26 de fevereiro de 2017

Novorizontino 2 x 2 São Paulo (6ª rodada paulistinha 2017, por globoesporte.com)

QUE VACILO!
Virou rotina para o São Paulo. A equipe começa em ritmo acelerado, abre vantagem, cria outras muitas chances de fazer um placar elástico, perde todas elas e sofre pressão. Às vezes dá certo, às vezes não. Neste sábado, por exemplo, deu errado. E contra um Novorizontino aguerrido, fora de casa, o Tricolor cedeu o empate por 2 a 2, pela sexta rodada do Paulistão. Gilberto e Thiago Mendes fizeram os gols do time da capital. Roberto e Railan igualaram para a equipe do interior.

90 MINUTOS
Mesmo com um time reserva, o São Paulo conseguiu manter a intensidade exigida por Rogério Ceni. Muito embora o estado do gramado (castigado pela chuva) tenha prejudicado o toque de bola, o Tricolor dominou o Novorizontino na maior parte do tempo. Os maiores sustos foram erros de saída de bola do goleiro Denis. Fora isso, o time da capital conseguiu controlar bem os primeiros 45 minutos e saiu na frente com um gol de Gilberto, aos 29 minutos, após cruzamento de Bruno.
 
A etapa final não poderia ter começado melhor para o São Paulo. Logo aos seis minutos, Denis mandou a bola para o ataque, Gilberto desviou de cabeça, e Thiago Mendes fez o segundo gol. O jogo estava nas mãos do Tricolor, mas a quantidade de gols perdidos, mais uma vez, fez o time se complicar. Aos 22, de pênalti, Roberto diminuiu para o Novorizontino. E mudou o jogo. Na base da pressão, o time do interior chegou ao empate aos 43, em cabeçada de Railan.


22 de fevereiro de 2017

São Paulo 3 x 2 São Bento (5ª rodada paulistinha 2017)

Mesmo saindo atrás do placar (de novo) e perdendo gols feitos (novamente), o tricolor joga com superioridade e vence com gol no fim. A vitória poderia ter sido mais fácil do que foi...

Mais um jogo que o tricolor sai atrás no placar e consegue com PACIÊNCIA manter seu jogo. Isso tem sido um diferencial desse time em 2017. Pelo menos até agora.
Acredito que isso é um dos principais feitos do Rogério. Outro fator, e talvez o principal até aqui, é ver o time brigar pela bola sempre que a perde. Por vezes foi possível ver Rogério vibrando a beira do gramado com tamanha entrega em campo. Hoje foram 17 desarmes.
Desde os jogos amistosos era visível ver que o time precisava de um centroavante de respeito. Eu já dizia aqui, se o Pratto viesse de fato, ele seria esse cara. E tem sido mesmo!
O argentino empatou e virou o jogo de cabeça. Até agora já são três gols em dois jogos, e todos nesse quesito. Ele é diferenciado!

PRATTOdos verem. Argentino faz
dois e prova que veio pra ser titular.
(Foto: Marcello Zambrana/Agif / Gazeta Press)
Tudo se encaminhava para um jogo tranquilo, mas os gols perdidos pelo tricolor não deixou que essa tranquilidade se instalasse. Foi preciso sofrer um empate para o time reacender, e num lance de pênalti, no fim da partida voltar a ficar a frente e garantir a vitória. Pênalti marcado acertadamente.
Cueva, autor do gol que deu a vitória foi feliz ao dizer no pós jogo que não precisava ter sido assim a vitória. Ele tem toda a razão, pois o São Paulo poderia ter liquidado o jogo mais cedo.
As partidas diante da Ponte Preta e Santos devem servir de exemplo. Em ambas o time fez ótimas partidas, e justamente porque matou o jogo no momento certo.

O principal a ser feito nesse momento é Rogério corrigir alguns pontos defensivos, pois os lances de perigo demonstraram algumas falhas de posicionamentos.
Com tudo, creio que o torcedor tricolor deva estar satisfeito com o que o time vem apresentando.
Eu estou, e sei que o caminho parece estar bem traçado.

Destaque positivo
LUCAS PRATTO. Mais 2 gols. Está provando que pode ser titular absoluto; CUEVA. Gol da vitória. Mostrou personalidade mesmo quando a torcida pediu para Pratto cobrar o penal; JR TAVARES. Está me convencendo jogo após jogo.

Destaque negativo
LATERAL ESQUERDO RESERVA. A diretoria precisa arrumar um urgente, pois sempre que Ceni precisa improvisar Buffarini por ali a coisa não rola.

Rafa Malagodi




18 de fevereiro de 2017

São Paulo 2 x 2 Mirassol (4ª rodada paulistinha 2017)

São Paulo soube usar a cabeça apenas para marcar seus gols, porque no decorrer da partida faltou pensar mais...

