26 de novembro de 2018

São Paulo 0 x 0 Sport (37ª rodada brasileiro 2018, IN LOCO)


Milton Neves dizia uma frase que era assim "torcer para o São Paulo é uma grande moleza". Até o fim dos anos 2000 essa frase tinha sentido, mas agora, ou melhor, nessa década, essa frase está totalmente fora da realidade.

De última hora resolvi ir ao Morumbi, fazer minha despedida em 2018 do estádio. Minha intenção desde o início era ir de metrô. O recém inaugurado metrô Morumbi, com um atraso absurdo de mais de 4 anos.
Pois bem, a viagem foi tranquila e rápida. Considerando o local de partida (perdizes) e a quantidade de torcedores que eram esperados, exatamente uma hora depois já estava dentro do estádio.
Cheguei a tempo do ritual de cantar o hino do clube. Ótimo.
Nota-se que em momento algum toquei sobre a expectativa sobre o jogo, até porque, pra mim, sinceramente eram favas contadas. O Sport nunca venceu o tricolor no Morumbi em campeonatos brasileiros. Tudo bem que o resultado absurdo de 0 a 0 manteve a escrita, porém, isso é muito pouco para um time que tinha pelo menos alguma ambição no campeonato.
Foi o São Paulo depender apenas dele mais uma vez e a história da decepção voltou.
1T ruim. Com posse de bola, mas sem finalização. O Sport pouco assustava, pois os sustos mesmo vinham dos próprios jogadores do tricolor.
A torcida estava impaciente.
Eu?! Estava meio anestesiado, sentado na arquibancada, imaginando que o time poderia sucumbir novamente. Mas sozinho, guardei isso pra mim.

Vai conseguir? Agora efetivo para 2019, Jardine
terá muito o que fazer com esse time sem alma.
Quando veio o segundo tempo, a coisa parecia que teria um rumo melhor. Os primeiros minutos mostraram isso, a torcida sentiu e passou a apoiar, mesmo com o frio que começava aparecer. Uma pena que a bola não entrava, que a pontaria não estava boa e que temos jogadores indolentes demais no elenco. E de tudo isso, o último sem dúvida é o pior.
Diego Souza deu a sensação que não queria marcar contra seu ex clube. Nenê, ahhh o Nenê. Da famosa "chapada do Nenê" ao biquinho e panelinha para derrubar Aguirre. Vaiado por muitos, teve a chance de colocar o São Paulo no G4 num pênalti mal marcado, e por ele mal cobrado. Juro que previa isso, mas sozinho não quis comentar com ninguém ao meu lado...
Dali pro fim da partida foram vaias, bolas cruzadas, mais chances perdidas e um sentimento que esse time NÃO MERECE A LIBERTADORES.

Após o apito final, ficou muito claro que esse time, além de limitação técnica, sofre falta de vergonha de alguns jogadores. Quando a técnica não está bem, é preciso ao menos um algo a mais, coisa que não aparece.

No fim das contas, a experiência de ir ao jogo de metrô foi muito boa. Se eu levar em consideração que quando decidi ir não estava preocupado com o jogo, tudo foi bom. Inclusive a pizza de 10 reais no fim. Em contrapartida sai de lá muito frustrado, e certo que esse time só vai pra pré libertadores, devido aos adversários serem piores.

FORA LECO

Destaque positivo
ARBOLEDA. Teve trabalho na defesa e deu conta mais uma vez; HELINHO. Errou alguns passes, mas era de longe quem mais levou perigo ao adversário.

Destaque negativo
NENÊ. Paneleiro, fez biquinho por ficar no banco com Aguirre e mostra que continua sem jogar bola; DIEGO SOUZA. Parecia sem nenhuma vontade de fazer gol contra o Sport. Se escondeu sempre que podia; REINALDO. Outra fraca partida e o pior, assim como muitos outros, deixou de fazer um gol para simular um pênalti. Bizarro.

Rafa Malagodi


22 de novembro de 2018

Vasco 2 x 0 São Paulo (36ª rodada brasileiro 2018)


Vergonha, vergonha, vergonha, time sem vergonha. Foi a única coisa que passa pela minha cabeça ao assistir 90’ desse time.

