De Vitor Birner
Santa Cruz 1×0 São Paulo
Carpegiani montou São Paulo ofensivo. Não funcionou.
O treinador escalou Rhodolfo, Alex Silva, Miranda e Juan na defesa. Posicionou Rodrigo Souto e Jean como volantes para ajudá-los. Isso era preciso para usar Rivaldo. Desculpe se estiver sendo repetitivo, pois canso de dizer isso. Para o veterano atuar é preciso melhorar a marcação dos volantes. Não se pode exigir pegada do campeão mundial de 2002. Lucas, na direita, dependendo das circunstâncias (posse de bola), seria meia ou atacante. Dagoberto e Fernandinho completaram o São Paulo. Juan teve liberdade para avançar. A saída de bola da defesa deveria acontecer por ali. Nada funcionou.
Boa marcação garante superioridade do Santa Cruz
A principal virtude do time da casa foi a forte marcação. Zé Teodoro montou esquema que exigiu bastante sacrifício dos atletas. E eles mostraram disposição para fazê-lo. Everton Senna, zagueiro de origem, grudou em Lucas. Jeovênio, volante, cuidou de Rivaldo. Landu, atacante, atrapalhou Juan. Os raros avanços de Jean foram acompanhados pelo meia Natan. Dagoberto, muito mal tecnicamente, não deu sequências às jogadas. Fernandinho, isolado do lado esquerdo do ataque. sempre encarou ao menos dois rivais. O ala Cleber Goiano, que cooperou bastante nos desarmes, e o zagueiro Leandro Souza trabaram daquele lado. No outro, Thiago Matias, zagueiro, virou jogador de sobra, pois as batalhas individuais e coletivas defensivas foram vencidas por seus companheiros.
Superioridade vã
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| Lucas sofreu com a forte marcação durante os 90 minutos. |
Ficou nítida a dificuldade do Santa Cruz criar jogadas perigosas. A superioridade servia para não sofrer ameaças. O São Paulo arriscou 3 chutes de fora da área e nada mais. O time da casa insistiu pelos lados. Especialmente pela direita, onde Landu contou com a ajuda de Natan, único jogador de criatividade no meio-campo anfitrião. Renatinho, ala-esquerdo, também apareceu bastante na frente. Os cruzamentos para Gilberto e chutes de média distância acabaram sendo as opções, pois o Santa não superou o bloqueio defensivo são-paulino.
Grossura de Rodrigo Souto
A etapa inicial paupérrima de oportunidades caminhava o final sem gols até Rodrigo Souto esbanjar grossura. Sem ninguém perto, errou o domínio de bola ou a desnecessária tentativa de tocá-la para escanteio, tanto faz, e, aos 34 minutos, chutou a gorduchinha contra o próprio gol. O erro ridículo deu a vantagem ao Santa Cruz.
Carpegiani muda. São Paulo melhora
O São Paulo voltou melhor no segundo tempo. Carpegiani tirou Juan e colocou Carlinhos Paraíba. Jean foi para a lateral-direita e Miranda jogou mais aberto na linha de quatro. A saída de bola melhorou e mesmo cheio de dificuldades para levar perigo aos anfitriões, o São Paulo poderia ter igualado. Após jogada individual de Lucas, Dagoberto furou na cara do goleiro Tiago Cardoso. Perdeu o chamado “gol feito”.
Acertos do árbitro
Ele anulou o gol de Dagoberto antes do intervalo.O atacante realmente estava impedido. E expulsou Leandro Souza aos 25 do segundo tempo. O zagueiro mereceu os 2 cartões amarelos. O árbitro Marielson Alves Silva usou critérios do futebol real durante o jogo. Não soprou qualquer coisinha como a maioria dos seus companheiros brasileiros.
Santa Cruz lutou. São Paulo fracassou.
Com 11 jogadores contra 10, os treinadores radicalizaram. Zé Teodoro trocou Landu e Natan por André Oliveira e Marcus Vinícuis. Recuou o time e deixou apenas Gilberto na frente. Bastavam Rodolpho e Miranda para a marcação dele. Carpegiani que já havia substituído Rivaldo por Ilsinho, tirou Rodrigo Souto e colocou Marlos. O São Paulo só atacou até o fim do confronto. Com Lucas, Dagoberto, Ilsinho, Fernandinho e Marlos, não foi capaz de entrar trocando passes ou driblando na área adversária. Jean e Carlinhos Paraíba tentaram ajudá-los. E Alex Silva foi para a área tentar o cabeceio. Na raça, o Santa segurou a vitória. Garantiu a vantagem do empate ou de perder por 1 gol de diferença se balançar as redes ao menos uma vez, próxima quarta-feira, na Arena Barueri.








