Tricolor chega ao 10° confronto contra os mineiros sem vitória, mas teve o reconhecimento do torcedor por buscar o empate em jogo de momentos distintos, ainda sim, fez uma partida regular.
Depois de quase dois meses, voltei ao morumbi, e novamente não sai satisfeito com o que vi dentro de campo. Para ser sincero, não acreditava que venceríamos, diferente do que esperava da última presença no estádio, só não contava que seria como foi.
Primeiro tempo com um início assustador de ruim do São Paulo, fez o time levar um gol com 32 segundos de bola rolando. E aos 16 minutos ja perdia por 2 a 0, o que deixou todos ali presentes incrédulos, chegando a pensar que viria uma goleada pela frente. Até parecia que o jogo contra o Red Bull não tinha acabado na última rodada.
Para sair dessa situação precisou correr além do normal, e ainda era necessário criar oportunidades na esperança de reverter o clima de decepção nas arquibancadas.
Precisava de um ataque certeiro, de um chute mais perigoso ou algo do tipo, e para nossa sorte, o gol contra do Atlético colocou o tricolor de vez na partida. Dai pra frente foi na pressão. Bola na trave de André Silva, e depois, já nos acréscimos Lucas achou André novamente que só teve o trabalho de empurrar para o fundo da rede e empatar e explodir de alívio os mais de 36 mil torcedores presentes no frio morumbi. Luiz Gustavo ainda quase virou mais a bola caprichosamente explodiu no travessão.
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| A torcida aplaudiu, mas não saiu 100% satisfeita com o que viu nos 90' (foto: arquivo pessoal) |
Terminar a primeira etapa com aquele vontade, deixou todos nós presentes com a expectativa lá em cima, de que a virada seria questão de tempo, porém o segundo tempo foi muito abaixo. Nem de longe parecia os 30 minutos bons do 1T. O time jogou os 45 minutos sem assustar o adversário e o máximo que conseguia era ficar rondando a intermediária, mas sem espaços, era toque de um lado para o outro e com oportunidades beirando o zero. O estádio foi sentindo a dificuldade e esfriando junto com o time. Na zona mista pós jogo, Alisson atribuiu o segundo tempo abaixo pois o time precisou se dedicar muito para empatar ainda no primeiro tempo. Errado ele não está, mas o torcedor que até reconheceu e aplaudiu o time (pelo menos no setor que eu estava) também deve estar saturado de ver partidas em que o time não cria o suficiente para vencer. E contra o indigesto adversário mineiro, o tricolor não conseguiu jogar dois tempos de forma suficiente para sair vitorioso.
De ruim mesmo preciso citar duas coisas. A primeira é jogar com terceiro uniforme em casa. Eu jamais vou me cansar de dizer, que em casa, se joga com a camisa tradicional. BRANCA.
A segunda é a escolha bizarra e inacreditável de Zubeldía, que preferiu escalar um lateral direito para jogar na esquerda (Rafinha), mas não colocou Patryck, que é da posição. Eu sou e seguirei sendo crítico do jovem lateral tricolor, pois ele não me convence, contudo, improvisar um destro quando se tem o canhoto, é ridículo. Não a toa o São Paulo parecia um time infértil atuando pela esquerda.
O time deve ficar mesmo em 6° lugar, posição que ocupa atualmente, e isso permitirá a equipe chegar a libertadores (mas na fase preliminar) e só prova uma coisa, em momento algum esse time foi capaz de jogar o suficiente para ocupar o pelotão de cima, onde a vaga da competição é conquistada. No atual formato, a vaga chega até o clube, por pior que ele possa ser.
FORA CASARES, BELMONTE e seus aliados
Destaque positivo
LUCAS. Novamente foi o diferente do time. Achou um passe perfeito que garantiu o empate; ALAN FRANCO. Teve bastante trabalho, mas conseguiu se sair muito bem nas jogadas individuais e posicionamento: ANDRÉ SILVA. Foi responsável novamente por fazer um gol que evita um revés ainda maior.
Destaque negativo
ZUBELDÍA. Escalar Rafinha na esquerda é muito pior que colocar Sabino por ali; LUCIANO. Péssima partida. Não conseguiu sequer finalizar uma bola no gol.
Rafa Malagodi



