30 de janeiro de 2020

Ferroviária 1 X 2 São Paulo (3° rodada paulistinha 2020)

São Paulo garantiu mais três pontos, porém, o sofrimento para sair vitorioso, segue fazendo sombra no time. 

Ver os jogos do São Paulo, com a tranquilidade que já tivemos em outros tempos, parece não voltar mais. Independente do adversário que o time enfrenta, o sufoco está sempre presente. 
Hoje diante da Ferroviária não foi diferente. Ainda que as principais chances de gols foram criadas pelos tricolores, o time custou a encaixar boas jogadas. Saiu perdendo inclusive, e contou com Hernanes e Arboleda para virar o jogo.

Apesar da pose, o time ainda
não está tão bem na foto.

(foto:Twitter) 
Esse foi o terceiro jogo do ano, mas a medida que as partidas acontecem, mais o torcedor fica ressabiado e se perguntando quando o time vai ao menos engrenar.


Fernando Diniz precisa tirar algumas lições dessas partidas. Um exemplo disso é o fraco desempenho do seu ataque. Pablo e Pato juntos não parece estar surtindo efeito algum. Ambos perderam chances que um jogador mais confiante, ou então melhor preparado, não perderia.
Diniz precisa encontrar rápido uma solução, pois se ficar insistindo, pode prejudicar ainda mais o atleta, e consequentemente o time.

O campeonato que realmente todos querem ver o time jogando bem começa já daqui algumas semanas, sendo assim, coisas novas precisam acontecer na maneira de jogar. Não dá para ficar se contentando com as partidas recentes.


FALTAM 337 DIAS


Destaque positivo 
HERNANES. Não que tenha feito uma partida primorosa, mas o gol coroou sua entrega; ARBOLEDA. Fez o na "hora certa" e garantiu a vitória. 

Destaque negativo 
PATO. Não pode reclamar das chances que teve. Perdeu todas elas. Está de fato em outro ritmo; REINALDO. mal no jogo. Pouco apoio, e quando fez, não teve eficiência. Jogou bolas na área, sem nem sequer tomar o cuidado se era a jogada correta. 


Rafa Malagodi


26 de janeiro de 2020

Palmeiras 0 x 0 São Paulo (2ª rodada paulistinha 2020)


Depois de apenas 20 minutos de bom futebol, o restante da partida foi ao estilo 2019. Com direito aos mesmos jogadores em baixo nível e uma partida sofrida de assistir.

Volpi foi o destaque do ano passado,
e começou o ano tendo bastante trabalho.
(Foto: Marcello Zambrana/AGIF)
O São Paulo hoje fez igual aquela famosa moda das redes sociais “#TBT”. Nela, a pessoa posta alguma imagem que remete ao passado, e que fez ela se orgulhar de algo. A referência da sigla tem a ver com as postagens feitas as quintas-feiras, mas a moda fez a sigla ser usada em qualquer dia da semana, inclusive no domingo.
No caso do tricolor, o “TBT” foi ás avessas, pois o futebol lembrou o ano passado. Jogadas mal executadas e baixo poder ofensivo. O único momento de qualidade foi nos primeiros minutos de jogo, quando o time se aproveitou que o Palmeiras esperava em sua defesa, e ficou com a bola nos pés. Mas nada foi aproveitado, pois o time ficava no seu toca-toca que não leva a lugar nenhum.
Daí em diante começou:

#TBT Tiago Volpi salvando o time de sair derrotado;
#TBT Hernanes jogando com o mesmo futebol de 2019;
#TBT Futebol sem produtividade;
#TBT do Pablo inofensivo ao adversário;
#TBT não vence clássicos.

Foi uma junção de tudo isso em 2019 que fez o torcedor não ter confiança na equipe, e no primeiro clássico do ano o time já deixa o torcedor amedrontado. Como eu disse no post anterior, o campeonato paulista deve ser levado como pré temporada, e os clássicos devem ser encarados como um teste de luxo, e já no primeiro "teste", mesmo sendo apenas no segundo jogo oficial do ano, foi possível perceber que precisa evoluir mais.

O placar de 0 a 0 não refletiu o que foi o jogo de fato. O Palmeiras mereceu vencer, tanto que, não fosse a trave (duas vezes) e Volpi, o time mandante teria saído vencedor de Araraquara.

