Não podemos dizer que foi ruim, mas vencer por um gol de diferença não era exatamente o que estava nos planos. Até porque, o jogo da volta não será fácil.
Depois de três vitórias consecutivas pelo brasileiro, uma pausa no nacional para disputar as oitavas da copa do Brasil. E mais uma vez um jogo em horário terrível (pelo menos pra mim) e não consegui me juntar aos 42.042 torcedores. Certamente, se lá estivesse também teria sentido um certo "sorriso amarelo" pelo placar final.
O primeiro tempo eu pouco consegui prestar atenção, mais estava atento justamente quando Pablo Maia marcou o seu tão festejado gol, e que não acontecia há quase dois anos, e contra o mesmo adversário. E um bonito gol inclusive. O camisa 29 que praticamente retornou aos gramados por esses tempos, após lesão grave, precisava desse gol para tentar reconquistar seu espaço no time.
E reconquistar é uma palavra (e atitude) que precisa ser bem empregada. Tanto no time tricolor, que tem jogadores que até um tempo atrás tinham nomes garantidos na titularidade (como o próprio autor do primeiro gol), como na nossa caminhada da vida. Reconquistar é algo que não é simples de acontecer, mas precisa ser melhor visto em muitos casos. Lembrem-se, para ter uma reconquista, é porque em algum momento existiu a conquista, o reconhecimento, a admiração, enfim. E se ela se perdeu em alguma etapa, estejamos prontos para recebê-la novamente, e de coração aberto.
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| Reconquistando espaço. P. Maia festeja muito seu gol (foto: facebook.com/SaoPauloFC) |
Voltando a partida, o São Paulo foi superior ao time paranaense, mas ficar com 1 a 0 no placar era muito pouco, e mesmo com as alterações no time, ainda estava difícil para o tricolor ampliar o marcador. Depois dos gritos clamando por Luciano que veio do banco, alguns chiados dava para perceber a cada jogada desperdiçada, até que aos 32' do segundo tempo o segundo gol apareceu.
O curioso é que saiu do diminutivo, pois veio de Rodriguinho para a conclusão de Ferreirinha. Contudo, somente os nomes foram no diminutivo, porque o gol foi todo no aumentativo. Muito por conta de Rodriguinho que fez uma baita jogada individual e rolou para trás. Era o gol que precisava para fazer o torcedor ficar mais tranquilo. E de fato ficou. Ainda teve a chance do terceiro mais parou na trave, porém, não demorou muito e um balde frio caiu no Morumbi gelado, pois o Athlético diminuiu o jogo numa jogada em que ficou claro que o São Paulo estava mais mole na marcação. Sem contar que era nítido que o time passou a jogar com menos atenção, como se o resultado de dois gols estivesse garantido.
Esse gol não deve ser visto com bons olhos, pois qualquer derrota no jogo da volta pode fazer o tricolor disputar pênaltis ou então ser eliminado direto. Porém, vale ressaltar uma coisa muito importante para a temporada, o campeonato que o São Paulo precisa jogar pra valer deve ser o brasileiro. A quantidade de pontos desperdiçados nele, não permite o time se dar ao luxo de abdicar para tentar vencer as copas. Ainda mais com um elenco curto (e lesionado) como o nosso.
Espero que sigam acontecendo as reconquistas, conquistas ou qualquer outra coisa que faça com que as coisas caminhem para frente, pois é justamente isso que faz a gente ter um olhar mais esperançoso. Crespo chegou em meio a terra arrasada, e de certa forma reconquistou o torcedor. E como está acontecendo com ele, pode acontecer com a gente! Para isso estejamos prontos para quando chegarem esses momentos.
FORA CASARES, BELMONTE e a corja de dirigentes anti São Paulo
Destaque positivo
PABLO MAIA. Gol que abriu o marcador, deu mais tranquilidade, e que tem uma importância enorme para o jogador; RODRIGUINHO. Foi ousado na jogada do segundo gol e deu certo. Está ganhando espaço no time. ALAN FRANCO. Muito bem defensivamente.
Destaque negativo
ANDRÉ SILVA. Destoou um pouco do time. Mesmo com sua entrega e vontade, muitas vezes falta futebol mesmo.
Rafa Malagodi





