Segue
análise do jogo entre São Paulo e Santos, por globoesporte.com, por Alexandre
Lozetti.
O
Neymar matou o jogo, e o Paulo Miranda matou o tricolor (de novo).
Primeiro
tempo
O
São Paulo finalizou mais (7 a 5), levantou mais bolas (11 a 2), teve mais
escanteios (4 a 0), e provou que quantidade não é qualidade. O Santos precisou
de pouco tempo e poucos toques na bola. Cada um em sua especialidade. Adriano
roubou a bola, Neymar clareou a jogada, Arouca avançou e tocou para Alan Kardec
ser derrubado por um estabanado Paulo Miranda, que manteve a regularidade de
falhas da primeira fase. De azul, de pênalti, aos três minutos, Neymar fez o
118º da carreira, somando gols por Santos e Seleção Brasileira. Quando o melhor
time do país, dos garotos craques, abre o placar tão cedo, a impressão de
domínio e goleada é inevitável. Engano de quem pensou que o Tricolor fosse se
acuar. Trocou passes com velocidade no meio, usou bem Cortez pela esquerda, mas
esbarrou na trave após cabeçada de Paulo Miranda e na dificuldade quase
comovente de Willian José em dominar a bola. Campo aberto, cheio de espaços,
ótimo para quem sabe jogar. Novamente em poucos toques, Ganso e Neymar deram de
canela na teórica superioridade são-paulina, e de chapa, mostraram a verdade na
prática. Aos 31, o meia dominou e lançou para o atacante, que deixou Paulo
Miranda para trás e tocou na saída de Denis.
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| Tudo cercado. São Paulo é eliminado pela 6° fez seguida na semi final |
Segundo
tempo
No
clássico da fase de classificação, Rodrigo Caio havia tomado cartão amarelo no
primeiro tempo, não saiu, e foi expulso no segundo. Emerson Leão aprendeu a
lição. Dessa vez, tirou o amarelado Piris e colocou justamente o Rodrigo Caio para marcar Neymar. A outra substituição foi tradicional: Fernandinho no lugar de Jadson. Pobre do
torcedor que se atrasou no banheiro ou na pipoca no intervalo. Não viu Paulo
Miranda dar joelhada na bola e perder gol incrível. Não viu Neymar (sim, é
verdade!) acertar a trave com Denis deitado no chão. Não viu o gol anulado de
Alan Kardec, após falta de Edu Dracena em Paulo Miranda. Talvez não tenha visto
Willian José, após bela jogada de Lucas, chutar por cima. Mas teve tempo de ver
o centroavante se redimir. Impedido, recebeu de Casemiro, ajeitou para o pé
esquerdo e bateu firme. Vacilo do bandeira, festa nas arquibancadas do Morumbi.
A pressão esfriou. O Santos, mesmo tendo que trocar Rafael, lesionado, por
Aranha, equilibrou a posse de bola, a torcida passou a gritar mais baixo e
Neymar teve ajuda inesperada para, pela terceira vez em 2012, fazer três gols
num jogo. Ajuda de Denis, que deixou a barba crescer para impor respeito. Não
impôs. As mãos fraquejaram no chute do craque e todos passaram a esperar o
apito final. A expulsão de Cícero em falta sobre o camisa 11 só serviu para dar
tempero à sua atuação.
Ps.
Acertei a eliminação e o resultado do
jogo, infelizmente “eu já sabia.”





