sujo; A arbitragem; o Tigre. Todos os ingredientes que tentaram, e de certa maneira fizeram, com que o espetáculo fosse arranhado. Esse é o preço que se paga por jogar com times minúsculos.


“Obrigado Lucas!”

Rafael B. Malagodi

6 de dezembro de 2012

Tigre (ARG) 0 x 0 São Paulo (final sulamericana 2012, por Marcelo Prado)



Não consegui acompanhar o jogo como gostaria, por isso não tenho como analisar o jogo.

Análise retirada do site globoesporte.com, por Marcelo Prado

O capitão Rogério Ceni havia alertado: em uma partida Brasil x Argentina, é preciso esquecer favoritismo, técnica ou melhor momento. A rivalidade deixa os nervos à flor da pele. E, desde o primeiro minuto de jogo, isso ficou muito claro. O Tricolor tinha mais qualidade com a bola nos pés. Mas logo a catimba argentina, tão corriqueira em jogos de torneios sul-americanos, tratou de equilibrar o duelo. Até então, a equipe brasileira já havia perdido duas boas chances com apenas cinco minutos de jogo. Uma com Lucas, que tabelou com Luis Fabiano, recebeu na área e bateu fraco, facilitando as coisas para Albil. A outra com o Fabuloso, que ficou cara a cara com o goleiro adversário e chutou em cima do seu rival. Aos 13, o jogo mudou de figura com duas expulsões. Após cometer uma falta feia em Orban, Lucas foi cercado por dois argentinos. Ao tentar defender o companheiro, Luis Fabiano se desentendeu com Donatti. Na confusão, os dois receberam o cartão vermelho do paraguaio Antonio Arias. Um pesadelo para o camisa 9, que estreava em La Bombonera e havia dito na véspera que não iria cair na provocação dos rivais argentinos. Com um homem a menos de cada lado, o clima ficou muito acirrado. A cada dividida, os jogadores se estranhavam. Em um cruzamento na área tricolor, o atacante Maggiolo foi para cima de Rafael Toloi. Em outro lance, Galmarini acertou Denilson. Embora tenha continuado com o controle da partida, o São Paulo sentiu demais a perda de sua referência. Tanto que o goleiro Albil só voltou a trabalhar em chute de fora da área de Denilson, aos 26. A torcida do Tigre não chegou a lotar a Bombonera, mas não parou de cantar nem por um instante. Com isso, o time, muito inferior tecnicamente, assustou em dois chutes de fora da área, um de Diaz e o outro de Ferreira. 
Vacilou. LF9 está fora da decisão.


Os dois times voltaram sem alterações para o segundo tempo. Mas o Tigre retornou com uma postura bem mais agressiva, inflamado por sua fanática torcida. No São Paulo, Ney Franco manteve o desenho tático apostando nas escapadas em velocidade de Lucas e Osvaldo. O time tricolor, porém, perdeu a liberdade que tinha para tocar a bola, já que os argentinos subiram a marcação. As provocações continuaram em campo. Rafael Toloi, em novo desentendimento com Maggiolo, levou cartão amarelo. Percebendo que a equipe havia ficado sem saída de jogo, Ney Franco resolveu mexer, sacando Jadson e colocando Cícero, com a função de ser um "falso centroavante". Com isso, Lucas deixou o ataque e virou meia. O problema é que a equipe seguia mostrando descontrole. Em dois minutos, Rhodolfo e Denilson foram advertidos com amarelo por faltas violentas. Mesmo sem ter qualidade com os pés, o Tigre tomou conta do jogo. O São Paulo seguiu sem saída para o ataque. No banco de reservas, um preocupado Ney Franco mandou os outros atletas para o aquecimento. Rogério Ceni, na linha da grande área, tentava ajudar, gesticulando e pedindo movimentação aos atletas. A partida permaneceu nesse panorama até o fim. A equipe da casa teve a posse de bola, mas não sabia o que fazer com ela, enquanto o São Paulo, encolhido, passou a defender com até nove jogadores e não deu sequer um chute a gol em todo o segundo tempo, preferindo segurar a igualdade. 


4 de dezembro de 2012

Brasileirão 2012, por Rafa Malagodi



Depois do fim do Brasileiro 2012, a minha seleção do campeonato ficou o seguinte:

Diego Cavalieri (FLU)
Marcos Rocha (ATL/MG)
Fluminense é TRI campeão em 2012
Réver (ATL/MG)
Leonardo Silva (ATL/MG)
Carlinhos (FLU)
Souza (GRE)
Paulinho (COR)
Ronaldinho Gaúcho (ATL/MG)
Lucas (SÃO)
Fred (FLU)
Neymar (SAN)

Revelação
Bernard (ATL/MG) = A cria mineira incendiava as partidas do Galo. Bom entrosamento com R. Gaúcho.

Craque
Fred (FLU) = Foi o principal responsável por diversas vitórias do tricolor carioca, salvou o time em jogos de 1 a 0 deixando sempre sua marca. Artilheiro com 20 gols.

Time decepção
Internacional = Contratou bons jogadores, e juntou com o elenco que já tinha, mas fizeram besteiras ao trocar de treinador e colocar Fernandão, até então diretor no clube. No início da competição era apontado como candidato ao título por muitas pessoas, inclusive eu.

Time surpresa
Náutico = Não fez um bom campeonato, mas a surpresa fica por conta dos jogos nos Aflitos. Excelente média de vitórias. O campo foi o aliado do Timbú para a permanência na série A.

Rafael B. Malagodi