O #TBT que o torcedor tricolor está acostumado, evidente, são as conquistas antigas e gloriosas do clube ao longo dos anos, o problema, é que se não vencer esse ano, o clube completará 8 anos sem triunfo, e isso faz o torcedor acreditar cada vez mais, que temos uma geração perdida no futebol.

O que queremos desse time, é ao menos uma perspectiva que iremos vencer um clássico, que iremos ver um time jogando bem, e que ao sentar para assistir um jogo na TV ou na arquibancada, o resultado será secundário, pois a primeira coisa é ter um time que nos dê esperança de algo melhor.


FALTAM 340 DIAS


Destaque positivo
TIAGO VOLPI. Segundo jogo na temporada, e novamente garantiu que sua meta não fosse vazada. Melhor do time. Deu um passe primoroso para Daniel, que cara a cara perdeu gol sozinho.

Destaque negativo
HERNANES. Uma partida que teve a marca de 2019. Horrível; VITOR BUENO. Outro a fazer uma partida ruim, assim como HELINHO, que jogou apenas 45 minutos, e ruins; PABLO. Quase não tocou na bola, e quando tocou não produziu nada.


Rafa Malagodi

23 de janeiro de 2020

São Paulo 2 x 0 Água Santa (1ª rodada paulistinha 2020)


Está aberta a temporada de amor e ódio da terceira maior torcida do Brasil!
A partir de hoje, ilusões e desilusões caminharão juntas, afinal, essa tem sido a rotina do torcedor tricolor a cada ano...

Vou começar dizendo o seguinte, caso o São Paulo vença o paulistinha por algum motivo, continuaremos num jejum de títulos. Pois como bem diz Vitor Birner, jornalista e tricolor - ganhar um estadual é o mesmo que ter uma taça de gelo.

Primeiro jogo do ano, contra um time fraco e num campeonato de nível duvidoso, não se poderia esperar outra coisa do que um futebol apenas OK.
Deveríamos, todos, encarar esse tipo de estadual, apenas como uma pré temporada, nada além disso, e sendo assim, o São Paulo iniciou a sua contra uma equipe fraca e que pouco trabalho deu. E quando chegou, Tiago Volpi deu conta do recado. Iniciou o ano como terminou o anterior...


Daniel vibra com seu gol. SP inicia estadual
 com vitória e já tem clássico na 2ª rodada.
(foto:Rubens Chiri/saopaulofc.net) 
Gol cedo ajuda qualquer time. Pablo marcou com 5 minutos. Daniel Alves ampliou aos 43’, e dentro desses quase quarenta minutos de bola, o tricolor foi chegando devagar e tentando criar jogadas. Não foi nada demais, apenas uma boa jogada aqui outra ali. Foi tentando, colocar em prática tudo aquilo que Diniz está pedindo nos treinamentos.
A segunda etapa serviu para colocar em campo alguns jogadores que podem ganhar espaço. Caso de Brenner e Pato, que no momento, terão que comer bastante grama para terem a titularidade. Com Antony na seleção pré olímpica, se esperava que Pato iniciasse o ano jogando, mas pelo visto, Fernando Diniz identificou que o camisa 7 ainda não merece.
E quando foi que ele mereceu? Vivo me perguntando...

Num primeiro momento, não tenho expectativa alguma nesse time. Quem sabe as coisas tomam um rumo diferente dos diversos anos anteriores e eu fico convencido de algo?!?! O campeonato não serve como parâmetro, porém, os clássicos ajudam a dar uma dimensão melhor do trabalho feito, e sendo assim, já na próxima rodada o tricolor enfrentará o Palmeiras, fora de casa. Mas como ainda é muito cedo, um revés (claro, dependendo da maneira) nem deve causar tanto impacto.
Ganhar clássicos será fundamental para motivar a equipe, e seu torcedor, que aguarda uma equipe ao menos competitiva para a disputa da taça libertadores. 

Se o time estiver motivado, como os próprios jogadores dizem a cada entrevista, pode ser que o torcedor passe a comprar a briga do time, contudo, para isso acontecer, jogos contra times fracos como existe no paulistinha, precisará ter um algo a mais. Hoje, por ser estreia é compreensível, mas a carência de títulos, bom futebol e vitórias em jogos grandes, faz o torcedor mudar a chavinha rapidamente.
Só tem um jeito para Diniz permanecer no cargo e, as coisas se encaixarem como deve ser, o time vai precisar de resultados dentro de campo, caso contrário, daqui três meses estarei falando sobre outra demissão de treinador.