Podemos dividir o jogo de hoje em dois blocos.
O primeiro bloco foi o tricolor jogando bem, empolgando, fazendo gol logo aos 9’ com o estreante Lucas Pratto, dominando o jogo, e podendo até mesmo ter concluído o primeiro tempo com mais gols, não fossem as péssimas escolhas de Luiz Araújo. O jovem não foi nem sombra do jogador que mudou a partida no clássico. Tudo isso acontecia ainda no primeiro tempo. No segundo, o time voltou mais disperso, sofreu um pouco logo nos primeiros minutos, mas ainda sim, era superior ao Mirassol, e ampliou o placar com Rodrigo Caio. O time voltou a ter o controle da partida, mas é a partir daí que as coisas mudam de figura.

No segundo bloco, creio que as mexidas do Rogério não surtiram efeito, além de eu achar um erro colocar Buffarini na esquerda e tirar Cícero. Bruno deveria ser o escolhido. Na sequência saiu Cueva, que era mais uma vez o termostato do time em campo. Dois minutos depois Maicon quis ser o Dario Pereyra e...gol do Mirassol.
O gol pareceu ter desestruturado o tricolor. Além da esperança que causou no adversário. Perdido em campo o time passou a correr atrás da bola, e não mais ter o controle da partida, e o inesperado veio aos 47’ com o empate. Uma ducha gelada nos mais de 43 mil torcedores presentes.
Toda a sabedoria do time em outros jogos pareceu ter esvaído em aproximadamente 20 minutos.
Vacilou. Em jogo praticamente ganho,
erros individuais custam a vitória.
(foto: site ESPN.com)

Esse tipo de atuação é normal acontecer, mas não deveria. Creio que não foi o caso, mas confesso que cheguei a pensar que os jogadores subestimaram o adversário, pois tudo conspirava a favor dos tricolores, e a torcida era reflexo disso. Mais os erros individuais num esporte coletivo causam impactos enormes.
Com o placar, todos foram da euforia a decepção. Esse empate foi amargo, muito amargo.

Destaque positivo
CUEVA. Está sendo chover no molhado, mas ele é o mais lúcido do time. Enquanto esteve em campo fazia a diferença; RODRIGO CAIO. Além do gol, era o mais seguro do sistema defensivo.

Destaque negativo
MAICON. Erro feio. Assumiu o que fez, mas foi o principal culpado pelo resultado; BRUNO. Teve boa parcela no segundo gol, pois não cortou o cruzamento que veio na sua cabeça; LUIZ ARAÚJO. Se fosse mais pés no chão e menos individualista, teria contribuído e muito hoje, mas seu egoísmo atrapalhou muito; NEILTON. Quando entrou em campo o time parecia com um a menos. A paciência está esgotando.

Rafa Malagodi



16 de fevereiro de 2017

Santos 1 x 3 São Paulo (3ª rodada paulistinha 2017)

O São Paulo é um time cru, em formação. O Santos é um time já formado, porém, em diversos momentos o que se viu foi exatamente o contrário. Ainda mais se analisarmos o segundo tempo. 3 a 1 tricolor.

Fazia tempo que o tricolor não vencia o Santos na Vila Belmiro. Mas se tem uma coisa que motiva o Rogério é quebrar tabus. Podemos dizer que essa vitória teve a mão do treinador. Posicionamento e mexidas no tempo certo. Junta-se isso a mais uma ótima atuação de Cueva.
O camisa 10 foi de novo o responsável pelas jogadas time quando o jogo estava equilibrado. Inclusive marcando o gol de empate.
Além de destacar à atuação de Cueva, Luiz Araujo, entrou e mudou radicalmente o ataque marcando dois gols. Soube aproveitar a chance que lhe foi dada, diferente de Neilton.
Notei no clássico um fato que também havia ocorrido contra a Ponte Preta. O time sofreu o gol e não pareceu se abalar. Seguiu com o mesmo desempenho, a mesma paciência e com o mesmo jeito de jogar, saia trocando passes desde os pés de Sidão.
Esse tipo de situação, e de jogada, faz com que o time permaneça com a bola e a partir daí criar as jogadas. Em sua maioria deu certo.

Cueva faz ótima atuação e
 São Paulo encerra tabu na Vila.
(Foto: Guilherme Dionizio/Photo Press / LANCE!)
Vencer um clássico tem uma importância enorme, e diante de um bom time como o Santos, faz o torcedor enxergar que coisas boas estão acontecendo. Antes vencer um clássico era raridade, e ter brio quando o placar está adverso então era mais raro ainda.
Obviamente que tudo é muito cedo, mas se analisarmos o que o time fazia no ano passado, hoje temos tudo para confiar na equipe.
Até onde isso tudo vai não da pra saber, porém, me arrisco a dizer que em jogos grandes, o São Paulo tem tudo pra me dar mais expectativa e não repetir atuações passadas.

