No jogo em que o São Paulo utilizou um uniforme inteiramente vermelho,
representando a “cor da raça”, o time jogou burocraticamente e saiu com a
classificação com um placar magrinho magrinho.
A diretoria fez a sua parte no marketing, colocou o estádio de
vermelho, cadeiras, redes, placar eletrônico, e até mesmo o uniforme festivo,
que foi usado pela primeira e última vez. Já que o estatuto tricolor não
permite um uniforme que saia do padrão.
Mas em campo, o que podemos ver foi um time sem tanta vontade de jogar
pelas quartas de final desse torneio fraco. Campeonato Paulista. O adversário
chegava longe na competição em sua primeira participação na elite, e queria a
todo custo estragar a festa são paulina. E quase conseguiu.
A posse de bola tricolor era inútil, já que não conseguia criar
jogadas de gols. O São Paulo chegava apenas nos arremates de longa distância,
que nem sempre tinham o endereço certo. Já o Penapolense foi quem dava trabalho
a defesa do São Paulo, que hoje, parecia ainda mais lenta. O time do interior
chegou algumas vezes na cara do gol, mas não soube concluir, quando acertava,
Rogério esteve atento.
A falta de aproximação dos jogadores, fizeram o adversário se sobressair
diante dos homens de frente do tricolor. Tanto dos laterais, quanto os meias,
não conseguiam criar as jogadas. Luis Fabiano pouco fez durante o jogo.
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| "Vermelhou". Com uniforme festivo, tricolor sofre em vitória. |
O inicio do segundo tempo foi de pura pressão, mas por parte do adversário.
A equipe de Penápolis não tomou conhecimento e partiu pra cima, e fez o
tricolor ser pressionado nos primeiros 8 min.
Vendo a dificuldade na criação e ligação dos passes, Ney Franco
colocou Douglas na vaga de Wellington, mas a mudança pouco alterou a partida. Luis
Fabiano até acertou duas bolas no travessão, uma delas gerou bastante polêmica,
se tinha entrado ou não, mas a bola tocou na linha. As jogadas do tricolor
aconteciam quase sempre pela esquerda com Osvaldo, mas nem sempre os
cruzamentos surtiam efeito.
A torcida começava a ficar impaciente, e com esse resultado, o jogo
iria para os pênaltis, uma vez que a única vantagem do São Paulo era de atuar
no Morumbi.
O gol só foi sair aos 26 min. e contando com muita sorte. Osvaldo fez
a jogada e cruzou, o zagueiro adversário desviou para o fundo da rede. Com 1 a
0 no placar, a sensação era que o time conseguiria enfim deslanchar, mas não
foi o que aconteceu de fato.
O Penapolense se arriscou ainda mais e obrigava o torcedor tricolor a
sofrer alguns calafrios. Principalmente nas bolas de linha de fundo. Lúcio
parecia muito lento, perdeu quase todas para seu oponente.
O São Paulo tentou colocar a bola no chão e gastar o tempo, e foi
administrando o jogo, porém, não estava bem na partida, e fazia uma partida
muito fraca. Mesmo assim o time ainda
quase ampliou em jogada de Osvaldo e depois com Luis Fabiano, mas o craque
perdeu o tempo da bola (muito tempo sem jogar da nisso!).
Antes o apito final o tricolor ainda sofreu seu último susto do jogo.
Sergio Mota, ex-tricolor chutou a queima roupa e Rogério Ceni fez defesa
espetacular, salvando a equipe e mostrando que quando exigido corresponde à
altura.
Com o apito final, o tricolor já tem seu adversário definido para a
semi final, o SCCP, no Morumbi. Para sair vitorioso o tricolor terá que jogar
um futebol menos burocrático.
Destaque positivo
Rogério Ceni. Mostrou que
ainda tem lenha pra queimar até o fim da temporada. Ótima defesa que salvou o
tricolor.
Destaque negativo
Uniforme. Que camisa
horrível (pelo menos da TV). Parecia à camisa titular com um tecido vermelho
xexelento por cima. Péssimo gosto. Os protótipos das redes sócias estavam muito
melhor; P. Miranda. Mais uma vez
mostrou o quão fraco é. Afastou uma bola próximo ao gol e mais nada; Falta de vontade de ganhar. Foi o que parecia. O time se portava parecendo que ganharia quando quisesse.
Rafa Malagodi