FALTAM 344 DIAS


Destaque positivo
DANIEL ALVES. Não fez a partida que todos esperamos, mas foi muito bem para o primeiro jogo do ano. Coroado com gol; VITOR BUENO. Já havia terminado o ano anterior com um pequeno destaque, e hoje iniciou bem.

Destaque negativo
NADA DE RELEVANTE

Rafa Malagodi


3 de janeiro de 2020

Retrospectiva São Paulo 2019


Quando pensei em fazer a retrospectiva do São Paulo 2019, cheguei a cogitar em copiar qualquer uma das retrospectivas anteriores, pois os anos do clube tem sido idênticos, muda-se muito pouco. Ah, mas infelizmente é uma regularidade negativa.

Hernanes chegou para ser a esperança, 
mas pouco contribuiu dentro de campo.
(Foto: Rubens Chiri / São Paulo)
Para entender mais um ano ruim, é preciso lembrar que ele começa a ficar ruim, quando Jardine é efetivado como treinador lá no fim de 2018. Nada contra o treinador, que parece ser promissor, mas não classificar para a fase de grupos da libertadores deixou todos nós como uma pulga atrás da orelha. E quando veio a tal Florida Cup, num momento fora de contexto, as coisas pareceram ter ficado mais delicadas. O torneio preparatório nos deu a impressão de atrapalhar o inicio do ano.

Já nos primeiros dias do ano, se sabia que Hernanes estaria de volta, e sem dúvida, todos imaginaram aquele Hernanes salvador, de 2017, mas bastou os primeiros jogos sem ritmo para o torcedor perceber que a China fez muito mal ao profeta. Se não tivesse ido embora no fim do BR-17...

No primeiro jogo do ano, pelo paulistinha, levei minha filha Mariana ao estádio pela primeira vez. 4 a 1 de virada em cima do Mirassol. Muita emoção da minha parte, por ter vivenciado aquele momento, porém, mal eu sabia que seria um dos únicos bons momentos do ano.
Eliminações precoces e vexatórias...
Dura rotina anual
Como esperado, Jardine e seus comandados não conseguiam fazer uma partida que desse ao menos esperança ao torcedor, e o primeiro vexame do ano antes mesmo da metade de fevereiro. O tricolor pegou o pequeno Talleres, da Argentina, e foi eliminado sob vaias. Aquele fim de BR-18 foi determinante. Jardine deixava o comando do clube, e o ano do São Paulo seria mais uma vez uma bagunça.


Mancini, então coordenador técnico, assumiu o time até a chegada de um treinador efetivo. Até porque, como o mesmo disse, não veio ao clube para ser treinador. Mas seu nome ainda será lembrado até o fim do ano...
Pato chegou para amenizar o ambiente,
mas sem futebol, terminou o ano no banco.
(Foto:Reprodução/São Paulo FC)
Sabendo de toda essa bagunça logo nos primeiros 4 meses de futebol, Leco, se aproveitou mais uma vez da situação e anunciou Alexandre Pato, tentado colocar panos quentes pela eliminação vergonhosa e o momento ruim do time.

Assim que foi contratado, fui totalmente contrário, pois não consigo enxergar todo o futebol que boa parte dos torcedores tricolores enxergam em Pato. Quando descobri o valor que foi (e será) pago, fiquei ainda mais contrariado.
Uma final após 16 anos. Classificação
 no Allianz foi muito comemorada.
(Foto: Rummens)
Pois bem, com Mancini o time entrou na fase decisiva do paulistinha jogando defensivamente, e conseguiu chegar as finais com direito a eliminar o Palmeiras, nos pênaltis, em pleno Allianz Parque. Contudo, Cuca, que havia sido contratado logo após a queda de Jardine, mas que só assumiria depois de dois meses, chegou ao clube na fase decisiva, e comandou o time na decisão do estadual. Na final, contra o SCCP, o time até chegou perto do título, mas nos minutos finais perdeu novamente, chegando ao seu sexto clássico sem vitórias.