Como já disse em outras oportunidades, se o torcedor tiver paciência e compreender que o treinador precisará desse apoio, já estaremos fazendo nossa parte, o restante, Rogério Ceni e seus comandados darão conta do recado.

Destaque positivo
CUEVA. Jogos comuns ou clássicos ele tem feito a diferença; LUIZ ARAÚJO. Mudou a partida com sua entrada. Dois gols que podem ter garantido sua titularidade para a próxima rodada; ROGÉRIO CENI. Dá indícios que sabe o que está fazendo com seu time. Isso é ótimo.

Destaque negativo
NEILTON. Terceira oportunidade que recebe e joga fora. Com atuações assim, a torcida tende a perder a paciência rapidamente; JOÃO SCHMIDIT. Parece desligado do jogo. 1º tempo foi horroroso.

Rafa Malagodi



12 de fevereiro de 2017

São Paulo 5 x 2 Ponte Preta (2ª rodada paulistinha 2017)

Era a estreia de Ceni no Morumbi como treinador, e de quebra apresentação de Pratto e Jucilei. Ingredientes perfeitos para um estádio lotado. Mais de 50 mil viram o tricolor golear a Ponte e fazer um bom jogo.

Se observar o jogo de trás pra frente, não da pra imaginar que além de dificuldades, o São Paulo saiu atrás no marcador. Num vacilo de T. Mendes e falha de Sidão, a Ponte Preta inaugurou o placar. E quase chegou ao segundo na sequência.
Apesar da dificuldade do tricolor entrar na defesa campineira, um fator foi primordial hoje. O time não perdeu seu foco e estava consciente do seu objetivo no jogo, e teve paciência. Com isso, Cueva empatou e Gilberto virou antes do apito final.
Sobre o posicionamento dos volantes, não gosto de ver T. Mendes à frente de Cícero. O camisa 8 tem melhor passe e pode auxiliar na armação, já Thiago é melhor marcador. Apesar disso, foi Thiago quem marcou um golaço no segundo tempo.
Festa para o chefe. São Paulo
goleia em dia de estádio lotado. 
(Foto: Marcello Zambrana/Agif / Gazeta Press)

O São Paulo atrasou para voltar do intervalo, e provavelmente Rogério cobrou algo a mais do time. E pelo visto o recado foi acatado. O tricolor voltou mais agressivo e com mais proximidade dos jogadores.
Fato esse que fez o time marcar dois gols em menos de dois minutos, e com 25’ jogados já estava goleando por 5 a 1.
Certamente foram os melhores 25 minutos do time no ano. E de Gilberto também, que marcou mais duas vezes, no dia da apresentação de Lucas Pratto, que veio pra ser o titular. Talvez o atacante quis mostrar serviço ao chefe...

Um jogo como o de hoje faz o torcedor ter confiança, pois o adversário tem sido a 5ª força do estado, porém, a próxima partida é contra o Santos, na vila.
Uma boa apresentação na casa do adversário pode sem dúvidas aumentar as expectativas, que já são boas com as novas contratações.

Destaque positivo
GILBERTO. Hat-trick. Boa movimentação. Não deixa de ser limitado, porém fez uma partida á altura de um centroavante nato; CUEVA. Novamente decisivo. Fez o seu e deu mais uma assistência; JÚNIOR TAVARES. Muito boa partida. Está a cada partida se firmando na posição.

Destaque negativo
JOÃO SCHMIDIT. Errou poucos passes, mas um deles deu o gol para a Ponte Preta marcar o segundo. Não foi eficaz na marcação.


Rafa Malagodi


10 de fevereiro de 2017

Moto Club/MA 0 x 1 São Paulo (1ª fase copa do Brasil)

Com várias mudanças na equipe, e ainda sem uma identidade fixa, o São Paulo vence o jogo pelo placar mínimo e avança de fase na copa do Brasil. Novo regulamento permite apenas um jogo nessa fase.

Rogério Ceni mudou quatro jogadores para essa partida, e mudou também o esquema e disposição dos jogadores. Num 4-4-2 típico, o treinador viu Gilberto fazer o único gol do jogo logo aos 1’30’’.
Não sei dizer se o gol relâmpago foi bom ou ruim para o andamento da partida. Vencendo o jogo desde o primeiro minuto e com superioridade técnica visível em campo, o São Paulo pareceu um pouco relaxado em alguns momentos. Jogando apenas para o gasto...
Quase toda criação de jogadas passava pela batuta de Cueva. O peruano ditava o ritmo da partida. Quem não acompanhou o mesmo ritmo foi Neilton, que perdeu três gols dentro da área. Para um garoto que chega agora, essas oportunidades fazem falta. E pro tricolor também.

