27 de janeiro de 2019

Santos 2 x 0 São Paulo (3ª rodada paulistinha 2019)


Torcida única. Clássico único. O maior do país em termos de conquistas somadas, mas ganhou aquele que encarou a partida como um clássico mesmo. As duas equipes chegaram ao jogo com duas vitórias em dois jogos, mas foram os santistas que quiseram a terceira vitória no torneio.

O time da “casa” foi melhor que o São Paulo por toda a partida. Salvo alguns lampejos, o tricolor não teve nenhuma chance de vencer o Santos no Pacaembu.
Movidos pela sua torcida, o Santos fez o São Paulo sentir que é importante atacar, até mesmo quando se tem dificuldade, e não ficar somente esperando por um contra golpe na defesa. Defesa mesmo somente de Tiago Volpi, que garantiu que o placar não fosse aberto logo cedo. O time do ainda inexperiente Jardine ficou muito preso na defesa.
Jardine confiou muito no contra ataque, mas o time estava pesado, e pra atrapalhar mais, Helinho, o mais veloz do time estava mal.

Errou. Time jogou defensivamente
demais e técnico não corrige a tempo.
(Foto: Luis Moura / WPP / Lance!)
O São Paulo tomou 2 gols e poderia ter sido mais.
Por mais que a falta que originou o primeiro gol tivesse sido uma vergonha sua marcação, o placar de 0 a 0 até ali já estava sendo o bastante para o São Paulo, que tinha apenas juntado uma bola, torta, com Bruno Peres.
Nosso treinador até chegou a identificar que nosso meio campo estava pesado, principalmente pela dupla de volantes que não deveriam jogar juntos, então chamou Lizieiro, mas recuou na decisão e não mudou. Minutos depois 2 a 0 Santos. Sua inexperiência não deixou mexer quando devia. O adversário jogava sem atacantes, por tanto, concentrava suas jogadas no meio de campo, era mais do que evidente que o tricolor não poderia ficar pesado no setor principal do jogo. Essa tomada de decisão errônea culminou com o placar da partida.

Eu defendo que o estadual deve ser encarado como pré temporada, e tanto nas vitórias quanto nas derrotas, devem ser observadas algumas situações com mais atenção. Ainda mais nas derrotas como a de hoje, em que foi fácil observar que o time não encarou o Santos com vontade de ganhar, e sim com medo de perder.

O paulistinha só serve pelos clássicos, por tanto, ou o tricolor vence (ao menos jogue bem) os próximos que virão, ou terá desperdiçado sua participação na pré temporada estadual.

FORA LECO

Destaque positivo
TIAGO VOLPI. Mesmo dando bobeira no segundo gol, pela indecisão, fez defesas que livraram o time de um vexame maior.

Destaque negativo
HELINHO. Muito mal. Muito mesmo; EVERTON. Não acertava um cruzamento, apenas correu, correu e morreu; HUDSON. Pesado, não ajudou no meio nem defensivamente, nem ofensivamente. Foi presa fácil para os santistas.

Rafa Malagodi


25 de janeiro de 2019

Novorizontino 0 x 3 São Paulo (2ª rodada paulistinha 2019)


Tricolor segue sua “pré temporada” e vence sem nenhuma dificuldade o time de Novo Horizonte fora de casa. Com duas vitórias convincentes, o time inicia bem na competição.

Quando se tem pouco tempo para treinar sua equipe, o que resta é usar o estadual para testar o time. A grande questão é que os adversários nem sempre fazem frente. Não a toa, quando o tricolor trocou passes e foi pra cima, gerou situações de ataque. O São Paulo fez o gol cedo, o que facilitou ainda mais o jogo.
Ainda sem Hernanes, Nenê assumiu o papel no meio campo e distribuiu bem o jogo. O camisa 10 até pode jogar ao lado do profeta, mas isso deve acontecer em jogos específicos, pois a configuração do ataque precisa ser alterada. Pra mim, é melhor que ele revezem do que joguem juntos.
O segundo gol tricolor saiu dos pés de outro jogador que não deve ter sua vaga garantida, como foi no ano passado. Diego Souza. Dessa vez atuou junto com Pablo (que marcou o terceiro gol tricolor na segunda etapa), porém creio que ambos também não devem atuar juntos. Por mais que eles tivessem se revezado hoje, e terem feito isso bem, o time passa a ficar mais pesado no frente.

Goleadores. Everton, D. Souza e Pablo
ajudam o São Paulo a vencer.
(foto: retirada do google)
O São Paulo liquidou o placar em 3 a 0 e chegou a 7 gols na competição, e o detalhe é que seis jogadores diferentes marcaram. Isso mostra o quão versátil está o time nesse início de jornada.
Jardine promoveu algumas mudanças nesses dois jogos, mas é possível identificar o time que será titular na libertadores. Esse torneio sim não poderá ser encarado como preparação, e sim como decisão.
Se manter a maneira como atuou quando não tinha a bola, o time tem tudo para alçar coisas melhores no ano. Essa pressão no adversário, e a busca pela bola, deve fazer parte desse time que almeja conquistar jogos e títulos.