Quando começa o Brasileiro, o time já tinha alguns novos nomes em seu elenco. Pato, Tchê Tchê e Vitor Bueno eram alguns desses, e quase todos com o aval de Cuca. A estreia diante do Botafogo marcou a presença mais uma vez de Mariana. Agora, era a primeira vez no Morumbi.
Inicio regular e elenco bastante modificado.
Mas os resultados não traziam tanta expectativa.
(Foto: Internet)
O time começou o campeonato de forma regular. Foi ter sua primeira derrota na 6ª rodada, e novamente um clássico diante dos SCCP. E antes mesmo do fim de maio, o time sofria outra eliminação. Dessa vez o Bahia foi o algoz. Curiosamente, fizemos 3 partidas contra o time baiano em 11 dias, e além de ser derrotados nos dois jogos pela Copa do Brasil, o tricolor paulista não marcou um gol sequer nesses três jogos. As primeiras cobranças contra o Cuca passaram a surgir.

Notícias que não faziam parte do dia a dia do clube, passaram a ser recorrentes, e a diretoria pouco se manifestava. Salários atrasados caíram como uma bomba. Nem mesmo a liberação de altos salários como Diego Souza, Nenê, Bruno Peres e Jucilei fizeram os gastos diminuírem, e a pressão no clube aumentou ainda mais.
Reunidos, grupo garante que direitos de imagem
 atrasados não atrapalharam o rendimento em campo.
(Foto:Reprodução/São Paulo FC)

Com a copa América, os campeonatos estariam parados por um mês, e a tendência era o time treinar e se preparar mais. Eu mesmo cheguei a dizer que essa parada seria excelente para o Cuca trabalhar melhor a equipe. Mas não foi isso que aconteceu. O São Paulo necessitava de peças importantes para seguir no campeonato e mais uma vez Leco e Raí não agiram como esperado. Todos cobravam jogadores decisivos e que pudessem dividir as responsabilidades da equipe, que estava toda em cima de Hernanes.

O tricolor foi ao mercado logo após a parada da copa América, e o nome contratado causou um impacto enorme no futebol brasileiro. Tanto pelo nome, como pelas cifras. Tratava-se de Daniel Alves, eleito o melhor jogador da competição vencida pela seleção brasileira. Sua apresentação levou cerca de 40 mil torcedores ao Morumbi, e debaixo de muitos aplausos, o lateral que é são paulino de coração, disse que viria para mudar o patamar do clube.
Daniel muda patamar do time,
e também a dívida.
(Foto: Marcos Ribolli)
No meu entendimento, pelo profissional e jogador que é, era a peça fundamental para o time. Porém, a chave da questão é o valor do seu salário. Com um valor mensal de 1,5 milhões de reais, o São Paulo arriscou muito alto.

O jogador que é lateral de origem, disse ao seu staff, que no São Paulo gostaria de jogar de meio campo, inclusive recebeu das mãos de Kaká a camisa 10. Concordando com sua “exigência”, a diretoria correu para anunciar então um lateral direito, e o nome da vez foi o espanhol Juanfran, de 34 anos.

Cuca não aguentou 6 meses.
Treinador pediu demissão.
(Foto: Antônio Cícero/Photopress)


Voltando ao futebol, o time tinha apenas o campeonato nacional para se preocupar. Muitos inclusive apostavam que o São Paulo era candidato ao título, porém, o futebol apresentado rodada após rodada não convencia. Empates a revelia e poucos gols marcados atormentavam qualquer torcedor. O São Paulo chegou a gastar mais de 50 milhões de reais em atacantes, mas nem isso foi o suficiente para tirar a marca negativa de “pior ataque” da história do clube. Apenas 59 gols foram marcados ao longo do ano.
Cuca percebeu que não conseguia tirar nada mais desse elenco, e logo no inicio do returno pediu demissão, alegando que sua saída poderia ser benéfica ao time, uma vez que seu trabalho não surtia mais efeito.
Mancini alega ser "traído" e expõe
falta de comando da direção.
(Foto: São Paulo/divulgação)


Diniz foi contratado. Era mais uma bizarrice da diretoria, que pouco respaldo dá aos seus treinadores, porém, essa teve um agravante. Vagner Mancini voltaria a comandar o clube, mas dessa vez abandonaria de vez o seu cargo coordenador. Mas não foi bem isso que aconteceu. Segundo o próprio, que chegou inclusive a vazar um áudio, os jogadores pediram a direção do clube, que Diniz fosse o escolhido. Encabeçados por Daniel Alves e Hernanes, a versão foi confirmada. Mancini pediu demissão do clube, alegando que foi preterido, mas foi ele mesmo que assumiu o cargo de coordenador dizendo que não seria treinador jamais. Esse era mais um capítulo da falta de comando da direção do clube.

