14 de março de 2020

São Paulo 2 X 1 Santos (10ª rodada paulistinha 2020)


Sem expectador, São Paulo batalha até virar, e encaminha sua classificação para a segunda fase do paulistinha. Jogo marcou pela falta de público.

Clássico com torcida única já é chato! Sem nenhuma torcida então, nem parece que é jogo. A determinação da federação paulista, dos jogos não terem torcida, devido ao surto de coronavírus, fez sem dúvida alguma, o clássico “San-São” sofrer com a morosidade.
Praticamente todo os campeonatos do mundo estão suspensos, aqui, resolveram tirar o torcedor do estádio. Isso é uma forma de não proliferar o vírus, mas o ideal mesmo, seria suspender tudo. Inclusive, me chamou muito à atenção, as câmeras flagrarem a todos os profissionais dentro do estádio, com uma cara de desanimo. A sensação que tive, era que ninguém gostaria de estar ali.
É de se imaginar isso mesmo, pois o medo que está se espalhando por toda a cidade (e no mundo), deixa qualquer um preocupado.
Com isso, foi a primeira vez que São Paulo e Santos se enfrentaram com público zero. De certa forma, o São Paulo foi o maior prejudicado, pois ele contaria com o torcedor te apoiando. Ou vaiando.

Palmas! Diniz ousou e foi contemplado
 com a vitória no clássico.
(Foto: Lance!)
Eu diria que, tivesse torcedor tricolor no estádio, muito teriam reclamado do time no primeiro tempo. Por mais que o São Paulo fosse mais time que o Santos, ter a bola nos pés pouco ajudou o time. Tanto que, levou o gol mesmo tendo a bola nos pés por quase 70% da primeira etapa.
Não que o time tenha se comportado mal, mas não estava sabendo jogar contra um time fechado do Santos. Para se ter uma ideia, o gol santista, foi o único chute no gol em toda a partida.
Tudo mudou de verdade, quando o Santos teve um jogador merecidamente expulso, antes do apito do árbitro. Isso, faria o tricolor ter a bola nos pés ainda mais. Dito e feito.

Diniz voltou do intervalo com uma alteração ousada. Bruno Alves saiu para a entrada de Pablo. Isso fez seu time jogar apenas com Arboleda de zagueiro. Reinaldo foi o escolhido para fazer dupla com o equatoriano. Não era a substituição que eu gostaria, pois para mim, Juanfran, que fez outra partida limitadíssima, devia deixar o campo.
Mas a mexida do treinador, obviamente, faria o time jogar no ataque o tempo todo, e sendo mais time, a sensação que tive no início do jogo, passou a mudar, pois acreditava que o time empataria e viraria a qualquer momento. Para a estrela de Fernando Diniz, Pablo foi o autor dos gols que deram a vitória por 2 a 1 tricolor.

O São Paulo precisava vencer o clássico. Não poderia passar mais uma vez em branco. Ainda mais pensando nas circunstâncias que o jogo foi desenrolando. O Santos não tinha jogada, e recuperar a bola para o tricolor não era nada difícil. Tanto que os gols aconteceram naturalmente. Aquele torcedor, que se tivesse no estádio, e que não gostou do 1T, certamente mudou de opinião com a segunda etapa.
O São Paulo mereceu a vitória, e se ela veio de falhas santistas, o tricolor não tem nada com isso. Era preciso vencer um clássico, pois isso estava sendo cada vez mais raro esse momento de prazer.

Com a determinação da Conmebol, o time não terá o jogo pela libertadores. Essa alteração, terá consequências ao longo do ano, e será difícil prever o que poderá acontecer. O paulista também poderá sofrer com a pandemia. Enquanto os jogos continuarem acontecendo, o tricolor precisa se manter “treinando” na competição, para voltar com todo o gás na competição sulamericana.


FALTAM 293 DIAS


Destaque positivo
PABLO. O camisa 9 que tem sido criticado justamente, devido a quantidade de gols perdidos nos últimos jogos, hoje, aproveitou dois lances de extremo oportunismo; TCHÊ TCHÊ. Dono do meio de campo (outra vez). Deu a velocidade necessária, quando time esteve com um a mais; DINIZ. Apesar de eu não ter gostado dele manter Juanfran no jogo, sua mexida, foi ousada, diferente de muito treinador que tem um jogador a mais. Seu trabalho está aparecendo aos poucos.