Quando o jogo começou, eu estava sozinho na casa da minha mãe. Lá, sem ninguém ao lado, comecei a ensaiar meus primeiros xingamentos, pois já observava que o São Paulo não parecia tão atento desde o inicio. Assim que o Vasco abriu o placar, num erro bizarro de Jucilei, percebi que ali, seria uma válvula de escape, uma vez que não posso gritar em casa, devido a minha filha.
Os minutos do primeiro tempo iam passando e a raiva aumentando agora com o time do Vasco, que passou a fazer cera no minuto seguinte ao gol. Ou seja, com 20’ do 1T já tinha cera rolando.
Nem mesmo a cerveja gelada aliviava a tensão. Estava nervoso, pois sabia a importância que seria o tricolor vencer, mas parece que os jogadores não. Faltou vergonha na cara dos jogadores que estavam em campo. O Vasco, que tem um time de série B, venceu a partida muito por conta da incompetência dos tricolores, porém, eles tiveram algo que nós não temos a muito tempo. Vontade de vencer.

Medo da bola? São Paulo faz jogo horroroso
 e "não deve ir para a libertadores".
(Foto: Magalhaes Jr / Photopress / LANCE!)
O 2T eu assisti em casa, e lá eu sabia que deveria me conter mais, por tanto comecei a trabalhar minha “torcida” pra ficar mais tranquilo. Mas quem disse que dava. Em meio aos nervos saltando, eu coloquei a mão na cabeça e reclamei, foi quando minha filha me perguntou “papai, o que foi?”. Não sabia se sorria ou chorava, então disse “É o São Paulo, que deixa o papai bravo”.
Essa cena se repetiu pelo menos mais três vezes... Percebi que não conseguia me conter, tamanho era minha indignação com o tricolor. Outra vez dependia apenas do São Paulo de vencer a partida e colar ainda mais na vaga direta para a libertadores, mas como tem feito no ano (e nos últimos anos) colecionou mais uma decepção num jogo em que ele dependia apenas dele. O elenco do time carioca, é elenco de time de pequeno, mas o São Paulo parece ser menor ainda.
No fim da partida, antes do segundo gol carioca, ainda deu tempo para um último suspiro, mas a bola não entrou e eu chutei a bola que estava na frente, e minha Mariana perguntou o que eu tinha feito, respondi sem nenhuma esperança que chutei a bola pra fazer um gol pro São Paulo, e ela gritou “goooool”, mas pena que não passou de sua imaginação.

Jogos decisivos e São Paulo não tem sido boa combinação. E para desespero do torcedor tricolor, esse time não deve conseguir a vaga direta para o G4, até porque, quem deveria tropeçar para o time entrar tropeçou, e nem assim esse time foi capaz de resgatar as últimas forças para se manter lá em cima.

Para nossa “sorte”, a vaga da pré libertadores só está garantida, pois conseguimos abrir uma boa vantagem dos times abaixo, porque se não fosse isso, tenho certeza que ela também estaria ameaçada.

Esse acúmulo de vexames em jogos decisivos, e as vezes “fáceis” só me faz pensar uma coisa, ESSE TIME NÃO PASSARÁ DA FASE PRÉ LIBERTADORES, e isso, vai gerar a primeira crise já em fevereiro...Ou as coisas mudam drasticamente lá dentro, ou estamos fadados a ficar mais um ano sendo chacotas.

FORA LECO

Destaque positivo
NINGUÉM. Não dá pra tirar nada de positivo de um jogo como de hoje.

Destaque negativo
TODOS. Alguns mais que outros, é fato, mas o São Paulo não poderia ter jogado da maneira que jogou, ter vacilado outra vez no campeonato. Um time que há 19 rodadas atrás era líder pela primeira vez, 19 depois despenca como uma pedra jogada para o alto.

Rafa Malagodi



18 de novembro de 2018

São Paulo 1 x 0 Cruzeiro (35ª rodada brasileiro 2018)


O jogo de hoje foi bem típico do que foi o São Paulo em boa parte do campeonato. No fim das contas, a volta a libertadores está garantida, mas é o G4 que precisa ser o foco.

Entre todos os adversários do São Paulo no futebol nacional, creio que o adversário de hoje é o principal “freguês” do time. Tanto que quando pegamos a tabela, seis pontos são garantidos (nem sempre é assim), e esse ano não foi diferente. Apesar desse retrospecto a nosso favor, podemos garantir que apenas no primeiro tempo o tricolor quis manter sua invencibilidade contra os mineiros. Mesmo garantindo a vaga na libertadores (mínimo a pré está garantida), o São Paulo precisa brigar para se manter dentro do G4, pois só ali você tem ao menos um planejamento melhor para 2019. Uma eventual pré, faz com que o clube mexa em seu planejamento antes da hora, pois a competição começa cedo demais.
Sabendo disso, o time jogou o primeiro tempo de forma impositiva, pressionando o Cruzeiro e fazendo os mineiros sentirem o jogo. Tanto lutou que abriu o placar com Diego Souza. Aos 30 minutos. E a partir dai... as coisas mudaram.