Diniz chega a pedido dos jogadores,
mas seu trabalho segue questionado.
(Foto: São Paulo/divulgação)
 A desconfiança em torno do nome de Diniz era plausível, afinal, o treinador que tem um estilo ousado, não conseguiu sequer fazer um bom trabalho para ter seu nome lembrado. O melhor do São Paulo até então era parte defensiva. Tanto que o time terminou o ano como a defesa menos vazada. Tiago Volpi e Bruno Alves eram os mais regulares do time. Entretanto, a parte defensiva era justamente o calcanhar de Aquiles dos times de Diniz, e foi o que aconteceu com tricolor, que passou a levar gols e mais gols. Já o ataque, seguia a conta gotas...

Muita grana investida, e pouca bola na rede.
Pior ataque da história custou caro.

Diante de tantos problemas internos e dentro de campo, o torcedor passou a ficar cada vez mais irritado com o time. Se antes a expectativa do time era de brigar pelo título, as rodadas finais serviram para provar o contrário, tanto que, a vaga direta para a libertadores só chegou porque Flamengo e Athlético conquistaram suas vagas por serem campeões da Libertadores e Sulamericana, respectivamente. E a sexta colocação só foi garantida na penúltima rodada.


Protestos não poupou os principais
nomes do time, mas poupou Leco.
(Foto: Alexandre Guariglia/Lancepress)


Tantos problemas assim renderam protestos por parte da torcida. E como a principal organizada, age muitas vezes de forma política, quem deveria mesmo ter seu nome criticado (Leco) não era mencionado, e erroneamente, Hernanes foi alvo de xingamentos. Aqueles que o vaiaram, não devem ter memória boa, pois ele foi o nosso herói dois anos antes, e por pior que tenha sido seu ano, não mereceu em momento algum ser vaiado. Daniel Alves e Pato também forma alvo dos protestos. Pato, mais do que merecido.

Made in Cotia. A esperança da equipe
pode estar dentro de casa.
(Foto: Rubens Chiri)
O melhor momento do São Paulo ao longo do ano, certamente veio direto de Cotia. Dois nomes foram a surpresa para muita gente. Primeiro Antony, que chegou a fazer até gol na final do paulistinha. O atacante é canhoto e habilidoso. Curiosamente, seu futebol caiu de rendimento quando passou a ter seu nome bastante mencionado. Recuperou o bom futebol e terminou o ano sendo sondado por diversos clubes europeus.

O segundo jogador é um meia, Igor Gomes. Assim como Antony, foi protagonista no título da copa São Paulo de Júnior, e teve sua chance entre os profissionais. Seu bom momento na equipe chegou justamente quando Hernanes não estava rendendo, e o jovem fez boas partidas, a ponto da torcida pedir pela sua titularidade.

No fim das contas, o ano de 2019 foi muito parecido com tantos outros anos ruins que tivemos recentemente. Num alista de prós e contras, os contras ganham de goleada dos prós. Uma pena que parte da torcida do São Paulo não consegue enxergar isso. Não é por que nomes como Pablo, Hernanes, Pato e Daniel Alves foram contratados (por valores absurdos) que o torcedor deve sair gritando aos quatro ventos que o presidente fez a coisa certa. É preciso olhar para os erros que sobressaem. Perdemos valor de mercado, contratamos jogadores caros, jogadores ruins, e nem de longe temos os melhores profissionais no clube. Tudo sob as asas do presidente.
No próximo ano, o último da gestão Leco, não me parece ser tão animadora. O clube fechou o 2019 com um enorme déficit de mais de 180 milhões de reais, e deve ter sua dívida ampliada com o salário estratosféricos de alguns jogadores. Somente Pato e Daniel Alves aumentarão o rombo financeiro em 2,3 milhões de reais mensais...
Sinceramente, nesse atual cenário do time, qualquer conquista será uma surpresa para mim. Hoje, com os nomes que temos no elenco e no comando técnico, não consigo enxergar nada mais que outro ano sofrível para o time. Eu não queria que o time chegasse a libertadores, mas já que chegou, torcerei. Talvez pela nossa tradição no campeonato, possamos chegar onde nem mesmo imaginamos, por outro lado, a tradição do tricolor ficou presa no seu passado, e somente isso não ajudará em nada no resgate do clube, que antes de pensar em levantar títulos, precisa levantar sua moral.

FORA LECO

Rafa Malagodi