Destaque negativo
JUANFRAN. Muito burocrático, não acerta um cruzamento, o fundamento primordial do lateral.

Rafa Malagodi


11 de março de 2020

São Paulo 3 x 0 LDU-EQU (2ª rodada fase grupo libertadores 2020)


São Paulo fez a sua parte, e depois do vexame que passou na semana passada, conseguiu concluir a primeira etapa da sua obrigação futebolística.

Ter perdido na estreia, para um time fraco, e que nessa rodada provou sua ruindade ao perde por 8 a 0, fez o São Paulo entrar pressionado para as próximas rodadas, e hoje, a pressão parece ter ficado para trás quando aos 15’ o jogo já marcava 2 a 0 no placar, e jogando uma partida convincente, até aquele momento. Era tudo o que os quase 40 mil torcedores queriam.
O grupo do tricolor não será fácil de classificar, por tanto, todas as chances perdidas na estreia, não poderiam ser repetidas hoje. Mas na primeira etapa o time ainda enfrentou alguns momentos complicados, pois deixou de ter a bola e já não controlava tanto o jogo.
Por falar em controlar, Tchê Tchê era o principal jogador do meio de campo. Todas as bolas passavam em seus pés. Formou uma dupla excelente com Daniel Alves, que além do gol, fazia ótima partida.

Gostei! Em jogo de estreia do novo uniforme, 
SP convence com placar e boas jogadas.
(Foto:Twitter @SaoPauloFC)
Na segunda etapa o time seguiu esperando a LDU, mas agora parecia mais ligado. Tanto que saiu o terceiro gol Igor Gomes, numa ótima jogada trabalhada. A partir dos 3 a 0, o time teve mais facilidade ainda, pois o time equatoriano teve um jogador expulso, e o tricolor passou a jogar sob gritos de olé em alguns momentos.
Foi muito bom ver o time seguir marcando em cima e criando. Várias foram as jogadas em que o time chegou até a área do goleiro adversário. Pato inclusive, teve boas chances de deixar sua marca. O travessão não deixou. Creio que um quatro a zero seria um placar bem justo. O time da LDU não é tão simples como pareceu. Hoje, foi o tricolor quem soube jogar a partida. Até mesmo nos momentos em que ficou sem a bola, conseguiu se defender bem.
Volto a repetir aqui meu apoio a maneira que Diniz está trabalhando a equipe. Acredito que os jogadores mais confiantes, estão contribuindo bastante também.

Esse tipo de campeonato é preciso saber jogar pensando no regulamento. Libertadores não se joga, se ganha! Essa frase é batida, mas verdadeira.
Apesar do placar, não dá para dizer que foi tudo maravilha, contudo, é importante frisar que o time jogou como o torneio exige.
Agora, semana que vem, terá a parte II do dever tricolor. Vencendo novamente, as coisas podem começar a caminhar no rumo certo.


FALTAM 296 DIAS


Destaque positivo
REINALDO. Dos seus pés saíram dois gols. Abriu o placar de pênalti, e depois deu ótima assistência; TCHÊ TCHÊ. Partidaça. Foi o mais acionado no meio de campo; DANIEL ALVES. Gol, e ótima atuação. Esse ano, tem se mostrado um jogador mais eficiente.

Destaque negativo
VITOR BUENO. Apesar do passe para o terceiro gol, destoou dos demais.

Rafa Malagodi


8 de março de 2020

Botafogo 1 x 0 São Paulo (9ª rodada paulistinha 2020)


Botafogo e São Paulo prestaram um grande serviço na partida de hoje. Poucos enxergaram, mas eu entendi bem a proposta de ambos. Contribuíram (e muito), para as pessoas que possuem algum tipo de distúrbio, doenças e outras coisas mais. Explico!

Se tinha alguém, que sofre de algum tipo de insônia, e não consegue dormir em momento algum do dia, bastava acompanhar a partida de hoje que rapidamente pegava no sono. Caso alguém que esteja sofrendo de depressão, estivesse assistindo a partida, eu não tenho dúvidas que essa pessoa se sentiria muuuuuuito melhor. Ou então, se o telespectador estivesse mal humorado, possivelmente daria boas risadas ao ver tanta coisa ruim dentro das quatro linhas.
Mas essa “contribuição” toda, só aconteceu para aqueles que não torcem para o São Paulo, pois para esses, a única coisa que deu foi desespero. Que jogo horrível!!!