Voleiou. Diego Souza marca em jogo que
São Paulo "parou" de jogar cedo demais.
(foto retirada do twitter @ESPNagora)
O São Paulo foi tão indolente na segunda etapa, que o time atrasou até mesmo sua entrada em campo. Todos estavam no gramado, menos os 11 iniciais tricolores. Ali foi uma representatividade que o time havia deitado no placar. Antes o placar estivesse apontado dois ou três gols, mas não, era um mísero gol. Fosse o Cruzeiro mais ambicioso, as coisas não ficaram bem para o tricolor. Pra nossa sorte, os mineiros já largaram o brasileiro há pelo menos 1 mês. Jean não teve tanto trabalho, porém pegou na bola inúmeras vezes, de tanto que a bola era recuada e o São Paulo ficava na defesa.
Esse estilo me incomodou bastante, pois temi pelo empate cruzeirense. Diego Souza foi o principal homem lá na frente (Arboleda na defesa), mas faltava mais alguém pra ajudar a matar o jogo.
Somente no fim da partida, com o Cruzeiro já esgotado, o tricolor conseguiu algumas jogadas com Brenner, mas sem sucesso.
Evidente que os jogadores já sabiam que o time está garantido na competição sulamericana, mas precisa entender também que será importantíssimo brigar com o Grêmio até o fim. Pra isso, não podemos dar bobeira.
O time terá nas próximas três rodadas, times que brigam para não cair, e são justamente nesses jogos que o time precisa se impor e vencer com maior convencimento.

Se chegar ao final do campeonato, o torcedor perceber que faltou vontade para garantir a vaga, pode ter certeza que o ano que vem começará com uma cobrança sob alguns jogadores ainda maior.

FORA LECO

Destaque positivo
ARBOLEDA. Outra partida excelente. Esse é daqueles jogadores que merecem participar da competição que o São Paulo mais gosta de jogar; DIEGO SOUZA. Um bonito gol e jogou com cacoete de centroavante.

Destaque negativo
REINALDO. Mal em campo. Sem tempo de bola, não produziu uma boa jogada pelo tricolor. Não é de hoje que seu futebol caiu.

Rafa Malagodi



15 de novembro de 2018

São Paulo 1 x 1 Grêmio (34ª rodada brasileiro 2018)


Outra decisão para o São Paulo, e novamente o time não fez seu dever. Com tantos empates e futebol burocrático, o tricolor não deve conseguir a sua vaga direta à libertadores 2019.

Não sei se foi a ressaca do pós aniversário, mas pra mim, outro jogo muito ruim do São Paulo. Pra quem achava que a saída do Aguirre ia fazer o grupo jogar melhor, se enganou.
Era um confronto direto por uma vaga direta à libertadores. Ficar no G4 e depender somente de suas forças, mas o São Paulo sucumbiu em mais uma decisão. Obviamente que ainda pode ter essa vaga, mas não depende somente dele agora.
Depois daquele primeiro turno surpreendente, ver o São Paulo nesse segundo turno é pra deixar a cabeça doendo por pelo menos 90 minutos. O Grêmio sabendo da limitação dos paulistas, fez o seu jogo e deixou a bola para os são paulinos, e como já se sabe, as jogadas não aconteceram. O time não conseguia criar, e toda bola que tinha nos pés era jogado para a área a revelia. Foram 22 duas bolas jogadas pra área e que não foi aproveitada. Sem contar a quantidade de passes laterais que eram abundante. Tudo bem que o Grêmio veio com o meio campo congestionado, mas daí a você não se impor nem mesmo em casa, deixa o torcedor completamente inseguro com relação ao “novo” objetivo de vaga na competição sulamericana.

