Sem expectador, São Paulo batalha até virar, e encaminha sua
classificação para a segunda fase do paulistinha. Jogo marcou pela falta de público.
Clássico com torcida única já é chato! Sem nenhuma torcida então, nem
parece que é jogo. A determinação da federação paulista, dos jogos não terem
torcida, devido ao surto de coronavírus, fez sem dúvida alguma, o clássico “San-São”
sofrer com a morosidade.
Praticamente todo os campeonatos do mundo estão suspensos, aqui, resolveram
tirar o torcedor do estádio. Isso é uma forma de não proliferar o vírus, mas o
ideal mesmo, seria suspender tudo. Inclusive, me chamou muito à atenção, as câmeras
flagrarem a todos os profissionais dentro do estádio, com uma cara de desanimo.
A sensação que tive, era que ninguém gostaria de estar ali.
É de se imaginar isso mesmo, pois o medo que está se espalhando por
toda a cidade (e no mundo), deixa qualquer um preocupado.
Com isso, foi a primeira vez que São Paulo e Santos se enfrentaram com
público zero. De certa forma, o São Paulo foi o maior prejudicado, pois ele
contaria com o torcedor te apoiando. Ou vaiando.
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| Palmas! Diniz ousou e foi contemplado com a vitória no clássico. (Foto: Lance!) |
Eu diria que, tivesse torcedor tricolor no estádio, muito teriam
reclamado do time no primeiro tempo. Por mais que o São Paulo fosse mais time
que o Santos, ter a bola nos pés pouco ajudou o time. Tanto que, levou o gol
mesmo tendo a bola nos pés por quase 70% da primeira etapa.
Não que o time tenha se comportado mal, mas não estava sabendo jogar
contra um time fechado do Santos. Para se ter uma ideia, o gol santista, foi o
único chute no gol em toda a partida.
Tudo mudou de verdade, quando o Santos teve um jogador merecidamente
expulso, antes do apito do árbitro. Isso, faria o tricolor ter a bola nos pés
ainda mais. Dito e feito.
Diniz voltou do intervalo com uma alteração ousada. Bruno Alves saiu
para a entrada de Pablo. Isso fez seu time jogar apenas com Arboleda de
zagueiro. Reinaldo foi o escolhido para fazer dupla com o equatoriano. Não era
a substituição que eu gostaria, pois para mim, Juanfran, que fez outra partida
limitadíssima, devia deixar o campo.
Mas a mexida do treinador, obviamente, faria o time jogar no ataque o
tempo todo, e sendo mais time, a sensação que tive no início do jogo, passou a
mudar, pois acreditava que o time empataria e viraria a qualquer momento. Para
a estrela de Fernando Diniz, Pablo foi o autor dos gols que deram a vitória por
2 a 1 tricolor.
O São Paulo precisava vencer o clássico. Não poderia passar mais uma
vez em branco. Ainda mais pensando nas circunstâncias que o jogo foi
desenrolando. O Santos não tinha jogada, e recuperar a bola para o tricolor não
era nada difícil. Tanto que os gols aconteceram naturalmente. Aquele torcedor,
que se tivesse no estádio, e que não gostou do 1T, certamente mudou de opinião
com a segunda etapa.
O São Paulo mereceu a vitória, e se ela veio de falhas santistas, o
tricolor não tem nada com isso. Era preciso vencer um clássico, pois isso
estava sendo cada vez mais raro esse momento de prazer.
Com a determinação da Conmebol, o time não terá o jogo pela
libertadores. Essa alteração, terá consequências ao longo do ano, e será
difícil prever o que poderá acontecer. O paulista também poderá sofrer com a
pandemia. Enquanto os jogos continuarem acontecendo, o tricolor precisa se
manter “treinando” na competição, para voltar com todo o gás na competição
sulamericana.
FALTAM 293 DIAS
Destaque positivo
PABLO. O camisa 9 que
tem sido criticado justamente, devido a quantidade de gols perdidos nos últimos
jogos, hoje, aproveitou dois lances de extremo oportunismo; TCHÊ TCHÊ. Dono do meio de campo (outra
vez). Deu a velocidade necessária, quando time esteve com um a mais; DINIZ. Apesar de eu não ter gostado dele
manter Juanfran no jogo, sua mexida, foi ousada, diferente de muito treinador que
tem um jogador a mais. Seu trabalho está aparecendo aos poucos.
Destaque negativo
JUANFRAN. Muito burocrático,
não acerta um cruzamento, o fundamento primordial do lateral.
Rafa Malagodi