Horroroso! SP e Botafogo fazem partida ruim, 
mas visitantes foi ainda pior e sai derrotado.
(Foto: THIAGO CALIL)
Diniz levou sabiamente jogadores pouco utilizados e muitos jovens da base, pois a ideia era poupar os titulares para o confronto de meio de semana, pela libertadores. Porém, isso tem um preço. Imaginem, se o jogador é pouco utilizado, é porque falta algo a mais no seu dia a dia de treinamento, ou então, o jogador é ruim mesmo. Logo, quando juntar eles todos para uma partida, dificilmente vai dar certo. Dito e feito. O time perdeu por 1 a 0, e o máximo que conseguiu assustar foi acertando duas bolas na trave.
Foi difícil assistir Toró correndo e não dominando a bola. Shaylon, sem tempo de bola, sem velocidade. Sonolento. Foi ainda mais complicado ver Liziero, que não aguenta uma partida em condições normais, quanto mais uma com jogadores limitados e sol escaldante. Tiveram outros tantos jogadores, que não mereceram sequer um elogio. Mais o pior mesmo, foi perceber que aqueles que entraram, não fizeram por onde, para que Diniz ao menos cogite usá-los num jogo qualquer. Impressionante.
O mínimo que se espera nessas situações, é você se dedicar, para colocar uma pulga atrás da orelha do treinador, pois quando ele precisar, saberá com quem contar. Nem isso fizeram.

Sinceramente eu não esperava nada diferente, tanto que coloquei num bolão, o placar de 1 a 1. Minha surpresa mesmo, foi ver a falta de ambição dos jogadores, isso é preocupante. Pois o resultado da partida de hoje, pouco me importou. E certamente, não teve peso algum para o jogo diante da LDU. Esse sim, poderá ser considerado o jogo mais importante do primeiro semestre. Vencer ou ganhar!


FALTAM 299 DIAS

Destaque positivo
-

Destaque negativo
FALTA DE “PROTAGONISMO”. Tivessem os jogadores, sentido a oportunidade que tiveram, o resultado seria diferente.

Rafa Malagodi


5 de março de 2020

Binacional-PER 2 x 1 São Paulo (1ª rodada fase de grupos Libertadores 2020)


Em jogo tecnicamente horrível (os dois times pareciam estar jogando de qualquer jeito, sem tática alguma), São Paulo perde para o São Paulo, e vê o filme se repetir.

A estreia da libertadores foi a 3.800 metros de altitude. E o São Paulo, só no primeiro tempo, perdeu 3.000 gols!!!
Lamentável o resultado final da partida. O time teve a faca e o queijo nas mãos durante 45 minutos de jogo. Pato marcou aos 20 minutos, mas foi ele quem perdeu o primeiro gol dentro da pequena área, de cabeça. Depois veio a avalanche de chances perdidas. Antony e seu “pé de pano” e Pablo que perdeu dois gols “feitos”, entram para a conta da responsabilidade.
Esses gols perdidos foram a chave dessa derrota ridícula. A raiva pelo jeito que o time perdeu foi tanta, que cheguei a pensar em nem escrever nada, apenas mencionar que esse time errou onde não poderia errar.

SP repete os erros de finalização, e volta para 
casa sem pontos e sem "ar".
(Foto: Lance!)

Era evidente que a altitude era o principal adversário, pois o time do Binacional é muito fraco. Sabendo que o River Plate, o time mais forte do grupo, havia perdido também em sua estreia, o tricolor tinha por obrigação voltar do Peru com três pontos na bagagem. É exatamente por isso que o resultado pode ser considerado desastroso. O São Paulo teve totais condições de fazer o resultado já na primeira etapa, pois sabia que os efeitos da altitude começariam a surgir.
O gol de empate, dá a ligeira sensação que num lance idêntico, ao nível do mar, seria diferente, mas esse não é o ponto. A questão ainda tem a ver com as chances criadas, e perdidas.
O gol da virada foi uma verdadeira “pelada de domingo”. Sem que ninguém atrapalhasse, o jogador peruano foi avançando e caixa. Ver o replay do gol, observando a falta de atitude dos jogadores de defesa, chega a dar nervoso.
E por falar nisso, esse é o sentimento que estou sentindo após o apito final!!!
Não pode um time que cometeu o mesmo erro no jogo anterior, pelo campeonato paulista, ter o mesmo comportamento 4 dias depois.