1 a 1. São Paulo acumula empates
 e "decisões" desperdiçadas.
(Foto: LUCAS UEBEL/GREMIO FBPA / LANCE!)
O time tinha Nenê em campo, e o camisa 10 até parecia em assistindo ao jogo, largado na cama, quase dormindo. Ele é acusado de ser um dos cabeças para Aguirre sair. Assim como no Vasco, está fazendo biquinho por ficar no banco. Mas hoje Jardine escalou entre os titulares. E curiosamente, foi ele sair (sob vaias) para o time atacar e tentar jogadas, até chegar ao gol de empate. O São Paulo havia sofrido o gol 17’ antes do seu empate. Muito por conta dos próprios gaúchos não atacarem o São Paulo. O gol tricolor foi contra, pra nossa sorte. Dificilmente esse gol sairia dos nossos pés.
Não podemos cobrar (ainda) o interino André Jardine, mas ele poderia ter aberto mão de ter Trellez de centroavante. A bola chegava no colombiano, mas as jogadas quase sempre não tinham sequência. Outra coisa ruim foi manter dois volantes pesados, como Jucilei e Hudson. Que pouco contribuem para criação das jogadas, pois ambos rodam muito a bola pelos lados, não infiltram na área.

Pensando pelo lado torcedor, acredito que conseguiremos a vaga direta entre os quatro primeiros, mas se eu for olhar de maneira racional, eu diria que o tricolor só irá para a libertadores (pré) devido a distância que ele abriu do sexto colocado. Não fosse isso, correríamos risco de ficar de fora, porque o futebol apresentado não dá esperança alguma. O time empatou incríveis 14 jogos. É quase um turno de empates. Como é que um time desse merece algo a mais.
Só mesmo bastante remédio para não ficar com a cabeça inchada vendo o São Paulo.

FORA LECO

Destaque positivo
ARBOLEDA. É de longe o melhor zagueiro do time.

Destaque negativo
NENÊ. Ganhou a vaga de titular hoje, mas há tempo não merece começar jogando. Muito mal; TRÉLLEZ. A bola chega, mas as jogadas não são concluídas. Chuta mal com as duas pernas. Incrível.

Rafa Malagodi

11 de novembro de 2018

Mandante 1 x 1 São Paulo (33ª rodada brasileiro 2018)


Assisti ao jogo num bar. Coisa que não fazia há um bom tempo, e entre cervejas, petiscos e conversas, a partida apresentada pelo São Paulo quase fez a cerveja ficar choca.

Começou com um gol mal anulado para os mandantes. Naquele instante, cheguei a pensar que estávamos vulneráveis. E o jogo tinha que ser vencido pelo tricolor, pois era quase uma obrigação. À arbitragem nos ajudou naquele lance, mas o nosso time não se ajudava e seguia jogando de forma morosa, sem parecer que tinha ambição pela vitória. Aguirre repetia seu time com três zagueiros e três volantes, para desespero de todos os torcedores. Vendo essa maneira do tricolor jogar, a cerveja não parecia que estava gelada como antes, mas era apenas a raiva daquele time. Mesmo jogando fora de casa, o tabu tinha que ser quebrado, os jogadores deveriam entender a importância de vencer aquele jogo, pois o momento dos mandantes não era nada favorável pra eles. Quando no fim do primeiro tempo, o tricolor passou a jogar com um a mais, essa vitória tinha que chegar.
Garçom, desce mais uma que agora vai! Foi nada.

Chance perdida. SP segue sem vencer na
arena e ainda tem técnico demitido.
(Foto: EDUARDO CARMIM/AGÊNCIA O DIA / Estadão Conteúdo)
O time voltou com alteração na escalação, pois já que jogava 10 x 11, tinha que ter mais a bola nos pés, mas foi puro engano. O pior estava por vir. E nem estou falando da porção de frango a passarinho que só tinha osso. Estou falando do gol sofrido depois de uma jogada trabalhada pelos mandantes. Impressionante o espaço que todos tiveram para trabalhar a bola. Um absurdo pro São Paulo.
O gol deixou o time e o treinador Aguirre apavorado. O time não sabia como reagir. O time não finalizava e quase levou o segundo gol. Só bebendo a cerveja pra “esquecer” o que se via na TV...
Para nossa sorte, o time do SCCP foi cansando e também para nossa sorte Nenê errou o Chute e Brenner empatou. O gol foi bastante comemorado por mim e pela maioria no bar. Mesmo com o time jogando bisonhamente, eu cheguei a acreditar que poderíamos virar, mas nada disso.

Com o apito final, restou apenas continuar bebendo e conversando, e amargar a chance perdida que tivemos ao não vencer e/ou jogar com mais vontade, também aceitar que o empate foi injusto, pois não merecíamos ele pelo que apresentamos.