Jardine deve continuar usando o estadual para “treinar” seu time, mas deve buscar seu time ideal rapidamente, pois nesse torneio, as coisas podem mudar a situação de uma hora para outra. O seu trabalho pode ser reconhecido pelo bem ou pelo mal.

FORA LECO

Destaque positivo
NENÊ. Está sabendo aproveitar à ausência de Hernanes na equipe, e está se apresentando bem; A. MARTINS e B. ALVES. Ambos foram muito seguros na defesa.

Destaque negativo
SEM DESTAQUE.

Rafa Malagodi



20 de janeiro de 2019

São Paulo 4 x 1 Mirassol (1ª rodada paulistinha 2019, IN LOCO, 1ª VEZ DA MARIANA)


Primeiro jogo oficial no ano. Primeiro jogo do paulistinha, e um excelente resultado. Mas a goleada e o jogo em si, foi o que menos me chamou atenção, nesse jogo marcante pra mim.

Fui ao jogo, cheguei já com a bola rolando. Nem deu tempo de realizar o ritual de cantar o hino tricolor com a torcida, na entrada dos jogadores. Mas tudo isso teve uma explicação...fui ao jogo com minha filha (2 anos e 6 meses) pela primeira vez!!!
Guardado pra sempre. Mariana observando
tudo em sua volta em seu primeiro jogo.
(FOTO: by Roberta Malagodi)
Nem reparei que o placar já havia sido inaugurado pelos visitantes. Fui saber disso depois, pela minha esposa, pois quando entrei no estádio, pelo portão principal, com minha filha nos braços, mal pude acreditar que 23 anos depois da minha primeira vez ali, era a vez dela “assistir” ao primeiro jogo, no mesmo palco...o Pacaembu!
Foi emocionante!!!!
Coloquei-a no chão e logo ela se encantou com a grandeza do estádio (imagina quando ela for ao Morumbi!) e o canto da torcida, que aliás, estava cantando justamente a música que ensinei pra Mariana...”Sou sou tricolooooor, sou sou tricoloooor...”
Enquanto subíamos os degraus da arquibancada, a emoção tomava conta de mim, e não me segurei. Chorei com ela no meu colo, e creio que quem viu, não sabia o que se tratava. Apenas minha esposa tinha a noção do que aquilo significava pra mim.
Muitos podem não entender, mas a sensação que tive ao deparar com ela olhando tudo a sua volta, e mexendo os braços no ritmo da torcida, não tem preço pra mim! Que emoção!

Uma pena o tempo estar feio e relampeando muito. Ela morre de medo de relâmpagos e passou cerca de 30’ escondendo seu rosto no meu colo e na fralda. Não queria ver nada, até porque os relâmpagos aconteciam justamente no seu campo de visão para o gramado. Tentei contornar de algumas formas. Coloquei Peppa Pig no celular, comprei sorvete, falava de ir pra outro lugar mais nada adiantou.
Nesse meio tempo tricolor já havia marcado duas vezes. O primeiro no fim do primeiro tempo. Nesse, ela ainda estava observando o estádio, e viu a torcida vibrando e mesmo assustada vibrou junto, gritando gol e mexendo os braços (mais uma emoção). O segundo gol ela já estava deitada no meu colo e não viu a virada (Esse gol, nem eu vi).

Mariana cantando junto o hino tricolor
(FOTO: by Roberta Malagodi)
Saiu um terceiro gol, dai tive a ideia de descer à arquibancada e ficar andando com ela próximo ao alambrado. Para minha sorte os relâmpagos pararam, e ela passou a curtir novamente. Andamos pra lá e pra cá, olhando as faixas, bandeiras, as pessoas pulando...Ela foi observando tudo e de repente, outro gol. Era o quarto. Ela olhou pra trás, viu a torcida pulando e comemorou novamente mexendo seus braços.
Seu olhar era um misto de surpresa, alegria e medo. O meu era apenas de alegria e muita emoção!!!
Já mais confiante, ela quis ficar em pé na grade da arquibancada e acompanhava com gestos os cantos da torcida. “Cantamos” o hino tricolor. Me emocionei novamente. Aliás, eu fiquei emocionado durante os 70 minutos que estávamos ali.
A partida em si eu não tenho gabarito algum para dizer como foi. Se o time foi bem ou não, vou saber só depois pelo VT. Agora, a sensação que presenciei ali, creio que não terei nunca mais!

Ter sentido tudo isso, e ainda chegar em casa e ouvir dela “papai, vamos no jogo de novo?!” não tem preço que pague.

FORA LECO

Destaque positivo
PRESENÇA DA MARIANA NO JOGO.

Destaque negativo
BRUNO PERES. Por ter feito o gol contra.

Rafa Malagodi