E depois de longos anos voltamos ao Pacaembu para assistir o tricolor vencer de virada o jogo contra a Portuguesa.
A última partida que assisti no Pacaembu deve ter sido a primeira da Mariana, em 2019. O estádio ficou fechado para reforma e reinaugurou num jogo profissional nessa noite. Reforma que por sinal deixou o estádio muito mais feio, sem cor, sem tamanho. Sem cara de estádio de futebol.
Foram pouco mais de 8 mil torcedores entre lusos e tricolores que se arriscaram em meio a chuva e garoa para acompanhar a partida, que por sinal não teve muito a oferecer. Uma dessas pessoa era o ex jogador tricolor Leandro Guerreiro. Estava junto da torcida organizada Dragões da Real Poucos foram os lances de perigo. Perigoso mesmo foi o péssimo passe de Bobadilla que foi parar no pé do adversário, que ainda contou com escorregão do Jandrei, e que facilitou a finalização para 1 a 0 time da casa.
Era de se esperar um jogo complicado pelo lado do São Paulo, pois o treinador já deixou claro que seu time titular não vai jogar mais do que 2 jogos seguidos, e sendo assim, um time 100% reserva estava em campo. O problema é que não temos um bom meia para esse time. Os dois são da base e que ainda não passam confiança. Era a vaga de Rodriguinho, mas esse desperdiçou na estreia, e com isso, o time foi a campo com 3 volantes. Marcos Antônio até tentou fazer o papel de armador. Foi bem, mas não o suficiente.
Com esses jogadores e nesse sistema, criar oportunidades de empate seriam rara, foi ai que um pênalti chamado pelo VAR colocou o tricolor na partida novamente. André Silva pediu a bola e guardou no ângulo. Empate tricolor. A virada não chegou por falta de pontaria, e porque o ataque com Ferreirinha e Erick não ajudavam também.
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| Pacaembu, sem cara de estádio. São Paulo, sem cara de time (mas venceu). (foto: arquivo pessoal) |
O time que voltou do intervalo era o mesmo, mas também não tinha muito o que ser feito com o elenco, que está repleto de jogadores jovens, recém subido da base, e colocar numa partida dessas pode atrapalhar no primeiro momento. precisa ser bem pensado.
O jogo seguia ruim, sem tantas oportunidades, e sem criação, Rodriguinho foi chamado para tentar ajeitar e dar mais mobilidade ao ataque. O camisa 18 tinha aproximadamente 30 minutos para tentar recuperar o que perdeu na estreia, e podemos dizer que ele aproveitou muito bem. Deu dinâmica e num passe deixou Ferreirinha na cara do gol, de frente para o goleiro, mas a bola parou na trave. Uma pena.
Para auxiliar, Zubeldía ainda colocou Calleri, depois os jovens Lucas Ferreira e Ryan Francisco. Os garotos tinham pouco mais de 10 minutos para tentar ajudar, mas esse tempo foi o suficiente para Ryan, que aos 47' do 2T recebeu de Bobadilla, e na cara do gol deu tempo de ajeitar e dar um toque bonito para as redes. Festa no feio Pacaembu.
Já não dava tempo de mais nada na partida a não ser o torcedor gritar o nome do jovem a plenos pulmões. Se de fato ele for um jogador diferenciado surgindo, eu posso dizer que estive presente em seu primeiro gol como profissional. E se na final da copinha ele não pode estar presente, nesse mesmo estádio, hoje ele conseguiu ser o herói da vitória tricolor.
Podemos dizer que a estratégia da comissão para essa partida surtiu efeito, pois conseguiu colocar em campo (sintético) um time todo reserva, recuperar e descansar os titulares, e ainda saiu com 3 pontos importante para a sequência do paulistinha, e deve ter um time 100% titular para enfrentar o clássico San-São na próxima rodada.
FORA CASARES, BELMONTE e a corja de dirigentes anti São Paulo
Destaque positivo
RYAN FRANCISCO. Tem estrela. Marcou o gol da vitória, já nos acréscimos; RODRIGUINHO. Soube aproveitar os minutos em campo que teve. Deve ser titular do próximo time reserva que for usado; BOBADILLA. Tinha tudo para estar no negativo, pela besteira do gol adversário, mas se recuperou e deu lindo passe para o gol da vitória.
Destaque negativo
PATRICK. Não tem jeito. Erra muito. Não cruza certo e não marca direito; RUAN. Parecia um pouco afoito na marcação.
Rafa Malagodi