Ps. Aguirre foi demitido na noite de domingo, justamente no momento em que eu escrevia essa análise. Obrigado por nada (ou quase nada), Aguirre.

FORA LECO

Destaque positivo
CERVEJA GELADA. A única coisa boa do jogo.

Destaque negativo
AGUIRRE. Teve tempo para trabalhar o elenco, e mostrou que treinar não é seu forte; BRUNO PERES. Está jogando muito mal jogo após jogo; LIZIEIRO. Vai precisar de mais rodagem, pois seu futebol desapareceu.

Rafa Malagodi


4 de novembro de 2018

São Paulo 2 x 2 Flamengo (32ª rodada brasileiro 2018)


Com jogos e momentos distintos, São Paulo e Flamengo ficam empatados em jogo que não deixa ninguém 100% satisfeito.

Podemos dizer que o jogo de hoje deixou o torcedor com sentimentos confusos. Não dá pra dizer que o empate em 2 a 2 deixou torcedor feliz, muito menos triste, pois o adversário possui mais time e mais peças de reposição para um campeonato longo como esse. Principalmente quando o São Paulo vai a campo com um time bastante desfigurado, devido a lesões, suspensões e aspectos técnicos.
Sem saber o que é ser derrotado para o Flamengo em sua casa há 7 anos, o tricolor tratou de jogar com vontade desde o apito inicial e queria manter o pequeno tabu ativo. Conseguiu marcar com Diego Souza aos 7’, mas não contava com o empate logo dois minutos depois.
O jogo era bom, aberto. Com o Flamengo mais técnico e o São Paulo mais garra. Apenas garra para um time que joga em casa é muito pouco, mas pensar na atual fase do time e suas limitações, isso estava sendo o bastante. Um torcedor neutro aproveitou muito mais o jogo do que os torcedores das equipes em disputa.

Brigado. Objetivos e futebol distintos,
mas o placar e a decepção são iguais.
(Foto: RODRIGO GAZZANEL/AGÊNCIA O DIA / Estadão Conteúdo)
Veio o segundo tempo e logo no inicio, em seu primeiro jogo com a camisa tricolor, Helinho fez uma pintura. Um golaço. Detalhe do gol é que a bola passou pelos pés de Lizieiro, Luan Santos até Helinho colocar na gaveta. De pé em pé a base colocou o time na frente. O gol recolocou o tricolor na partida numa condição que ainda não tinha, que era ter o controle do jogo, a bola nos pés. Até o momento do gol, somente o Flamengo tinha as principais ações. Tanto que as melhores chances de gols foram dos cariocas, que por vezes perderam gols “feitos”. Bom pro São Paulo, que com o resultado empatava em pontos com o próprio Flamengo.
Foi o tempo passando, e o tricolor entrou no seu momento “esgotamento coletivo”. Apenas os zagueiros pareciam inteiros, os demais, quase não conseguiam concluir uma jogada. Isso foi crucial para o restante da partida. O Flamengo empatou novamente e encurralou o tricolor até o apito final determinar um resultado nada bom para ambos.

Não posso dizer que não gostei do empate, mas quando se está a frente do placar, o empate tem um sabor muito amargo. Por outro lado, creio que o placar ficou de bom tamanho pelo futebol que ambos apresentaram.
O São Paulo não terá facilidade nas próximas partidas. Como falei anteriormente, foi nessa sequência, no primeiro turno que o time se colocou na briga pelo título, e caso queira continuar na disputa pela libertadores direto, já que o título não é mais possível, o time vai ter que arrancar pontos inesperados, a começar pelo próximo jogo, que será num estádio que nunca vencemos. Em caso de três pontos, uma nova esperança pode ser dada ao torcedor.

FORA LECO

Destaque positivo
HELINHO. Em seus primeiros 5’ com a camisa tricolor marcou um golaço. Ótimo cartão de visitas; LUAN SANTOS. Enquanto esteve em campo o time teve uma pegada muito forte. Pena ter saído por lesão; GONZALO. Não é nem de longe um primor técnico, mas compensou com vontade. Saiu aplaudido e Aguirre chamado de burro.

Destaque negativo
ANDERSON MARTINS. Jogou apenas o primeiro tempo. O bastante para mostrar que está muito mal; SIDÃO. Depois de amargar o banco duas vezes, voltou e aprontou das suas num lance bizarro que não resultou em gol. Fez duas excelentes defesas, é verdade, mas os dois gols sofridos tiveram sua contribuição.

Rafa Malagodi