Próximo jogo, será em menos de uma semana, e com Morumbi cheio. Esse time, não tem o direito de perder a partida. Se hoje tinha por obrigação vencer, quarta-feira que vem não será menos que isso, e os jogadores terão o DEVER de conseguir os três pontos.
Não quero saber a maneira como isso será feito, mas deve ser feito, ou então, as coisas começarão a ficar ainda mais pesadas no clube, que tem nessa competição, uma de suas maiores tradições e glórias.


FALTAM 302 DIAS


Destaque positivo
NENHUM. O time teve tudo para eu colocar diversos destaques, mais esses estarão no destaque a seguir....

Destaque negativo
PABLO. Deu assistência para o gol, e tem feito boas partidas jogando aberto, mas perder os dois gols que perdeu, é o bastante para fazer parte dos negativados; ANTONY. É jovem, já está vendido, e se não evoluir rapidamente no seu maior problema (finalização), não vai passar de um jogar correria. Parece ter o pé de pano; LIZIERO. Já entrou cansado.


Rafa Malagodi



1 de março de 2020

São Paulo 2 x 1 Ponte Preta (8ª rodada paulistinha 2020)


Tricolor fez outra boa partida, com direito a boa participação do ataque e laterais, e pode-se dizer que venceria a Ponte Preta com uma certa facilidade, não fosse a estranha diminuição de ritmo no tempo final.

No jogo que antecedia a primeira partida do time na libertadores 2020, o time foi muito superior no primeiro tempo, ou melhor, aproveitou melhor as chances criadas. No segundo tempo, teve inúmeras oportunidades também, e várias chances de ampliar o placar, mas parou algumas vezes no goleiro, e em outras, nem se quer aproveitou as jogadas.
Pela partida de hoje, é possível observar que o tricolor evoluiu. Diniz está sabendo trabalhar o seu time. Evidente que o adversário não requer tanta dificuldade, apesar de já ter aprontado algumas vezes contra o tricolor, contudo, a partida dessa tarde, com tantas chances criadas provou que o time está sabendo se preparar.
O objetivo desses primeiros meses, precisa ser, criar um time competitivo para a torneios mais importantes ao longo do ano. A libertadores que inicia para o São Paulo está entre esses objetivos, e eu diria que, olhando pelo que o time produziu contra a macaca, dá para confiar que o time traga um bom resultado do Peru.

Assim como a numeração dos jogadores na foto, 
o SP segue em crescimento, apesar do vacilo de hoje.
(Foto:Marcello Zambrana/AGIF)
Um fato a ser observado do jogo, foi o segundo tempo do tricolor. O time teve um jogador a mais desde os 8 minutos, e não conseguiu aproveitar esse fator para ampliar e liquidar o placar. O time diminuiu demais o ritmo que imprimiu no primeiro tempo. Só não é possível saber se o ritmo caiu de propósito, devido a primeira etapa ter sido muito boa, e o placar estar 2 a 0 até aquele momento ou se os próprios jogadores resolveram se poupar, uma vez que terão um jogo a 3.800 metros de altitude.
Segundo Bruno Alves após o apito final, Diniz pediu para não deixar o ritmo cair. Sendo assim, tudo leva a crer que os próprios jogadores passaram a jogar menos preocupados. Porém, essa diminuição gerou um gol da Ponte preta e um princípio de pressão campineira. Mesmo o São Paulo criando, os minutos finais ficou notabilizado por uma angústia do torcedor, que chegou a ficar ressabiado que o time levaria o empate.

O placar mais justo de hoje seria 4 ou 5 a 1 para o tricolor. Certamente, foi uma partida bem jogada, com exceção, do relaxamento já mencionado. Um placar mais elástico daria ainda mais confiança para a estreia de quinta feira, contudo, eu particularmente gostei de 70% do que o time apresentou, e isso já me agrada.
Agora, resta saber se hoje foi atípico ou se a tendência é de crescimento. Para saber, teremos que aguardar as próximas partidas.


FALTAM 306 DIAS


Destaque positivo
PRIMEIRO TEMPO. Nos 45 minutos iniciais, não tem um jogador que podemos dizer que não foi bem. O time esteve muito bem. Os gols e chances criadas foram consequência disso.

Destaque negativo
SEGUNDO TEMPO. O time jogou quase o tempo todo com um a mais, e com 2 a 0 no placar, e nem isso foi o suficiente para o time aproveitar e continuar se impondo, e quem sabe golear com facilidade.

Rafa Malagodi