Bonito gol. Gilberto marca único gol do jogo. 
(fonte Rubens Chiri/saopaulofc.net)
A etapa final foi ainda pior que a primeira. A bola não sai dos pés dos tricolores, mas chances reais de gols foram poucas. Duas apenas. O jogo seguia arrastado e muito fraco tecnicamente. Denis por exemplo quase não tocava na bola com as mãos, apenas com os pés.
Negativamente me chamou atenção João Schmidt. O volante parecia perdido em campo, errando botes e perdendo na corrida com facilidade. Não sei qual a implicação de sua venda (sairá no meio do ano) tem a ver, mas o certo é que nem de longe lembra o futebol do primeiro semestre 2016.

Foi apenas o segundo jogo oficial, e pouco para avaliar o time, mas uma coisa é certa, no caso de acerto com Lucas Pratto o São Paulo ganhará poder ofensivo, e certamente mudará de patamar técnico. Aliado isso a um bom esquema tático, sem improvisações, o time tem tudo para começar a ganhar corpo e crescer.
Bem trabalhado e com as peças importantes em campo, o São Paulo passa almejar novos rumos em 2017. É torcer e esperar por essa evolução.

Destaque positivo
CUEVA. As bolas quando estão em seus pés, ganham um ritmo diferente. Mais inteiro na partida, foi mais dinâmico; BUFFARINI. Defensivamente foi muito bem. Totalmente diferente quando é improvisado na Lateral esquerda.

Destaque negativo
T. MENDES e J. SCHMIDIT.  Ambos não estiveram bem. Thiago inclusive, posicionado mais a frente pouco contribuiu; NEILTON. Perdeu três gols na marca penal. Desse jeito não sairá da reserva.

Rafa Malagodi


5 de fevereiro de 2017

Audax 4 x 2 São Paulo (1ª rodada paulistinha 2017)

São Paulo entra dormindo, sofre dois gols em menos de 10’, acorda, reage, quase vira o jogo, mas volta a dormir e sofre derrota na estreia de paulistinha.

Senti que o time sofreu fisicamente. Não sei dizer se foi o sol (que estava para os dois) ou se foi o estilo de jogo do Audax, que obriga o adversário a correr atrás da bola. Tive a nítida impressão que alguns jogadores estavam com a “perna pesada” em diversas jogadas. Inclusive em algumas que poderiam ter saído gols.
Após empatar, o São Paulo teve condição real de virar, pois conseguiu diversas jogadas em que o time chegava bem ao ataque. Isso aconteceu tanto no primeiro como no segundo tempo, mas por falta de qualidade técnica (na maioria das vezes) o gol não era concretizado.
Rogério sai derrotado em seu primeiro jogo.
(fonte: Marcos Bezerra/FuturaPress/Folhapress)
Nesse primeiro jogo ainda não é possível enxergar claramente como o Rogério vai querer ver o time jogando, mas já é possível enxergar que precisará de um fazedor de gols. Apesar de marcar os dois gols de hoje, Chávez é limitado. O jogador teve outras duas boas oportunidades de definir a jogada com um chute ou passando a bola para um companheiro, mas falhou nos dois quesitos. Um jogador melhor tecnicamente teria resolvido o problema.
Passar a bola é uma ação que não está no vocabulário de Luiz Araújo. Mais uma vez o jovem pecou nesse aspecto, o que faz o time em diversas oportunidades desperdiçar contra golpes.
Douglas e Buffarini foram outros que deixaram a desejar.
A entrada de Cícero foi um acerto, mas o jogador esteve ligado por pouco tempo. Quando o time mais tinha a bola nos pés, ele não era tão efetivo.

O São Paulo terá pela frente, uma sequencia de jogos “chatos”, com isso, Rogério Ceni terá que organizar melhor o time, ou então vai ouvir as inúmera reclamações e/ou desconfianças que estão surgindo.
O torcedor precisará ter calma, porém, isso é o que o torcedor tem de menos.

Destaque positivo
CHÁVEZ. Apesar de limitado tecnicamente, fez os dois gols do tricolor. Isso deve ser levado em consideração aqui; BOICOTE DA TORCIDA. Após Vampeta falar um monte de groselha, a torcida tricolor se mobilizou e não foi ao estádio, com isso, apenas 2.200 pessoas tiveram coragem de pagar os 100 para entrar.

Destaque negativo
DOUGLAS. Foi um temor na zaga. No lance do primeiro gol, errou por duas vezes; LUIZ ARAÚJO. É jovem, mas precisa ser melhor instruído, pois tem perdido lances atrás de lances; BUFFARINI. Improvisado na lateral esquerda...apenas vontade, e só.


Rafa Malagodi